A volatilidade provocada pelo período eleitoral e o baixo crescimento da economia brasileira projetam as expectativas do estrangeiro em relação a investimentos e retorno no País para o longo prazo. No curto prazo predomina a cautela e a expectativa de que 2015 seja um ano mais positivo, em consequência dos ajustes macroeconômicos que deverão ocorrer no novo governo.
"Agora o investidor quer ver qual será a composição da equipe econômica que assumirá, mesmo em cenário de eleição e independente de quem assumirá. Se for uma equipe que trará reformas, o investidor estrangeiro deve se empolgar", diz James Gulbrandsen, sócio da NCH Latin America e responsável pelas operações brasileiras da gestora americana NCH Capital. Gulbrandsen vai mais longe e afirma ainda que o investidor estrangeiro vê com simpatia um governo Dilma Rousseff tendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais participativo. "Como Lula está querendo voltar em 2018, pode ficar mais envolvido para pavimentar seu caminho, atraindo então dinheiro ao Brasil", prevê.
Nick Robinson, chefe de renda variável da Aberdeen no Brasil, observa que tanto os investidores estrangeiros quanto as empresas brasileiras estão inquietos e nervosos com o fraco desempenho da economia, a inflação elevada e a falta de clareza com o futuro. Segundo ele, a situação é similar a de outros países na região, como o México e o Chile, onde a desconfiança com o novo governo persistiu mesmo depois das eleições. "As empresas no Brasil estão, de modo geral, saudáveis e com muito caixa, mas nervosas com as perspectivas econômicas para os próximos dois ou três anos", disse. (As informações do Estadão)
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