O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia e contratante da pesquisa, Marcelo Nilo (PDT), afirmou que os resultados não foram divulgados porque “ninguém quer saber”. “Nunca publiquei dado de pesquisa para o Senado”, afirmou Nilo, que defende que insere as perguntas na pesquisa de R$ 26 mil apenas por “curiosidade”. “Tanto faz fazer 12 ou 13 perguntas”, minimizou o deputado, embora tenham sido feitos 20 questionamentos no total, com quatro deles sendo específicos sobre os candidatos ao Senado – uma delas especialmente de avaliação ao postulante Otto Alencar (PSD).
Os principais concorrentes ao cargo divergem quanto ao assunto. Eliana Calmon (PSB) acredita que a não divulgação dos resultados das pesquisas acaba favorecendo quem estava na frente em levantamentos antigos. “Tem gente tola que não entende de política e não quer ‘perder voto’, vota em quem está na frente. Existem institutos fajutos, e eu não estou dizendo que esse é caso, que manipulam resultados”, afirmou a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, que aparece em terceiro nas pesquisas divulgadas.
Otto disse “não ter recebido pesquisa do Babesp, nem mesmo por Whatsapp”, mas que não se incomoda com isso. “A pesquisa que importa é a do dia 5 de outubro [data das eleições]. Ninguém ganha eleição de véspera, muitos eleitores da Bahia não participam de pesquisas porque são da zona rural. Pesquisas erram muito. É um erro achar que elas influenciam no resultado”, disse o candidato do governo. Já Geddel, que lidera as intenções de voto, minimizou a ausência de novos levantamentos. “Não tenho que achar nada, isso é com o dono da Babesp. Não confio em resultado de pesquisa e acho que o povo é muito lúcido”, declarou o peemedebista. (As informações do BN)
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