quarta-feira, 25 de abril de 2018

MÃO DADA E BEIJOS: TRUMP É SÓ ELOGIOS A MACRON EM ENCONTRO NOS EUA

O presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, selaram uma forte amizade desde o primeiro encontro, em maio de 2017. Durante encontro na última terça-feira (24), os líderes trocaram muitos elogios, apertos de mãos firmes, abraços calorosos e até beijos e mãos dadas.

De acordo com o G1, Trump arrancou risos de assessores e jornalistas que cobriam o encontro dos dois na Casa Branca e deixou Macron levemente sem jeito ao bater em seu ombro antes de posarem para fotos. “Na verdade, vou tirar um pedacinho de caspa daqui. Só um pedacinho. Temos que deixá-lo perfeito. Ele é perfeito. É realmente, realmente ótimo estar com você e você é um amigo especial. Obrigado”, disse Trump, sorridente.

A demonstração de proximidade pode ser vista já na segunda-feira, quando Macron surpreendeu Trump o cumprimentando com dois beijos no rosto ao chegar com a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, para encontrar o presidente americano e sua mulher, Melania.

O casal francês foi o primeiro a ser recebido pelo atual presidente dos EUA em uma visita de Estado.

Na terça, Trump voltou a afirmar que o francês era seu amigo mais de uma vez e disse que ele será “um ótimo presidente para a França”. Além disso, quando deixavam uma ala da Casa Branca para se dirigirem ao Salão Oval, fez questão de guiar o amigo pela mão, e os dois caminharam um trecho de mãos dadas.

Mais tarde, quando concederam uma coletiva conjunta, Macron deu diversos tapinhas no braço de Trump enquanto falavam e deixou o local com a mão em seu ombro.

Críticas

Conhecido por seu temperamento explosivo e por criticar praticamente qualquer um que o contrarie minimamente, Trump parece não ser capaz de se enfurecer com Macron nem mesmo quando este desaprova publicamente alguma de suas decisões.

Ainda conforme o G1, quando Trump decidiu reconhecer Jerusalém como capital de Israel, por exemplo, o presidente francês foi bastante duro e disse que a ideia era “lamentável” e não aprovada por seu país.

Eles discordam ainda em questões ambientais, e o francês não faz questão de esconder isso. Em uma coletiva conjunta em Paris, em julho de 2017, ele disse ao lado de Trump que respeitava sua posição, mas que continuaria comprometido com o Acordo de Paris – do qual os EUA se retiraram.

Além disso, Macron parece ser capaz de exercer forte influência sobre o colega americano e até mesmo ter o poder de convencê-lo sobre assuntos importantes. Recentemente, ele garantiu ter dissuadido Trump – ao menos por enquanto – de retirar as tropas dos EUA da Síria tão cedo.

Na atual visita aos Estados Unidos, Macron também parece estar obtendo sucesso em suavizar a ira do amigo em relação ao acordo nuclear com o Irã. Embora continue classificando o tratado de “um desastre”, Trump admite não deixar a mesa de negociações, mas sim rediscutir novos termos. (As informações do Correio)

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