quarta-feira, 15 de agosto de 2018

COMO PORTA-VOZ DE LULA, HADDAD DEFENDE REFORMAS TREBUTÁRIA E BANCÁRIA

Pela primeira vez, Fernando Haddad falou como porta-voz de Lula em um evento com candidatos à presidência da República, no Diálogo Eleitor, promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), em Brasília, nesta terça. "Trago a mensagem do presidente Lula e faço isso como seu companheiro de chapa", falou ao confirmar que Lula será registrado como candidato ao Palácio do Planalto nesta quarta, 15, no Tribunal Superior Eleitoral.

Haddad disse que o partido está atento à crise econômica e tem propostas a curto, mas também em médio e longo prazos, porque entende que "paliativos não darão sustentabilidade" à economia. "Não queremos voo de galinha, mas um voo consistente", comparou.

O petista criticou à Emenda Constitucional que estipulou um teto dos gastos públicos e que, segundo ele, inviabiliza a gestão pública, por não permitir mais eficiência com incrementos necessários. "Não faz sentido nenhum manter o estado congelado por 20 anos", colocou.

Ele defendeu uma reforma tributária a partir da criação do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), trazendo simplificação. Também a reforma do sistema bancário, com objetivo de forçar os bancos a baixar as taxas de juros para pagar menos impostos. Fernando Haddad também anunciou que o PT pretende retomar obras paradas, o que acarretaria em criação de empregos. "Nós vamos isentar o imposto de renda de quem ganha até cinco salários mínimos, baixar os juros e retomar os investimentos públicos", ressaltou.

Sobre a sugestão do candidato Ciro Gomes, exposta nesta terça no mesmo evento, de fazer um plebiscito sobre a reforma previdenciária, disse preferir o um referendo por considerar o assunto "complexo". Afirmou ser favorável a uma reforma previdenciária que não impacte na aposentadoria rural ou no Benefício de Prestação Continuada (BPC), como, de acordo com Haddad, está previsto no texto que foi discutido pelo atual governo.

Criticou a política externa de Michel Temer, lamentou o que seria uma crise da soberania nacional e popular. Pediu uma aproximação do Sistema S com as escolas e institutos tecnológicos ao sustentar que a educação é parte essencial da soberania de um país. Segundo Haddad, o recado do ex-presidente Lula é que é preciso diálogo e ação para recuperação do Brasil. (As informações do A Tarde)

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