A produção da indústria brasileira cresceu 0,1% em abril na comparação com o mês anterior, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (2). Em março, o crescimento havia sido de 1,4%. Assim, são dois meses seguidos de expansão. Em fevereiro, foi registrado recuo de 2,9%. Em relação a abril do ano passado, o setor recuou 7,2%, 26ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.
No acumulado do ano, até abril, a queda foi de 10,5%. Em 12 meses, o recuo foi um pouco menor, de 9,6%, praticamente a mesma taxa de março (-9,7%), quando ocorreu a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%).
Setores - Na passagem de março para abril, o IBGE registrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Os principais impactos positivos foram em produtos alimentícios (4,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4%), com o primeiro apontando a segunda alta consecutiva e acumulando nesse período crescimento de 10,9%; e o último eliminado parte do recuo de 6,7% verificado em março. De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado, em grande parte, pela antecipação da moagem da cana-de-açúcar.
Outras contribuições positivas vieram de indústrias extrativas (1,3%), de celulose, papel e produtos de papel (2,7%), de máquinas e equipamentos (2,0%), de bebidas (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,9%). Já entre os 13 ramos que reduziram a produção, os de maior relevância foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%), com ambos eliminando os avanços registrados no mês anterior: 2% e 10,5%, respectivamente. Outros impactos negativos importantes foram em perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,6%), metalurgia (-2,5%), outros equipamentos de transporte (-5,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,1%), produtos de metal (-1,3%) e produtos do fumo (-11,9%). Com exceção da última atividade que teve crescimento em março, as demais recuaram no último levantamento.
Na análise das grandes categorias econômicas, em relação a março, bens de capital (1,2%) teve a expansão mais acentuada e a 4ª taxa positiva consecutiva, acumulando no período ganho de 7,7%, interrompendo três meses seguidos de queda, que acumularam redução de 12,9%. O segmento de bens intermediários (0,5%) também ampliou a produção nesse mês e eliminou parte da perda de 1,8% acumulada em fevereiro e março.
Já os setores de bens de consumo duráveis (-4,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) recuaram, com o primeiro apontando quatro meses de consecutivos de queda na produção e acumulando no período redução de 13,7%; e o segundo voltando a recuar, após avançar 0,9% no mês anterior. (As informações do G1)
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