domingo, 16 de julho de 2017

EM CINCO ANOS, ACIDENTES DE TRÂNSITO CAEM PELA METADE EM SALVADOR

Duas das principais avenidas de Salvador e que passam, juntas, por quase 15 bairros da capital, registraram, nos últimos cinco anos, uma queda de mais de 60% no número de acidentes de trânsito. Na Bonocô, a redução entre 2012 e 2016 foi de 65%; já na Octávio Mangabeira, que passa pela Orla, a queda foi de 64%.

O número de acidentes diminuiu em toda a capital, de acordo com dados da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Nos últimos cinco anos, a queda na capital foi de 51,5%, passando de 38.106 em 2012 para 18.488 em 2016. O número de mortes em decorrências deles também caiu - 45% - no mesmo período. Foram 247 em 2012 e 137 no ano passado.

A maior redução de acidentes registrada foi na Avenida Mário Leal Ferreira, a Bonocô. O número caiu de 1.098 em 2012 para 383 em 2016. A Bonocô está ligada a sete localidades do bairro de Brotas, como Engenho Velho de Brotas, Cosme de Farias e o Matatu.

Somente na Bonocô, que também liga o Centro de Salvador à BR-324, na saída da cidade, a queda no número de ocorrências chega a 65%. Lá, o fluxo diário é intenso - são mais de 60 mil veículos todos os dias sentido Centro e quase 44 mil no sentido BR-324.

Em segundo lugar, vem a Avenida Octávio Mangabeira, a Orla, em que a redução foi de 64%. Na avenida, que passa pelos bairros da Pituba, Costa Azul, Armação, Boca do Rio, Pituaçu, Jaguaribe e Piatã, o número caiu de 1.307, em 2012, para 462 em 2016.

Radares
Nestas avenidas, foram instalados radares de controle de velocidade. E, para o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, é isso que explica a queda no número de acidentes.

“A redução de acidentes vem de um cuidado que a prefeitura está tendo na construção de seus projetos, que tem como objetivo a segurança viária. Até 2012, a cidade não era fiscalizada, isso acaba incentivando que as pessoas cometam mais infrações e consequentemente haja mais acidentes”, explica. Fabrizzio diz, ainda, que a Transalvador tem trabalhado mais na fiscalização e nas blitze de alcoolemia.

A especialista em trânsito Cristina Aragón considera que o aumento da fiscalização eletrônica foi um fator positivo no aumento da segurança viária. “Isso é uma tendência no Brasil todo. A lei de trânsito ficou mais rígida”, aponta. Ela destaca, ainda, a mudança de comportamento do brasileiro em relação à combinação entre álcool e direção.

“Ao longo dos anos, houve uma maior fiscalização. E começo a acreditar também que o fenômeno Uber tem algo a ver com isso. Hoje, você já nota uma tendência de pessoas que preferem sair sem carro porque ficam mais confortáveis de beber sem riscos de acidentes ou multa”, explica, ressaltando que a maioria dos acidentes está ligada a condutores alcoolizados. (As informações do Correio)

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