sábado, 27 de setembro de 2014

MORADORES DE STELLA MARIS IRONIZAM FALTA DE SEGURANÇA LOCAL

Você está passando com o carro, atento às placas de trânsito, quando, de repente, lê em uma a seguinte mensagem: "Perigo! A partir desse trecho seu carro pode sumir". O que fazer? Dar meia-volta ou seguir no caminho, mesmo com medo do que pode acontecer mais à frente?
Independentemente da resposta, o caso descrito não é ficcional. Placas imitando as de trânsito, com frases tão amedrontadoras - ou irônicas - como aquela, foram instaladas por moradores da rua Alameda Praia do Flamengo, em Stella Maris. O objetivo, de acordo com os idealizadores, é protestar de forma inusitada contra a falta de segurança no local, chamando a atenção para o problema.
"Reze para não ser a vítima de hoje" e "Sr. ladrão, em caso de assalto, pode levar meus bens, não irei reagir" são outras das frases colocadas nas placas amarelas.

Vítimas - A enfermeira Priscila Santos, 33 anos, moradora da rua e uma das realizadoras do protesto, teve a casa arrombada e assaltada duas vezes por ladrões. Na mais recente, esta semana, teve o carro, um notebook, celulares e até perfumes furtados. Por sorte, ela não estava em casa.
"Estamos reféns. Está todo mundo com medo", diz a enfermeira, que mora com um primo e teve o tio assassinado no local no ano passado, enquanto passeava pelas dunas, no outro lado da rua.

Um casal de vizinhos de Priscila também já teve a residência invadida. Neste caso, os moradores estavam em casa e foram rendidos pelos bandidos.
Outra moradora, que preferiu não ser identificada nesta reportagem, considera que o responsável por todos os crimes é uma única pessoa.

Crimes típicos - Conforme relatos, as circunstâncias dos arrombamentos são as mesmas: os criminosos roubam roupas, carros, joias, utilizam a piscina da casa violada e ainda comem e bebem o que estiver armazenado na despensa e na geladeira da vítima. "Esse ladrão é sabido. Só levou coisa boa minha, joias, roupas de marca. Só deixou um anel de ouro branco, porque é feio e ele deve ter achado que era coisa ruim", conta a moradora, há 31 anos vivendo no local.

Conforme ela, o grande movimento que o bairro tinha no passado foi substituído por ruas vazias. "Deixei de caminhar aqui. Essa rua era igual à Barra, as pessoas faziam corrida aqui", relembra. (As informações do A Tarde)

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