sexta-feira, 1 de junho de 2018

GILMAR MANDA SOLTAR EX-PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO NO RIO, PRESO NA LAVA JATO

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar, nesta sexta-feira 1º, o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Orlando Diniz, preso desde fevereiro pela Operação Jabuti, desdobramento da Lava Jato.

"Ante o exposto, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões (…) defiro o pedido de liminar para suspender a ordem de prisão preventiva", afirma Gilmar sobre a prisão do ex-presidente, que foi para cadeia por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

O pedido de liberdade chegou ao STF na quarta-feira, 30. Diniz foi preso durante investigações de desvio de recursos da Fecomércio, lavagem de dinheiro e pagamento em honorários advocatícios com recursos da entidade.

O nome da operação faz alusão a funcionários fantasmas, que, entre os empregados da Fecomércio-RJ, eram conhecidos como "jabutis". Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do Sesc-Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na época de sua prisão, em nota, a Polícia Federal informou que as investigações apontaram que gestores da Fecomércio do Rio "estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões".

"Nesse valor estão incluídos cerca de R$20 milhões que teriam sido pagos ao escritório pertencente à esposa de um ex-governador do Rio que se encontra recolhido ao sistema prisional à disposição da Justiça", dizia a nota da PF.

Durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) no Rio, o escritório da ex-primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo, teria recebido R$ 35,8 milhões de 10 empresas. Uma delas, a Fecomércio do Rio. (As informações do Estadão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário