O primo do adolescente morto na Faculdade Área 1 negou em depoimento nesta sexta-feira (24) envolvimento com a tentativa de assalto. Willian Souza Santana, 24 anos, foi apontado pela polícia como o mentor do assalto que terminou com a morte de Railan da Silva Santana, 17 anos. Ainda de acordo com a polícia, Willian, que é estudante de Direito da Faculdade Ruy Barbosa, que fica ao lado da Área 1, já tinha participado de outros assaltos anteriormente. Ele foi reconhecido nas imagens pela família do adolescente morto.
A família de Railan culpa o primo pelo caso. "Ele usou meu filho. Ele induziu meu filho. Combinou tudo com ele, armou tudo e botou ele na frente, como menor", disse à TV Bahia Marinalva Souza, mãe de Railan. Para os parentes, Willian orquestrou o crime porque queria ficar com peças da moto do policial militar e aluno da Área 1 Jorge Miranda, 30 anos.
Os parentes dizem que William tem um chassi de uma moto e queria roubar uma igual. "E essa moto, ele tava precisando de outra para tirar as peças e jogar em cima do chassi dele e colar uns adesivos de rifa, para Willian chegar depois e dizer pra família que ganhou na rifa", diz o padrasto de Railan, Sidney Oliveira.
Segundo as investigações, o revólver encontrado com Railan no banheiro da Área 1 pertence a Willian. O estudante de direito disse que no dia do crime não tinha aula e, por isso, foi para a Área 1, mas negou que tenha participado do assalto ao PM. Ele prestou depoimento acompanhado por um advogado, mas não ficou preso. As imagens de segurança mostram os dois primos conversando duas horas antes do crime, e Willian apontando o PM para Railan. Willian vai responder ao processo em liberdade - não é possível prender ninguém 5 dias antes das eleições, a não ser em flagrante ou por crimes inafiançáveis.
O PM, que é lotado na 41ª Companhia Independente de Polícia Militar, também prestou depoimento, ontem à noite, e foi liberado. Ele afirmou que atirou em direção a Railan para se defender durante o assalto, mas não sabe se os tiros pegaram nele. Segundo ele, o adolescente perguntou sua profissão e disse que o mataria se ele fosse policial. Ele também negou ter corrido atrás do jovem. (As informações do Correio)
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