sábado, 27 de setembro de 2014

PRAZO PARA NOVA GESTÃO ASSUMIR ESPANHOL É DE 20 DIAS

O prazo previsto para ser definido o nome do grupo privado que vai gerir o Hospital Espanhol é de 20 dias. De acordo com o presidente da Real Sociedade Espanhola de Beneficência (RSEB), Demétrio Moreira, quatro representantes de uma empresa brasileira estão em Salvador conhecendo a instituição. Conforme o presidente da entidade, o grupo chegou à capital baiana na última semana e deve permanecer até domingo, 28. Eles vão avaliar as condições físicas do local para que sejam calculados possíveis investimentos em reformas, compra de novos materiais e adequação das instalações já existentes.

"Além dessa empresa, mais duas - uma internacional e outra nacional - também demonstraram interesse. As informações ainda são sigilosas, mas esperamos que tudo seja resolvido o mais rapidamente possível", afirmou. Moreira acredita que a definição da nova gestão é o primeiro passo para solucionar débitos com colaboradores. "Temos uma preocupação moral e ética com nossos funcionários. Os valores devidos estão protegidos pela legislação", disse. O Hospital Espanhol mantém em funcionamento a ala de hemodiálise e o espaço que funciona como abrigo-residência para nove idosos espanhóis, mesmo após mais de 15 dias fechado.

Funcionamento - Atualmente, mil funcionários ainda trabalham na unidade. Entre eles, o clima é de incerteza. "Estamos trabalhando sem ganhar absolutamente nada. A promessa é que o pagamento venha futuramente e que sejamos aproveitados. Isso nos deixa inseguros", disse. Os funcionários que foram demitidos também temem pelo não pagamento da dívida. "Embora garantam que vão arcar com todos os compromissos, estamos com medo de que esse processo seja lento", afirmou a enfermeira Carmem Viana, demitida há cerca de três meses.

Para o representante dos funcionários do hospital, Jamilton Góes, a dívida trabalhista da instituição, que inclui salários atrasados, férias e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) chega hoje a R$ 40 milhões. "É uma quantia altíssima. Enquanto não for definido quem, de fato, vai arcar, continuaremos inseguros e preocupados com a situação dos colegas", afirmou. (As informações do A Tarde)

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