A bancada do PHS na Câmara de Salvador deve sofrer perdas consideráveis em razão da recente mudança de lado do partido dentro do jogo político na Bahia. Segundo informou uma pessoa próxima da situação que, os vereadores, aliados do prefeito ACM Neto, planejam uma “saída em massa” da sigla, que agora faz parte da base do governador Rui Costa.
Atualmente, o PHS possui uma bancada com quatro vereadores na Câmara: Teo Senna, Cátia Rodrigues, Igor Kannário e Fábio Souza - suplente de Isnard Araújo, secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). O movimento de saída do partido avançou após o presidente estadual do PHS, Júnior Muniz, se aliar a Rui Costa e admitir que pode não levar com ele os vereadores filiados à sua sigla.
Agora deputado federal, Igor Kannário ainda não se pronunciou aberta e publicamente sobre a situação, mas permanece na base de Neto. Como assume uma vaga na Câmara dos Deputados, deve fazer as negociações sobre o novo partido em separado dos demais colegas vereadores e correligionários.
Da atual bancada da sigla na Câmara Municipal, a maior incógnita é Cátia Rodrigues. No partido, a aposta é que ela deve fazer parte do movimento de saída em bloco, mas vale lembrar que a vereadora tem histórico de atritos dentro da base de ACM Neto. A reportagem apurou também que seu marido, o pastor Luciano Braga, que foi candidato a deputado federal, também ajudou na eleição para deputado estadual do presidente do PHS, Júnior Muniz. Com isso, ela poderia migrar de grupo também. No comando da Semps, Isnard já garantiu publicamente que não fica no partido e já aventou migrar para o PRB, legenda com a qual fez acordo para assumir o lugar da deputada federal Tia Eron (PRB) na pasta.
Já Téo Senna, que também afastou a possibilidade de continuar no partido, é considerado como da "cozinha" do vice-prefeito Bruno Reis, ou seja, alguém muito próximo dele. Fábio Souza também garantiu que fica com Neto. Os vereadores da legenda vêm se reunindo para discutir a questão, mas ainda há uma indefinição sobre para qual partido cada um deles deve ir.
No entendimento do líder do PHS na Câmara, Téo Senna, os vereadores da sigla já possuem “a prerrogativa para poder sair” em razão da recente mudança de posição política no nível estadual. No entanto, a eleição de 2020 aparece como fator fundamental para evitar qualquer saída precipitada. “Na próxima eleição não vai ter coligação, então já tem que começar a analisar definitivamente qual partido dá mais condições de alcançar sucesso de se eleger”, comentou. “Não pode sair e acabou”, ressaltou. (As informações do BN)
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