A 2ª Promotoria do Ministério Público estadual (MP-BA), em Feira de Santana, instaurou inquérito civil para apurar as constantes retenções de macas, que resulta na permanência de ambulâncias e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). O procedimento foi instaurado atendendo a representação do ex-deputado Colbert Martins. Para ele, o problema traz prejuízos à população. "Prejudica o atendimento do Samu e põe em risco a vida de quem necessita do serviço".
Sem macas suficientes para transferir das macas do Samu os pacientes que chegam, o hospital acaba interrompendo temporariamente o serviço de urgência, já que os atendentes do Samu não podem deixar o hospital sem maca. Isso inviabiliza o atendimento de novos chamados. O diretor do HGCA, José Carlos Pitangueiras, diz que a unidade tem 302 leitos para atendimento e que a demanda diária é 50% maior. O que significa que o atendimento está sempre acima do limite. "Todos os dias temos, no mínimo, 450 pacientes. A questão não é só a compra de macas. O problema é maior que isso", frisou o diretor.
Na primeira audiência do caso, no início da semana, foram ouvidos o diretor do HGCA e a coordenadora do Samu, Maísa Macedo. Procurada por A TARDE, a coordenadora argumentou que o MP-BA é que deve falar sobre o assunto. Segundo o promotor de justiça Tiago Quadros, o inquérito vai apurar e buscar solução para o problema. Uma nova audiência ocorrerá no final de novembro.
Quadros diz que um acordo emergencial entre as partes prevê a disponibilização de cinco macas do Samu para ficarem no HGCA. "Quando o paciente chegar à unidade será colocado nessas macas, que estarão devidamente marcadas. A maca da ambulância será liberada", explica o promotor. Quadros ressalta que tanto o Samu quanto o Hospital Clériston Andrade levarão, na próxima audiência, um relatório de monitoramento dos casos encaminhados para o HGCA, para identificar situações que podem comprometer o atendimento do hospital, como o encaminhamento para a instituição de casos que podem ser levados para outras unidades. Isso é motivo de queixa da direção do HGCA, segundo o promotor, que vai fixar normas de gerenciamento das macas do Samu. (As informações do A Tarde)
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