A presidente afastada Dilma Rousseff sabia dos detalhes da compra da refinaria de Passadena (EUA), que trouxe prejuízo à Petrobras; o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu até R$ 20 milhões em propina da UTC; e o filho de FHC, Pedro Henrique Cardoso, fechou contrato viciado com a Petrobras.
Essas são algumas das novas acusações contidas nas informações passadas pelo ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró em depoimentos à Justiça dentro da Operação Lava Jato. O teor das delações de Cerveró foi tornado público ontem, após a retirada do sigilo do processo pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República.
O acordo de delação premiada de Cerveró com o Ministério Público Federal prevê que ele deixe a prisão no próximo dia 24 e devolva mais de R$ 17 milhões aos cofres públicos em razão dos crimes cuja autoria assumiu durante as investigações da Lava Jato.
Pasadena - Dentre os conteúdos divulgados nesta quinta, 2, o referente à compra desastrosa da refinaria de Pasadena foi o que gerou mais repercussão. Segundo o delator, "Dilma Rousseff tinha todas as informações sobre a refinaria de Pasadena". O texto diz, ainda, "que o Conselho de Administração não aprova temas com base em resumo executivo; que o projeto foi aprovado na Diretoria Executiva da Petrobras em uma quinta, e na sexta o projeto foi aprovado no Conselho de Administração; que esse procedimento não era usual". Para ele, "não corresponde à realidade" a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisição porque não sabia das cláusulas do contrato. (As informações do Estadão)
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