O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que emissoras de televisão o incluam em suas coberturas para a eleição presidencial. A decisão foi divulgada na noite dessa sexta-feira (24).
"No caso em exame, ao menos em juízo de cognição sumária, não se extraem dos autos elementos suficientes para configuração da transgressão ao dever de conceder tratamento isonômico aos candidatos a cargo de presidente da República, ante a ausência de quaisquer provas sobre o alegado", entendeu o ministro, segundo informações da Coluna do Estadão.
O PT ingressou com o pedido, sob a alegação de que a TV Globo tem agido de forma "antidemocrática" e utilizado "o seu poder de comunicação para desviar toda e qualquer atenção do referido candidato". Eles querem que a emissora acompanhe o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Além de ser representante de Lula, ele foi registrado na chapa presidencial como candidato a vice e será alçado ao posto de candidato a presidente se o TSE indeferir o registro de candidatura de Lula. Diante desse quadro, a Globo argumentou que o ex-presidente está preso em Curitiba e, por ser condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, não pode ter uma cobertura feita pelo jornalismo da emissora.
De acordo com a publicação, o ministro considerou que o caso é de complexidade e exige oitiva das representadas e a manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE). A Globo e as demais emissoras -- SBT, Record, Band e RedeTV -- deverão apresentar uma manifestação dentro de dois dias.
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