A vida de um preso na Penitenciária Lemos Brito (PLB) tem preço; e no Pavilhão 1 quem diz quanto ela custa é Raimundo Alves de Souza, o Ravengar. Acusado de cobrar dinheiro e favores em troca de proteção e garantia de vida, o traficante é alvo de uma nova sindicância - menos de um mês após ser punido com 30 dias de isolamento em uma cela, por ter criado e distribuído um código de comportamento dentro da prisão.
Há vários depoimentos de presos que denunciam as extorsões, e tiveram coragem de relatar ainda crimes como roubo, agressão e tráfico de drogas. Os fatos são apurados pela Superintendência de Execuções Penais e os nomes dos internos serão preservados por motivo de segurança.
Os preços cobrados por Ravengar variam de R$200 a R$2 mil. Segundo um agente carcerário, o traficante mantém informantes fora da prisão, para subsidiar a cobrança. Eles são responsáveis por “avaliar” as famílias e comprovar se os presos falam a verdade, quando por exemplo, assumem não ter condição de pagar pela “segurança” e se for pobre, vira soldado dele.
Os soldados, na engrenagem do sistema de extorsão, são responsáveis por cobrar pagamento, ameaçar quem não paga e invadir celas em busca de alguma forma de recompensa. As cobranças, denuncia o agente, acontecem também nos outros pavilhões. “ Na cadeia ninguém manda, nem vive sozinho”. (com informações do Correio)
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