terça-feira, 28 de outubro de 2014

DILMA DEFENDE REFORMA POLÍTICA COMO ESSENCIAL EM ENTREVISTA

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) defendeu na noite desta segunda-feira, 27, a consulta popular como essencial para se implementar a reforma política no País. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Dilma disse ter certeza que essa consulta será possível, pois durante a campanha conversou com diversos setores que contribuíram com formas de se fazer um plebiscito [veja vídeo com trecho da entrevista abaixo].
"O Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança", disse sobre a cooperação do Congresso Nacional com essa sua proposta, já que após as manifestações de junho do ano passado não teve apoio maciço dos congressistas para fazer a reforma através de consulta popular.

Das medidas para tal reforma, citou a possibilidade de proibir doações de empresas, mantendo apenas doações privadas individuais - proposta que é defendida pelo PT. "Tem várias propostas na mesa, a oposição fala muito em fim da reeleição", afirmou, sobre a pauta que foi defendida por Aécio Neves (PSDB) e por Marina Silva (PSB).

No início da entrevista, Dilma reforçou a mensagem de união que havia colocado no discurso de vitória de ontem. "Nessa eleição, mesmo com visões e posições contraditórias, os brasileiros apresentaram uma visão comum: a busca de um futuro melhor para o Brasil. Essa busca é a grande base para que tenhamos união."

Como na entrevista que tinha dado poucos minutos antes à TV Record, Dilma disse que seu segundo mandato será da construção de pontes e do diálogo. Citou também a palavra "mudança" que pautou tanto o discurso da oposição como o dela própria, que usou o slogan "muda mais" durante a campanha. "Temos de ser capazes de garantir as mudanças que o Brasil precisa e exige. Isso fica claro nessas eleições", afirmou.

A presidente disse estar comprometida em assegurar um País mais moderno, inclusivo e produtivo, mensagem que foi repetida por ela no fim da entrevista. Ela voltou também ao discurso de unir os brasileiros após o processo eleitoral, chamando ao "Brasil da solidariedade". "Acredito que, depois de eleição, temos que respeitar todos os brasileiros, os que votaram em mim e os que não votaram em mim; abrir e construir, através do diálogo, as pontes para que possamos juntos fazer com que Brasil tenha um caminho de crescimento, de futuro."

Ela também afirmou que o seu governo focará na educação, na cultura, ciência e inovação. No aspecto social, destacou o olhar para a população mais pobre, mulheres, jovens e negros. (As informações do Estadão)

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