Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e Prêmio Nobel da Paz, morreu na madrugada deste sábado (18), aos 80 anos. Nascido em Gana em 1938, o africano estava em um hospital em Berna, na Suíça, segundo informações da fundação Kofi Annan nas redes sociais. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas ele teria sofrido uma doença súbita. Os detalhes sobre seu funeral ainda estão sendo organizados.
"É com imensa tristeza que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, ex-Secretário Geral das Nações Unidas e Prêmio Nobel da Paz, faleceu pacificamente neste sábado (18) após uma breve doença. Sua esposa Nane e seus filhos Ama, Kojo e Nina estavam ao seu lado durante seus últimos dias".
Formado em Economia, ele foi educado nos Estados Unidos e na Suíça e foi o primeiro negro a assumir o cargo de chefe da ONU, onde ficou por dois mandatos, de 1997 a 2006.
Em suas gestões na ONU tratou de temas até então considerados periféricos: a pobreza, o drama dos refugiados, o subdesenvolvimento e a Aids. Também foi enviado especial da ONU na Síria, e liderou esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito.
Repercussão
António Guterres, atual secretário-geral da ONU, emitiu um comunicado expressando sua "profunda tristeza". "De muitas formas, Annan era a ONU. Ele subiu dentro da organização para liderá-la ao novo milênio, com dignidade e determinação", escreveu. O português insistiu que Annan foi seu mentor e indicou que, "em tempos turbulentos", ele nunca deixou de agir.
Líderes europeus também enviaram condolências pela morte do ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan, elogiando sua liderança forte e graciosa.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse em um tuíte neste sábado que "nunca esqueceremos seu olhar calmo e resoluto, nem sua força nas batalhas".
Já a primeira-ministra britânica, Theresa May, também escreveu em seu Twitter que Annan "fez uma enorme contribuição para tornar o mundo que ele deixou um lugar melhor do que o que ele nasceu".
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou ainda que o "calor" de Annan nunca deve ser confundido com fraqueza. A ONU e o mundo perderam um de seus gigantes". (As informações do Estadão)
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