A Esplanada dos Ministérios ficará dividida em dois, nesta quarta-feira, 4, na expectativa de que manifestantes favoráveis e contrários a Luiz Inácio Lula da Silva apareçam para acompanhar o julgamento do habeas corpus preventivo, apresentado pela defesa do ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal.
Nesta terça, os dois lados já estavam separados por grades que contém um espaço entre elas, onde ficará o efetivo policial, com objetivo de evitar confrontos.
À noite, manifestantes anteciparam um protesto contra Lula na Esplanada, incluindo uma série de pautas que não têm a ver com o pedido de habeas corpus do ex-chefe do Executivo: religiosos criticaram o aborto, faixas rejeitavam o comunismo e outras a favor de uma intervenção militar. Houve protesto, ainda, contra o uso de dinheiro público em campanhas. Também houve protestos contra o habeas corpus em São Paulo, Rio e Curitiba.
Esquema
A exemplo do que foi feito no julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os manifestantes, estimados em 20 mil, poderão ficar ao lado das fileiras de ministérios e chegar, no máximo, até a Alameda da Bandeiras, localizada em frente ao gramado que antecede o Congresso Nacional. Ou seja, não poderão chegar na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, em cada lado serão permitidos até três carros de som devidamente cadastrados e manifestantes poderão ser revistados para garantir que não entrem itens como fogos de artifício, sprays, bonecos infláveis grandes e produtos inflamáveis.
A procuradora-geral da República Raquel Dodge disse que a definição sobre o pedido da defesa de Lula se trata de um dos mais " notórios, expressivos e importantes julgamentos" do STF. Lembrou que o Ministério Público se manifestou na defesa de iniciar a execução provisória da pena tão logo encerrado o duplo grau de jurisdição, com a confirmação da condenação em primeira instância por um tribunal intermediário.
Por outro lado, parlamentares do PT defendem que o STF atenda ao pedido da defesa de Lula. O líder do partido na Câmara dos Deputados Paulo Pimenta (RS) defendeu que permitir a prisão antes de todos recursos judiciais viola o princípio da soberania popular, já que o texto da Constituição Federal prevê, de acordo com o líder, "cumprimento de pena em processo judicial ocorrer apenas a partir da sentença transitada em julgado”. (As informações do A Tarde)
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