terça-feira, 19 de setembro de 2017

SUSPEITO DE ATAQUE A ÔNIBUS EM SÃO TOMÉ DE PARIPE DEIXOU PRISÃO HÁ 3 DIAS

O ataque a um ônibus, na tarde desta segunda-feira(18) resultou na prisão de Éverton Ferreira de Souza, 21 anos, Edmilson de Santana Santos, 19, e Alan de Santana Santos, 25.O coletivo da linha Base Naval-Lapa foi abordado por uma adolescente na BA-528, mais conhecida como Estrada do Derba, no bairro de São Tomé de Paripe, por volta das 14h30. A adolescente, que também é investigada pela polícia, estava acompanhada por duas crianças. O grupo foi conduzido para a 5ª Delegacia Territorial de Periperi onde prestará esclarecimentos sobre o caso.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os três suspeitos já possuíam passagem pela polícia. Alan responde por homicídio e deixou presídio da Mata Escura, na última sexta-feira (15). Já Éverton responde por tráfico de drogas e Edmilson foi apreendido pela prática de roubo, quando era menor.

Conforme a SSP, além de uma garrafa com gasolina, a Polícia também encontrou crack e maconha com o grupo. Ao CORREIO, o delegado da 5ª Delegacia de Periperi, Nilton Borba, informou que vários litros de álcool foram encontrados com os suspeitos.

Motivação
“Tudo indica que essas pessoas são as articuladoras”, diz o delegado Borba sobre os suspeitos. Para ele, o ataque pode ter ocorrido em represália a morte de um traficante da região em confronto com a Polícia, no último sábado (18). “É uma área que tem muita disputa por territórios e estamos tentando evitar os conflitos”, completou.

Segundo ele, um traficante conhecido como Camarão estaria brigando pelo comando da área. “Ele saiu da cadeia e a gente tem informe de que ele está disputando o local”, explica. Omajor Elsimar Leão, comandante da 19º CIPM, diz que a políicia não vai se intimidar com a tentativa de retaliação. “Vamos continuar agindo. Não haverá tolerância para este ou qualquer outro tipo de crime”.

Final de linha improvisado
Quem precisa passar pela região da Base Naval de Aratu precisa estar atento às mudanças do ônibus. Isso porque os coletivos não estão indo até o destino final. “A gente não está indo até o final da Base Naval. Estamos parando próximo ao muro da Marinha”, explica o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira. A distância das localidades é de cerca de 600 metros.

Segundo Ferreira, as alterações foram feitas para proteger a integridade física dos trabalhadores. “A gente vai avaliar o melhor momento para voltar”, completou.

Incêndios na capital baiana
Até o dia 30 de agosto, pelo 11 ônibus foram queimados este ano, em Salvador. De acordo com a assessoria de comunicação do Consórcio Integra, isso representa um prejuízo de quase R$ 3 milhões para as empresas de ônibus, já que cada veículo custa, em média, R$ 260 mil.

O prejuízo, no entanto, acaba sendo repassado para a população, já que muitas vezes há demora para o veículo ser reposto - a linha fica, literalmente, desfalcada. Além disso, as perdas entram na conta das empresas, na hora de discutir os reajustes das tarifas, como explica a prefeitura.

De acordo com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, a conta das perdas, na verdade, chega a ser um pouco maior, afinal, os 11 ônibus citados são apenas do Consórcio Integra. Quando se inclui outros veículos da frota urbana, como os micro-ônibus do sistema complementar, além de um veículo pertencente a um vereador, o número sobe para 16. (As informações do Correio)

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