segunda-feira, 16 de outubro de 2017

RODRIGO MAIA CHAMA ADVOGADO DE MICHEL TEMER DE "INCOMPETENTE"

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou neste domingo, 15, de "incompetente" o advogado de defesa do presidente Michel Temer, Eduardo Carnelós. O parlamentar disparou críticas após Carnelós ter classificado como "vazamento criminoso" a divulgação dos vídeos da delação do operador financeiro Lúcio Funaro, que atingem Temer. "Não teve vazamento. O advogado é incompetente", disse Maia.

De acordo com Rodrigo Maia, a Câmara cumpriu expressamente o que foi determinado pelo Supremo. "Da minha parte, uma perplexidade muito grande ver o advogado do presidente da República, depois de tudo que fiz pelo presidente, da agenda que construí com ele, de toda defesa que fiz na primeira denúncia, ser tratado de forma absurda e – vamos chamar assim – sem nenhum tipo de prova, de criminoso", acrescentou Rodrigo Maia.

Os vídeos da delação de Funaro foram divulgados no site da Câmara em 22 de setembro, junto com os outros documentos relacionados à segunda denúncia contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) por organização criminosa. O material foi enviado pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, por meio de ofício expedido em 21 de setembro, uma semana após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar a denúncia.

Após receber o ofício da presidente do STF, o secretário-Geral da Mesa Diretora, Wagner Soares, determinou que os vídeos fossem divulgados. Soares assumiu o posto por indicação de Maia. A divulgação do material ocorreu na mesma semana em que o presidente da Câmara disparou duras críticas a Temer e ao PMDB, em razão do assédio dos peemedebistas a parlamentares do PSB com os quais o DEM negociava filiação.

"Mea culpa"
Após Maia criticá-lo, o advogado de Temer divulgou nova nota ontem fazendo um "mea culpa". "Quando divulguei nota ontem (anteontem), referindo-me a vazamento que qualifiquei como criminoso, desconhecia que os vídeos com os depoimentos de Funaro estavam disponíveis na página da Câmara dos Deputados. (...) Não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos. Somente fiquei sabendo disso por meio de matéria televisiva levada ao ar ontem", afirmou.

"Jamais pretendi imputar ao presidente da Câmara a prática de ilegalidade, muito menos crime, e hoje (ontem) constatei que o ofício encaminhado a S. Ex.ª pela Presidente do STF, com cópia da denúncia e dos anexos que a acompanham, indicou serem sigilosos apenas autos de um dos anexos, sem se referir aos depoimentos do delator, que também deveriam ser tratados como sigilosos", acrescentou o advogado do presidente. (As informações do Estadão)

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