Os empresários do setor de bares, restaurantes e hotéis reagiram nesta quinta-feira, 30, de forma contrária ao Decreto 25.316, da prefeitura de Salvador, que responsabiliza os grandes produtores de lixo pelo descarte dos resíduos sólidos. Entre os pontos atacados pelo grupo está o custo que a execução da lei terá para o setor, além da falta de concorrência entre as prestadoras do serviço de coleta.
Até ontem, apenas a empresa Amaral - Coleta de Lixo Comercial e Urbana havia se cadastrado para atender aos estabelecimentos, cobrando R$ 0,18 pelo quilo coletado. O valor é considerado alto pela maioria dos empresários. O prazo para cadastramento termina no dia 18 de dezembro. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel-BA), Júlio Calado, as regras impostas pela prefeitura às empresas de coleta seletiva são "exageradas" e impedem que haja mais participação.
"Para não considerarmos isso um monopólio, teria que haver pelo menos cinco empresas oferecendo o serviço, mas o ideal seria dez participantes", defende Calado. Diante da reação empresarial, a chefe de gabinete da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Fátima Sampaio, garantiu que outras quatro empresas de coleta já sinalizaram que vão se cadastrar no programa. De acordo com a gestora, elas estão se enquadrando nas exigências para oficializar a inscrição.
Para tentar acalmar os empresários, a titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Rosemma Maluf, colocou-se do lado do setor, relembrando sua atuação na administração de estabelecimentos comerciais. Além disso, conforme Rosemma, o prefeito ACM Neto tem "olhar sensível" para o empresariado, "pois sabe que o setor é a força motriz da cidade, gerando empregos". (As informações do A Tarde)
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