O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, destacou em Israel que o Brasil retornou o tratamento equilibrado às questões relacionadas ao Oriente Médio. Em cerimônia oficial em Tel Aviv ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a quem chamou de irmão, enfatizou que cooperação nas áreas de segurança e defesa interessam muito ao Brasil. "Pretendemos aproximar nossos povos, nossos militares, nossos estudantes, nossos cientistas, nossos empresários e nossos turistas", citou, após participar de honras militares, ouvir os hinos nacionais, fazer revista da guarda de honra e cumprimentar as delegações.
Na abertura e no final de seu discurso, que durou seis minutos, o presidente disse em hebraico, "eu amo Israel".
Bolsonaro salientou que se trata de uma visita a Israel em menos de 100 dias de seu governo - ele já esteve na Suíça, nos Estados Unidos e no Chile. Agradeceu a presença de Netanyahu na cerimônia de sua posse, em janeiro, pontuando que se tratou da primeira visita de um chefe de governo israelense ao país. Também voltou a agradecer a ajuda do primeiro-ministro na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, no primeiro mês do ano. "Isso jamais será esquecido."
Bolsonaro comentou que o governo está firmemente decidido em fortalecer parceria entre Brasil e Israel, mas lembrou que os países se afastaram no passado. "Mas Deus sabe o que faz, e voltamos", disse, acrescentando que as duas nações prezam a democracia e que podem alcançar grandes feitos. No início de sua fala lembrou que seu nome também é Messias e recordou outras visitas que fez ao país, inclusive quando foi batizado no rio Jordão. "Foi uma emoção com compromisso, uma fé verdadeira, que me acompanhará pelo resto da vida", descreveu.
Ele relatou ainda que falou várias vezes durante a campanha que Israel não é tão rico como o Brasil em recursos naturais e "outras coisas". "Mas olha o que eles não têm e o que são. Olhe o que nós temos e o que não somos", comparou. O presidente também disse que dois milagres aconteceram com ele, uma é estar vivo, após o esfaqueamento que sofreu, e a outra foi ser sido eleito. "Fui eleito presidente com um clima hostil a minha pessoa, mas eu tinha uma coisa que eles não tinham: o povo ao meu lado."
Após a cerimônia oficial, a comitiva brasileira se desloca para o hotel em Jerusalém. À tarde, Bolsonaro se reúne com Netanyahu. Há previsão de uma declaração conjunta às 19h15 (13h15 de Brasília). Antes disso, deverão ser assinados acordos entre os países.
Fazem parte da comitiva de Bolsonaro os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque; de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; de Relações Exteriores, Ernesto Araújo e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, além do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Brigadeiro Raul Botelho; o secretário de Agricultura e Pesca, Jorge Seif Junior; os senadores Flávio Bolsonaro (PSL-SP), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Chico Rodrigues (DEM-RR) e a deputada Bia Kicis (PSL-DF). (As informações do Estadão)
domingo, 31 de março de 2019
PROJETO CRIMINALIZA APOLOGIA À DITADURA
Às vésperas do aniversário de 55 anos do golpe militar, um projeto de lei protocolado na Câmara dos Deputados pretende criminalizar 'apologias ao retorno da ditadura militar' e a 'pregação de novas rupturas institucionais no país'.
Apresentado pelo vice-líder do PC do B, deputado pelo Maranhão, Márcio Jerry, o PL nº 1.798/2019 propõe a alteração do artigo 287 do Código Penal Brasileiro, dando a ele uma nova redação, 'para punir, com multa ou detenção, de três a seis meses, autores de declarações ou conclamações públicas que remetem a fatos criminosos, tortura ou que incentivam algum tipo golpe ou quebra do sistema político vigente'.
O projeto de Jerry foi apresentado em meio à polêmica criada pela ordem do presidente Bolsonaro para que os quartéis comemorem o 31 de março.
Nesta sexta, 29, a juíza Ivani Silva da Luz, da 6.ª Vara Federal de Brasília, acolheu pedido da Defensoria Pública da União e determinou que as unidades militares se abstenham das festividades em alusão a 1964.
Para embasar seu projeto, o deputado maranhense menciona o artigo 5.º da Constituição, que 'estabelece como crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, que vão contra a ordem constitucional e o Estado Democrático no país'.
Márcio Jerry explica que 'a matéria vem suprir a necessidade de se coibir reações extremas em um grave momento da história brasileira, que vive um patente momento de ameaça à democracia'.
O parlamentar afirma que o projeto pretende 'colocar luz sobre um trágico recorte da memória nacional'.
"É preciso que a gente reflita sobre isso para que o Brasil não faça do próximo dia 31 um momento de revirar feridas, porque a democracia cuida disso, e não é cabível e não é aceitável que um Presidente da República faça uma conclamação tão estapafúrdia, tão acintosa à democracia e tão agressiva à memória daqueles que padeceram sob a ditadura", afirmou.
O projeto será distribuído às comissões temáticas a serem designadas pelo deputado Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Casa. Depois, segue para deliberação do Plenário. (As informações do Estadão)
Apresentado pelo vice-líder do PC do B, deputado pelo Maranhão, Márcio Jerry, o PL nº 1.798/2019 propõe a alteração do artigo 287 do Código Penal Brasileiro, dando a ele uma nova redação, 'para punir, com multa ou detenção, de três a seis meses, autores de declarações ou conclamações públicas que remetem a fatos criminosos, tortura ou que incentivam algum tipo golpe ou quebra do sistema político vigente'.
O projeto de Jerry foi apresentado em meio à polêmica criada pela ordem do presidente Bolsonaro para que os quartéis comemorem o 31 de março.
Nesta sexta, 29, a juíza Ivani Silva da Luz, da 6.ª Vara Federal de Brasília, acolheu pedido da Defensoria Pública da União e determinou que as unidades militares se abstenham das festividades em alusão a 1964.
Para embasar seu projeto, o deputado maranhense menciona o artigo 5.º da Constituição, que 'estabelece como crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, que vão contra a ordem constitucional e o Estado Democrático no país'.
Márcio Jerry explica que 'a matéria vem suprir a necessidade de se coibir reações extremas em um grave momento da história brasileira, que vive um patente momento de ameaça à democracia'.
O parlamentar afirma que o projeto pretende 'colocar luz sobre um trágico recorte da memória nacional'.
"É preciso que a gente reflita sobre isso para que o Brasil não faça do próximo dia 31 um momento de revirar feridas, porque a democracia cuida disso, e não é cabível e não é aceitável que um Presidente da República faça uma conclamação tão estapafúrdia, tão acintosa à democracia e tão agressiva à memória daqueles que padeceram sob a ditadura", afirmou.
O projeto será distribuído às comissões temáticas a serem designadas pelo deputado Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Casa. Depois, segue para deliberação do Plenário. (As informações do Estadão)
ONDE ESTAVAM OS MINISTROS MILITARES DE BOLSONARO EM 1964?
Os generais da reserva com assento no governo de Jair Bolsonaro ocuparam funções de oficiais na estrutura das Forças Armadas e dos governos do regime militar. Conselheiro do presidente, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro, de 71 anos, tinha quase 17 no dia 31 de março de 1964.
"Era aluno do segundo ano Científico do Colégio Militar do Rio. Vibrei com a queda de João Goulart, um cancro na política brasileira", disse ao Estado. A exemplo de Bolsonaro, Heleno não chama o golpe de golpe. Na sua definição, houve um movimento para conter o avanço do comunismo no País.
No começo da década de 1970, Heleno foi instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio, onde se formaram o atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz (turma de 1974), o vice-presidente Hamilton Mourão (1975) e o próprio Bolsonaro (1977).
No ano da formatura de Bolsonaro, Heleno, capitão recém-promovido, assumiu o cargo de ajudante de ordens do então ministro do Exército, Sylvio Frota - que tentou se impor como sucessor do presidente Ernesto Geisel e foi demitido. O grupo do entorno dele ensaiou um levante. Questionado, Heleno disse que sua participação foi "irrelevante". "Tinha apenas 30 anos."
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, de 65 anos, tinha 10 quando o Exército derrubou Goulart. Ele relatou que, durante o regime, se dedicou à Brigada Paraquedista, no Rio. Sua atuação, disse, foi "exclusivamente" voltada à profissão militar.
Já Santos Cruz, que tem gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto, completava 12. O Exército tinha acabado de exterminar as guerrilhas na Amazônia quando, entre 1975 e 1977, ele concluiu os cursos de comando e guerra na selva. À pergunta sobre sua experiência na ditadura, disse que não foi "frotista" nem "castelista". "Não faço parte de grupos estereotipados. Fui ser militar porque tinha atração pela atividade militar e era uma opção profissional que eu tinha possibilidade de acessar."
Em 1973, no auge da repressão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Floriano Peixoto, de 64 anos, se formava pela Academia Militar das Agulhas Negras. Naquele ano, outro ministro, o almirante Bento Albuquerque, de Minas e Energia, entrava para a Marinha. Nos dois últimos governos militares ele se dedicou ao programa de submarinos.
O titular da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de 56 anos, tinha um ano quando ocorreu o golpe e no último ano do regime, 1984, formou-se em Tecnologia Aeronáutica na Academia da Força Aérea. Militares mais novos, como o ministro Tarcísio Gomes (Infraestrutura), de 43 anos, não era nascido em 1964.
A cada quatro pronunciamentos feitos por Jair Bolsonaro durante sua passagem pela Câmara, pelo menos um mencionou o regime militar. O Estado compilou e analisou todos os discursos do atual presidente em plenário entre 2001 e 2018 - período em que ele ocupou uma cadeira de deputado. Das 901 falas catalogadas, 252 mencionam esse período histórico (28%).
Geralmente em tom nostálgico, os discursos dão crédito aos militares por reprimir a oposição de esquerda e negam que tenham sido cometidas violações de direitos humanos - o que está em desacordo com o consenso historiográfico atual. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
"Era aluno do segundo ano Científico do Colégio Militar do Rio. Vibrei com a queda de João Goulart, um cancro na política brasileira", disse ao Estado. A exemplo de Bolsonaro, Heleno não chama o golpe de golpe. Na sua definição, houve um movimento para conter o avanço do comunismo no País.
No começo da década de 1970, Heleno foi instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio, onde se formaram o atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz (turma de 1974), o vice-presidente Hamilton Mourão (1975) e o próprio Bolsonaro (1977).
No ano da formatura de Bolsonaro, Heleno, capitão recém-promovido, assumiu o cargo de ajudante de ordens do então ministro do Exército, Sylvio Frota - que tentou se impor como sucessor do presidente Ernesto Geisel e foi demitido. O grupo do entorno dele ensaiou um levante. Questionado, Heleno disse que sua participação foi "irrelevante". "Tinha apenas 30 anos."
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, de 65 anos, tinha 10 quando o Exército derrubou Goulart. Ele relatou que, durante o regime, se dedicou à Brigada Paraquedista, no Rio. Sua atuação, disse, foi "exclusivamente" voltada à profissão militar.
Já Santos Cruz, que tem gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto, completava 12. O Exército tinha acabado de exterminar as guerrilhas na Amazônia quando, entre 1975 e 1977, ele concluiu os cursos de comando e guerra na selva. À pergunta sobre sua experiência na ditadura, disse que não foi "frotista" nem "castelista". "Não faço parte de grupos estereotipados. Fui ser militar porque tinha atração pela atividade militar e era uma opção profissional que eu tinha possibilidade de acessar."
Em 1973, no auge da repressão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Floriano Peixoto, de 64 anos, se formava pela Academia Militar das Agulhas Negras. Naquele ano, outro ministro, o almirante Bento Albuquerque, de Minas e Energia, entrava para a Marinha. Nos dois últimos governos militares ele se dedicou ao programa de submarinos.
O titular da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de 56 anos, tinha um ano quando ocorreu o golpe e no último ano do regime, 1984, formou-se em Tecnologia Aeronáutica na Academia da Força Aérea. Militares mais novos, como o ministro Tarcísio Gomes (Infraestrutura), de 43 anos, não era nascido em 1964.
A cada quatro pronunciamentos feitos por Jair Bolsonaro durante sua passagem pela Câmara, pelo menos um mencionou o regime militar. O Estado compilou e analisou todos os discursos do atual presidente em plenário entre 2001 e 2018 - período em que ele ocupou uma cadeira de deputado. Das 901 falas catalogadas, 252 mencionam esse período histórico (28%).
Geralmente em tom nostálgico, os discursos dão crédito aos militares por reprimir a oposição de esquerda e negam que tenham sido cometidas violações de direitos humanos - o que está em desacordo com o consenso historiográfico atual. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
GOVERNO AUTORIZA AUMENTO DE ATÉ 4,33% NO PREÇO DE MEDICAMENTOS
O governo federal autorizou reajuste de até 4,33% no preço dos remédios para 2019, já a partir deste domingo, 31. O aumento está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) de ontem em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). "As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de março de 2019, nos termos desta resolução", diz o ato.
Diferentemente de anos anteriores, o reajuste em 2019 será linear para todos os tipos de medicamentos. Este ano, o aumento ficará um pouco acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de março do ano passado até fevereiro deste ano, esse índice foi de 3,89%.
O Ministério da Saúde explica em nota que o porcentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Com isso, cada empresa pode optar por aplicar o índice total ou menor. "Será uma correção igualitária para os três grupos de insumos: os de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada", diz a pasta. De acordo com o ministério, mais de 12 mil apresentações de medicamentos são comercializadas no Brasil.
Monitoramento
Outra resolução da Cmed, também publicada no Diário Oficial extra, dispõe sobre o monitoramento e liberação de critérios para o estabelecimento ou ajuste de preços dos medicamentos isentos de prescrição médica, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e anestésicos locais injetáveis de uso odontológico. A norma "aplica-se a quaisquer pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que atuem no mercado de medicamentos, dentre as quais, as empresas produtoras de medicamentos, representantes, distribuidoras de medicamentos e o varejo".
Dentre outros pontos, a resolução classifica em três grupos os medicamentos passíveis de monitoramento e liberação dos critérios de estabelecimento ou ajuste de preços. (As informações do ESTADÃO)
Diferentemente de anos anteriores, o reajuste em 2019 será linear para todos os tipos de medicamentos. Este ano, o aumento ficará um pouco acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de março do ano passado até fevereiro deste ano, esse índice foi de 3,89%.
O Ministério da Saúde explica em nota que o porcentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Com isso, cada empresa pode optar por aplicar o índice total ou menor. "Será uma correção igualitária para os três grupos de insumos: os de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada", diz a pasta. De acordo com o ministério, mais de 12 mil apresentações de medicamentos são comercializadas no Brasil.
Monitoramento
Outra resolução da Cmed, também publicada no Diário Oficial extra, dispõe sobre o monitoramento e liberação de critérios para o estabelecimento ou ajuste de preços dos medicamentos isentos de prescrição médica, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e anestésicos locais injetáveis de uso odontológico. A norma "aplica-se a quaisquer pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que atuem no mercado de medicamentos, dentre as quais, as empresas produtoras de medicamentos, representantes, distribuidoras de medicamentos e o varejo".
Dentre outros pontos, a resolução classifica em três grupos os medicamentos passíveis de monitoramento e liberação dos critérios de estabelecimento ou ajuste de preços. (As informações do ESTADÃO)
DESEMBARGADORA DERRUBA LIMINAR E LIBERA 31 DE MARÇO FESTIVO DE BOLSONARO
A desembargadora de plantão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Maria do Carmo Cardoso, concedeu liminar para suspender determinação da 6ª Vara Federal do Distrito Federal que proibia os atos de comemoração do aniversário de 55 anos do golpe militar de 1964. A juíza havia concedido tutela de urgência em uma ação popular e uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União. Em nova decisão, a desembargadora acolhe recurso da Advocacia-Geral da União.
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no último dia 25, o presidente da República determinou ao Ministério da Defesa que fizesse as "comemorações devidas" da data, quando um golpe militar derrubou o então presidente João Goulart e iniciou um período ditatorial que durou 21 anos. A orientação foi repassada a quartéis pelo País. Nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que sugeriu às unidades militares que 'rememorem' o 31.
Como o dia 31 cairá em um domingo, o Comando Militar do Planalto realizou nesta sexta uma cerimônia para relembrar a data. O evento realizado em Brasília, contou com a presença do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol. Mesmo assim, a juíza tomou a decisão liminar. Neste sábado, 30, a decisão foi derrubada pela desembargadora de plantão.
A magistrada afirmou que embora 'reconheça a sensibilidade do tema em análise, confiro relevância à argumentação da agravante, no sentido de que a recomendação deduzida pelo Presidente da República insere-se no âmbito do poder discricionário do administrador'. "Não visualizo, de outra parte, violação ao princípio da legalidade, tampouco violação a direitos humanos, mormente se considerado o fato de que houve manifestações similares nas unidades militares nos anos anteriores, sem nenhum reflexo negativo na coletividade".
"Constato, ademais, que a nota divulgada pelo Ministério da Defesa, já amplamente veiculada pela imprensa, não traz nenhuma conotação ou ideia que reforce os temores levantados pelos agravados, de violação à memória e à verdade, ao princípio da moralidade administrativa ou de afronta ao estado democrático de direito - o qual pressupõe a pluralidade de debates e de ideais", escreveu.
"Com essas breves considerações, defiro o pedido, para determinar seja imediatamente suspensa a execução das liminares deferidas na Ação Civil Pública 1007756-96.2019.4.01.3400 e na Ação Popular 1007656-44.2019.4.01.3400",escreveu, referindo-se a decisões da juíza Ivani da Silva Luz.
Os argumentos da AGU
A AGU defendeu que 'caso a tutela de urgência fosse mantida, a competência administrativa do Poder Executivo ficaria comprometida, afetando o princípio da separação de funções constitucionais do Estado'.
A Advocacia-Geral da União afirma ainda que o fato de a Defensoria-Pública da União ter ajuizado a ação civil pública extrapola suas funções, já que 'o órgão deve atuar primordialmente na defesa de pessoas hipossuficientes, ou seja, carentes de recursos econômicos ou 'necessitados jurídicos'.
"Não há qualquer elemento ou indicação de presença de pessoas hipossuficientes na presente demanda; em verdade, o que se revela da atuação da DPU, é que procura agir na defesa (em tese) de toda a coletividade brasileira, visto que defende, consoante a sua percepção, a moralidade administrativa em geral", detalhou a AGU, no agravo de instrumento.
A AGU ainda rechaçou, nos autos, questionamentos em torno de gastos públicos com a comemoração. "Não há que se falar em qualquer tipo de ato que possua o condão de alterar as estruturas administrativas de modo a impactar no orçamento da União", defendeu.
"O poder discricionário faculta ao administrador público certa liberdade de escolha para prática de atos que entende, a seu critério e desde que balizado pela legislação em vigor e pelos princípios que regem o Direito Público, convenientes e oportunos", argumentou.
Segundo a AGU, o 'recurso se embasa na legislação para ressaltar que medidas liminares não são cabíveis nos casos em que o objeto da ação seja totalmente esgotado, o que foi mencionado pela desembargadora na decisão proferida neste sábado (30)'.
"Tendo em vista que existem eventos agendados para amanhã e domingo, dado o tamanho do Brasil e capilaridade das Forças Armadas, algumas unidades estão devidamente preparadas para a realização das cerimônias, as decisões recorridas colocam em risco gravemente a organização da Administração, devendo a suspensão das mesmas ser imediata", argumentou ainda, referindo-se aos dias 30 e 31 de março.
Reação
Nesta sexta-feira, o Instituto Herzog e a Ordem dos Advogados do Brasil enviaram à Organização das Nações Unidas uma denúncia contra Bolsonaro. O documento afirma que o presidente e outros membros do governo tentam 'modificar a narrativa histórica do golpe que instaurou uma ditadura militar'.
A determinação de Bolsonaro gerou uma reação de órgãos e entidades brasileiras, como o Ministério Público Federal e a DPU. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do MPF, afirmou que utilizar a estrutura pública para "defender e celebrar crimes constitucionais e internacionais" pode caracterizar ato de improbidade administrativa, porque "atenta contra os mais básicos princípios da administração pública".
A ordem do dia nesta sexta, assinada pela cúpula das Forças Armadas e pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, seguiu a determinação do presidente Jair Bolsonaro de "relembrar" o 55º aniversário do movimento cívico-militar. O documento foi lido na íntegra por uma civil. O documento caracteriza a data como um "episódio simbólico". Em um dos trechos, afirma que "as Forças Armadas participam da história da nossa gente, sempre alinhadas com as suas legítimas aspirações. O 31 de março de 1964 foi um episódio simbólico dessa identificação". (As informações do Estadão)
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no último dia 25, o presidente da República determinou ao Ministério da Defesa que fizesse as "comemorações devidas" da data, quando um golpe militar derrubou o então presidente João Goulart e iniciou um período ditatorial que durou 21 anos. A orientação foi repassada a quartéis pelo País. Nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que sugeriu às unidades militares que 'rememorem' o 31.
Como o dia 31 cairá em um domingo, o Comando Militar do Planalto realizou nesta sexta uma cerimônia para relembrar a data. O evento realizado em Brasília, contou com a presença do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol. Mesmo assim, a juíza tomou a decisão liminar. Neste sábado, 30, a decisão foi derrubada pela desembargadora de plantão.
A magistrada afirmou que embora 'reconheça a sensibilidade do tema em análise, confiro relevância à argumentação da agravante, no sentido de que a recomendação deduzida pelo Presidente da República insere-se no âmbito do poder discricionário do administrador'. "Não visualizo, de outra parte, violação ao princípio da legalidade, tampouco violação a direitos humanos, mormente se considerado o fato de que houve manifestações similares nas unidades militares nos anos anteriores, sem nenhum reflexo negativo na coletividade".
"Constato, ademais, que a nota divulgada pelo Ministério da Defesa, já amplamente veiculada pela imprensa, não traz nenhuma conotação ou ideia que reforce os temores levantados pelos agravados, de violação à memória e à verdade, ao princípio da moralidade administrativa ou de afronta ao estado democrático de direito - o qual pressupõe a pluralidade de debates e de ideais", escreveu.
"Com essas breves considerações, defiro o pedido, para determinar seja imediatamente suspensa a execução das liminares deferidas na Ação Civil Pública 1007756-96.2019.4.01.3400 e na Ação Popular 1007656-44.2019.4.01.3400",escreveu, referindo-se a decisões da juíza Ivani da Silva Luz.
Os argumentos da AGU
A AGU defendeu que 'caso a tutela de urgência fosse mantida, a competência administrativa do Poder Executivo ficaria comprometida, afetando o princípio da separação de funções constitucionais do Estado'.
A Advocacia-Geral da União afirma ainda que o fato de a Defensoria-Pública da União ter ajuizado a ação civil pública extrapola suas funções, já que 'o órgão deve atuar primordialmente na defesa de pessoas hipossuficientes, ou seja, carentes de recursos econômicos ou 'necessitados jurídicos'.
"Não há qualquer elemento ou indicação de presença de pessoas hipossuficientes na presente demanda; em verdade, o que se revela da atuação da DPU, é que procura agir na defesa (em tese) de toda a coletividade brasileira, visto que defende, consoante a sua percepção, a moralidade administrativa em geral", detalhou a AGU, no agravo de instrumento.
A AGU ainda rechaçou, nos autos, questionamentos em torno de gastos públicos com a comemoração. "Não há que se falar em qualquer tipo de ato que possua o condão de alterar as estruturas administrativas de modo a impactar no orçamento da União", defendeu.
"O poder discricionário faculta ao administrador público certa liberdade de escolha para prática de atos que entende, a seu critério e desde que balizado pela legislação em vigor e pelos princípios que regem o Direito Público, convenientes e oportunos", argumentou.
Segundo a AGU, o 'recurso se embasa na legislação para ressaltar que medidas liminares não são cabíveis nos casos em que o objeto da ação seja totalmente esgotado, o que foi mencionado pela desembargadora na decisão proferida neste sábado (30)'.
"Tendo em vista que existem eventos agendados para amanhã e domingo, dado o tamanho do Brasil e capilaridade das Forças Armadas, algumas unidades estão devidamente preparadas para a realização das cerimônias, as decisões recorridas colocam em risco gravemente a organização da Administração, devendo a suspensão das mesmas ser imediata", argumentou ainda, referindo-se aos dias 30 e 31 de março.
Reação
Nesta sexta-feira, o Instituto Herzog e a Ordem dos Advogados do Brasil enviaram à Organização das Nações Unidas uma denúncia contra Bolsonaro. O documento afirma que o presidente e outros membros do governo tentam 'modificar a narrativa histórica do golpe que instaurou uma ditadura militar'.
A determinação de Bolsonaro gerou uma reação de órgãos e entidades brasileiras, como o Ministério Público Federal e a DPU. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do MPF, afirmou que utilizar a estrutura pública para "defender e celebrar crimes constitucionais e internacionais" pode caracterizar ato de improbidade administrativa, porque "atenta contra os mais básicos princípios da administração pública".
A ordem do dia nesta sexta, assinada pela cúpula das Forças Armadas e pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, seguiu a determinação do presidente Jair Bolsonaro de "relembrar" o 55º aniversário do movimento cívico-militar. O documento foi lido na íntegra por uma civil. O documento caracteriza a data como um "episódio simbólico". Em um dos trechos, afirma que "as Forças Armadas participam da história da nossa gente, sempre alinhadas com as suas legítimas aspirações. O 31 de março de 1964 foi um episódio simbólico dessa identificação". (As informações do Estadão)
INTELECTUAIS DO MUNDO DIZEM 'NÃO' AO 31 DE MARÇO FESTIVO DE BOLSONARO
Um grupo de mais de cem intelectuais de diferentes partes do mundo assinou uma carta pública de repúdio à ordem de Jair Bolsonaro para que os quartéis comemorem o 31 de Março, quando o golpe militar que jogou o País em seu mais longo período de exceção completa 55 anos, a partir de 1964.
O manifesto foi protocolado no Mandado de Segurança 36380, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal (STF). Subscrevem o documento os argentinos Adolfo Peres Esquivel, ativista de Direitos Humanos e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980 e Nora Cortiñas, fundadora das Madres de la Plaza de Mayo; Margaret Archer, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano; o sociólogo Didier Fassin, da Universidade de Princeton; e o sociólogo francês Alain Caillé.
O apoio foi pedido pelas vítimas e familiares de vítimas da ditadura que aguardam para esta sexta-feira, 29, uma decisão o Supremo Tribunal Federal em relação ao mandado de segurança para impedir os festejos do 31 de Março.
São autores da ação que tramita no STF Tatiana Merlino, Angela Mendes de Almeida, Amelinha Teles, Janaina Teles, Edson Teles, Crimeia Alice de Almeida e familiares do jornalista Vladimir Herzog, por meio do Instituto Herzog - todos reconhecidos como vítimas ou familiares de vítimas da ditadura no relatório da Comissão Nacional da Verdade, publicado em 2014.
A ordem de Bolsonaro provocou imediata reação em todo o País. O Ministério Público Federal (MPF) recomenda às unidades militares que se abstenham de fazer festa pelo 31 de março. Ações populares pedem à Justiça que barre as comemorações sugeridas pelo presidente.
O manifesto dos intelectuais diz que "o presidente da República se comprometeu há menos de 100 dias a defender e implementar as normas emanadas da Constituição Federal de 1988".
"O texto constitucional não é um amontoado de palavras cujo sentido pode ser arbitrariamente estabelecido e interpretado por nenhum agente público, muito menos pelo Presidente da República", alerta o manifesto.
Eles concluem o texto afirmando que "a decisão (do presidente) atenta contra o povo brasileiro, contra o projeto de um país inclusivo, contra normas nacionais e internacionais e contra todas e todos que lutam em diferentes partes do mundo por justiça, reparação e pela não repetição de arbítrios e barbáries’.
"Democracia e tortura não andam de mãos dadas." (As informações do Estadão)
O manifesto foi protocolado no Mandado de Segurança 36380, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal (STF). Subscrevem o documento os argentinos Adolfo Peres Esquivel, ativista de Direitos Humanos e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980 e Nora Cortiñas, fundadora das Madres de la Plaza de Mayo; Margaret Archer, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano; o sociólogo Didier Fassin, da Universidade de Princeton; e o sociólogo francês Alain Caillé.
O apoio foi pedido pelas vítimas e familiares de vítimas da ditadura que aguardam para esta sexta-feira, 29, uma decisão o Supremo Tribunal Federal em relação ao mandado de segurança para impedir os festejos do 31 de Março.
São autores da ação que tramita no STF Tatiana Merlino, Angela Mendes de Almeida, Amelinha Teles, Janaina Teles, Edson Teles, Crimeia Alice de Almeida e familiares do jornalista Vladimir Herzog, por meio do Instituto Herzog - todos reconhecidos como vítimas ou familiares de vítimas da ditadura no relatório da Comissão Nacional da Verdade, publicado em 2014.
A ordem de Bolsonaro provocou imediata reação em todo o País. O Ministério Público Federal (MPF) recomenda às unidades militares que se abstenham de fazer festa pelo 31 de março. Ações populares pedem à Justiça que barre as comemorações sugeridas pelo presidente.
O manifesto dos intelectuais diz que "o presidente da República se comprometeu há menos de 100 dias a defender e implementar as normas emanadas da Constituição Federal de 1988".
"O texto constitucional não é um amontoado de palavras cujo sentido pode ser arbitrariamente estabelecido e interpretado por nenhum agente público, muito menos pelo Presidente da República", alerta o manifesto.
Eles concluem o texto afirmando que "a decisão (do presidente) atenta contra o povo brasileiro, contra o projeto de um país inclusivo, contra normas nacionais e internacionais e contra todas e todos que lutam em diferentes partes do mundo por justiça, reparação e pela não repetição de arbítrios e barbáries’.
"Democracia e tortura não andam de mãos dadas." (As informações do Estadão)
sábado, 30 de março de 2019
MARCO AURÉLIO NEGA LIMINAR, MANTÉM AÇÃO NA JUSTIÇA FEDERAL E FRUSTRA CUNHA
O ministro Marco Aurélio, do Supremo, negou liminar por meio da qual a defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB/RJ) buscava suspender ação penal a que ele responde perante a 14.ª Vara Federal do Rio Grande do Norte pela suposta prática de crimes de lavagem de dinheiro. Na decisão, tomada no Habeas Corpus (HC) 169312, o ministro não verificou ilegalidade manifesta que autorize a suspensão do processo criminal.
As informações estão no site do Supremo - Processo relacionado: HC 169312
Histórico
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves (MDB), então deputados federais, ambos ex-mandatários da Câmara, teriam recebido 'vantagens indevidas' por meio de repasses de quantias em espécie efetuadas pelo doleiro Lúcio Funaro, supostamente provenientes de esquema de corrupção e lavagem de capitais implementado no âmbito da Caixa.
A Procuradoria afirma que 'os valores foram utilizados de forma oculta e dissimulada, em 2014, na campanha eleitoral de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte, pois não foram declarados na prestação de contas à Justiça Eleitoral'.
Ao receber a denúncia, o juízo da 14.ª Vara Federal do Rio Grande do Norte afastou o pedido de desclassificação do crime de lavagem de dinheiro para o delito do artigo 347 do Código Eleitoral - recusar cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à execução - e destacou 'a existência de elementos que indicam a prática de atos de omissão em relação à origem de recursos obtidos ilegalmente, ainda que destinados ao financiamento da campanha eleitoral'.
O juízo também 'assentou a competência da Justiça Federal para processar e julgar a ação penal, ressalvando a possibilidade de nova análise dos fatos delineados na instrução processual'.
Após a negativa de liminar em habeas corpus apresentado no Superior Tribunal de Justiça, a defesa de Cunha impetrou o HC 169312 no Supremo alegando que as condutas imputadas a ele configuram o crime descrito no artigo 347 do Código Eleitoral, tendo em vista a ausência de prestação de contas dos valores empregados na campanha eleitoral de Henrique Alves.
Defesa
Os advogados de Eduardo Cunha sustentam a existência do 'concurso de delitos entre lavagem de dinheiro e crime eleitoral' e, por isso, defendem a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar os fatos.
A defesa menciona também a decisão do STF no Inquérito (INQ) 4435, em que o Plenário concluiu ser da Justiça Eleitoral a competência para julgar crimes comuns conexos a delitos eleitorais.
No mérito, os advogados de Eduardo Cunha buscam a desclassificação da conduta e a declaração de nulidade dos atos praticados pelo juízo da 14.ª Vara Federal.
Indeferimento
O ministro Marco Aurélio observou que a conduta descrita na denúncia do Ministério Público Federal se enquadra ao que está descrito no artigo 1.º da Lei 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro). Ele explicou que, 'em razão dos elementos reunidos durante a instrução processual, o juiz pode atribuir, na sentença, definição jurídica diversa aos fatos narrados, conforme estabelece o artigo 383 do Código de Processo Penal (CPP)'.
Sobre a alegação de conexão do delito de lavagem de dinheiro com suposto crime eleitoral, o ministro verificou que, na denúncia, a Procuradoria não imputou a Eduardo Cunha ou aos demais corréus o cometimento de delito tipificado no Código Eleitoral.
"Ressalte-se haver o juízo ressalvado a possibilidade de, surgindo elementos caracterizadores da prática de crime eleitoral, declinar da competência para a Justiça especial", afirmou Marco Aurélio.
Segundo o ministro, 'a suspensão de ação penal é situação excepcional, que se revela indispensável quando se verifica ilegalidade manifesta, hipótese que, em análise preliminar, não verificou no caso'. (As informações do Estadão)
As informações estão no site do Supremo - Processo relacionado: HC 169312
Histórico
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves (MDB), então deputados federais, ambos ex-mandatários da Câmara, teriam recebido 'vantagens indevidas' por meio de repasses de quantias em espécie efetuadas pelo doleiro Lúcio Funaro, supostamente provenientes de esquema de corrupção e lavagem de capitais implementado no âmbito da Caixa.
A Procuradoria afirma que 'os valores foram utilizados de forma oculta e dissimulada, em 2014, na campanha eleitoral de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte, pois não foram declarados na prestação de contas à Justiça Eleitoral'.
Ao receber a denúncia, o juízo da 14.ª Vara Federal do Rio Grande do Norte afastou o pedido de desclassificação do crime de lavagem de dinheiro para o delito do artigo 347 do Código Eleitoral - recusar cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à execução - e destacou 'a existência de elementos que indicam a prática de atos de omissão em relação à origem de recursos obtidos ilegalmente, ainda que destinados ao financiamento da campanha eleitoral'.
O juízo também 'assentou a competência da Justiça Federal para processar e julgar a ação penal, ressalvando a possibilidade de nova análise dos fatos delineados na instrução processual'.
Após a negativa de liminar em habeas corpus apresentado no Superior Tribunal de Justiça, a defesa de Cunha impetrou o HC 169312 no Supremo alegando que as condutas imputadas a ele configuram o crime descrito no artigo 347 do Código Eleitoral, tendo em vista a ausência de prestação de contas dos valores empregados na campanha eleitoral de Henrique Alves.
Defesa
Os advogados de Eduardo Cunha sustentam a existência do 'concurso de delitos entre lavagem de dinheiro e crime eleitoral' e, por isso, defendem a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar os fatos.
A defesa menciona também a decisão do STF no Inquérito (INQ) 4435, em que o Plenário concluiu ser da Justiça Eleitoral a competência para julgar crimes comuns conexos a delitos eleitorais.
No mérito, os advogados de Eduardo Cunha buscam a desclassificação da conduta e a declaração de nulidade dos atos praticados pelo juízo da 14.ª Vara Federal.
Indeferimento
O ministro Marco Aurélio observou que a conduta descrita na denúncia do Ministério Público Federal se enquadra ao que está descrito no artigo 1.º da Lei 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro). Ele explicou que, 'em razão dos elementos reunidos durante a instrução processual, o juiz pode atribuir, na sentença, definição jurídica diversa aos fatos narrados, conforme estabelece o artigo 383 do Código de Processo Penal (CPP)'.
Sobre a alegação de conexão do delito de lavagem de dinheiro com suposto crime eleitoral, o ministro verificou que, na denúncia, a Procuradoria não imputou a Eduardo Cunha ou aos demais corréus o cometimento de delito tipificado no Código Eleitoral.
"Ressalte-se haver o juízo ressalvado a possibilidade de, surgindo elementos caracterizadores da prática de crime eleitoral, declinar da competência para a Justiça especial", afirmou Marco Aurélio.
Segundo o ministro, 'a suspensão de ação penal é situação excepcional, que se revela indispensável quando se verifica ilegalidade manifesta, hipótese que, em análise preliminar, não verificou no caso'. (As informações do Estadão)
AMIGO DE TEMER TENTOU OCULTAR NOTEBOOK DEBAIXO DO SFÁ NO DIA DA PRISÃO
A força-tarefa da Lava Jato relatou ao juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal no Rio, que o empresário Vanderlei de Natale, amigo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e também alvo da Operação Descontaminação, tentou ocultar um notebook no dia de sua prisão. O equipamento foi encontrado debaixo do sofá na casa de Natale.
Outro alvo da investigação, coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, lançou mão da mesma estratégia para tentar despistar os investigadores ao ocultar dois celulares sob a almofada do sofá.
O executivo foi denunciado nesta sexta, 29, por suspeita de lavagem de dinheiro no esquema de propinas sobre as obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio. Em cota da acusação formal, o Ministério Público Federal relata ao magistrado que no dia 21, data da prisão dos alvos da Descontaminação, 'foi identificada uma série de objetos materiais na casa' de Vanderlei de Natale, alvo também de mandado de busca e apreensão.
Segundo os procuradores, alguns dos objetos 'poderiam ser de utilidade para a investigação'.
"Dentre eles havia um notebook, marca Dell, cor prata, localizado no escritório do denunciado. Como se sabe, muitas vezes computadores pessoais são as melhores fontes de provas em investigações de crimes de colarinho branco, como a que se trata, por trazerem documentos armazenados em sua memória", relatou o Ministério Público Federal.
A Lava Jato relatou que a Polícia Federal havia identificado um computador em um escritório.
Segundo o Ministério Público Federal, o equipamento 'foi retirado de lá por uma funcionária doméstica de Vanderlei de Natale, chamada Valdete, e escondido debaixo do sofá da casa, sendo encontrado pela equipe com a continuidade das buscas'.
"Naturalmente, a funcionária Valdete, ao tentar dificultar a coleta de provas pela equipe não agia apenas em nome próprio, tendo sido provavelmente orientada por seu patrão, Vanderlei de Natale para tanto", avaliou a força-tarefa.
"Há fortes indícios de tentativa de ocultação de provas de Vanderlei de Natale, com o auxílio de sua funcionária Valdete, da equipe policial que tinha mandado judicial específico para apreender estas mesmas provas, o que ensejaria, por si só, a decretação da prisão preventiva do denunciado, pela conveniência da instrução criminal."
Entenda a denúncia contra Temer e seus aliados
O Ministério Público Federal, no Rio, denunciou criminalmente nesta sexta-feira, 29, o ex-presidente, o ex-ministro Moreira Franco e outros investigados por supostos desvios de R$ 18 milhões nas obras da usina nuclear de Angra 3.
A Procuradoria da República apresentou duas acusações formais contra Michel Temer. Uma por corrupção e lavagem de dinheiro e outra por peculato e lavagem de dinheiro.
Foram denunciados também o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e suas filhas Ana Cristina da Silva Toniolo e Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, em razão da manutenção em contas no exterior de valores que chegam a 15 milhões de francos suíços (quase R$ 60 milhões).
Segundo a Lava Jato, os valores estão relacionados a atividades ilícitas.
Na primeira denúncia, a força-tarefa da Lava Jato aponta que Temer, Moreira Franco, o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, Othon Luiz Pinheiro da Silva, Maria Rita Fratezi, José Antunes Sobrinho, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Carlos Alberto Montenegro Gallo e Carlos Jorge Zimmermann cometeram crimes de corrupção passiva, peculato (apropriação de verbas públicas) e lavagem de dinheiro.
Segundo os procuradores, os crimes envolvem a contratação irregular da empresa finlandesa AF Consult Ltd, da Argeplan e da Engevix para a execução do contrato de engenharia eletromecânico 01 da usina nuclear de Angra 3. Os denunciados teriam se apropriado de quase R$ 11 milhões dos cofres públicos.
A Lava Jato afirma que nesses pagamentos foram realizadas lavagens de dinheiro por meio de pagamentos de empresas como a Construbase Engenharia, que repassava valores para a PDA Projetos, controlada pelo coronel Lima.
Os investigadores registram que o beneficiário final era o ex-presidente. O almirante Othon e suas filhas são acusados por ocultação de R$ 60 milhões no exterior.
Na segunda denúncia, Temer, Moreira Franco, coronel Lima, Othon Luiz Pinheiro da Silva, José Antunes Sobrinho, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho e Rodrigo Castro Alves Neves respondem pela contratação fictícia com a empresa Alumi Publicidades, como forma de dissimular o pagamento de propina de cerca de R$ 1,1 milhão.
As denúncias serão analisadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, que mandou prender Michel Temer, Moreira Franco e outros oito alvos da Descontaminação. Se o magistrado aceitar as acusações, o ex-presidente responderá a ações perante a Justiça Federal fluminense.
Temer foi preso dia 21 quando saía de casa em São Paulo. O ex-presidente passou quatro dias recolhido na Superintendência da Polícia Federal do Rio em uma sala de 46m². Na segunda, 25, o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) mandou soltar o emedebista e outros sete alvos da Descontaminação.
Entenda a Descontaminação
A operação que levou o emedebista à prisão está ligada a uma investigação iniciada pela Procuradoria-Geral da República durante o período em que Michel Temer ainda estava na presidência. Após o fim do mandato e a perda do foro privilegiado, o inquérito foi transferido para a Lava Jato Rio.
De acordo com o Ministério Público Federal, para a execução do contrato de projeto de engenharia eletromecânico 01, a Eletronuclear contratou a empresa AF Consult Ltd, que se associou às empresas AF Consult do Brasil e Engevix. Controlam a empresa AF Consult do Brasil a finlandesa AF Consult Ltd e a Argeplan, que tem como um dos sócios o coronel Lima.
A Lava Jato aponta que a AF Consult do Brasil e a Argeplan não tinham pessoal e expertise suficientes para a realização dos serviços e, por isso, houve a subcontratação da Engevix, que era a responsável por executar de fato o serviço. No curso do contrato, destaca a Lava Jato, o coronel Lima solicitou ao sócio da Engevix o pagamento de propina em benefício de Michel Temer.
As investigações identificaram que que os pagamentos feitos à AF Consult do Brasil envolveram a apropriação de R$ 10,859 milhões dos cofres públicos. Segundo a Lava Jato, os pagamentos eram 'totalmente indevidos', porque a empresa não possuía capacidade técnica nem pessoal para a prestação dos serviços para os quais foi contratada.
Também são parte da mesma denúncia atos de lavagem de dinheiro por meio da transferência de mais de R$ 14 milhões através de contratos fictícios entre a Construbase, de Vanderlei de Natale, e a PDA Projetos, de Coronel Lima. A mesma denúncia também relatou uma ocultação de cerca de R$ 60 milhões em contas na Suíça pelo almirante Othon Pinheiro e suas filhas.
A segunda denúncia trata da propina paga pela Engevix no final de 2014, através de transferências, de cerca de R$ 1,091 milhão por meio da empresa Alumi Publicidades.
Para justificar as transferências de valores, foram simulados contratos de prestação de serviços da empresa PDA Projetos, controlada por Coronel Lima, para a empresa Alumi, sem a prestação dos serviços correspondentes.
A Lava Jato destaca que o empresário que pagou a propina afirma ter prestado contas de tal pagamento para o coronel Lima e também para Moreira Franco.
Com a palavra, o criminalista Fernando José da Costa, que defende Vanderlei de Natale
"A defesa de Varderlei, representada por Fernando José da Costa, recebeu com surpresa e indignação a denúncia contra Vanderlei por peculato, crime praticado por funcionário público, por valores recebidos da Eletronuclear, primeiro porque nunca foi funcionário público e segundo porque nunca prestou servições à Eletronuclear ou recebeu dela qualquer valor.
Da mesma forma contesta veementemente a denúncia por lavagem, primeiro porque não recebeu valores das empresas do Lima, pelo contrário, depositou valores nesta conta e segundo porque tais fatos, segundo decisão do Ministro Barroso, do STF, devem ser apurados pela justiça de São Paulo.
Sobre recurso ou novo pedido de prisão, apesar de entendermos inexistir elementos que o justifiquem, espera-se que ao menos individualize as condutas de cada um e não se pleiteie prisão em bloco.
Sobre uma lamentável afirmação da força-tarefa do Rio de que Vanderlei escondeu um notebook embaixo de um sofá com a ajuda de uma funcionária, como é de conhecimento destes Procuradores, Vanderlei não se encontrava na empresa, nem em sua casa quando soube da busca e apreensão, assim, como alguém que não se encontra no local de uma busca e apreensão pode esconder algo? Melhor seria se a força-tarefa explicasse o envio de documentos sigilosos à mídia colhidos na casa de Vanderlei, que incidem na prática de crime de violação de sigilo funcional."
Com a palavra, o criminalista Eduardo Carnelós, defensor de Temer
"Foi um show de horrores a coletiva hoje (sexta, 29) do Ministério Público Federal para anunciar e 'explicar' as duas denúncias apresentadas contra Michel Temer.
Repetiu o processo midiático do dia em que foi preso o ex-Presidente.
Como se dá com as acusações que não se sustentam em nenhum elemento idôneo, mas apenas em suposições e na débil palavra de delatores, essas aleivosias lançadas partem da falsa premissa de que seria ilícito qualquer contato mantido entre Temer e Moreira Franco, uma relação que nada tem de ilegal ou ilegítima.
São ambos quadros importantes do MDB, sendo Temer o seu presidente licenciado, e Moreira o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, e é absolutamente natural que mantenham contatos frequentes, sem que isso indique alguma atitude escusa
Mais uma vez, pretende-se tornar criminosa a prática política no Brasil, o que é inadmissível!
Quanto às denúncias, cujo conteúdo foi divulgado à imprensa antes de estar disponível aos advogados, nos autos - o que já se tornou costume abjeto nessas ações pirotécnicas -, elas não têm nenhum fundamento sério, e insistem em versões fantasiosas, como a de que Temer teria ingerência nos negócios realizados por empresa que nunca lhe pertenceu.
A partir disso, constrói-se uma tese acusatória completamente dissociada da realidade, usando-se, inclusive, fatos que são objeto de outros feitos.
Conviria que, com muita urgência, as autoridades que insistem em tratar Michel Temer como inimigo público passassem a respeitar a Constituição e o ordenamento jurídico, e encontrassem ao menos um pouco de senso do ridículo!"
Eduardo Carnelós"
Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, defensor de Moreira Franco
"A denúncia reproduz a versão do delator Antunes Sobrinho. Além disso, a narrativa do Ministério Público não se atém aos fatos da delação, incluindo ilações sem qualquer respaldo probatório. As imputações apresentadas serão afastadas no curso do processo."
Fernando Fernandes, que defende Othon Luiz Pinheiro
Fernando Fernandes, advogado que representa Othon Pinheiro e as duas filhas do militar da reserva, afirmou ontem que estava fora do Brasil. Disse ainda que não vai se manifestar "até acesso integral" à acusação. (As informações do Estadão)
Outro alvo da investigação, coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, lançou mão da mesma estratégia para tentar despistar os investigadores ao ocultar dois celulares sob a almofada do sofá.
O executivo foi denunciado nesta sexta, 29, por suspeita de lavagem de dinheiro no esquema de propinas sobre as obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio. Em cota da acusação formal, o Ministério Público Federal relata ao magistrado que no dia 21, data da prisão dos alvos da Descontaminação, 'foi identificada uma série de objetos materiais na casa' de Vanderlei de Natale, alvo também de mandado de busca e apreensão.
Segundo os procuradores, alguns dos objetos 'poderiam ser de utilidade para a investigação'.
"Dentre eles havia um notebook, marca Dell, cor prata, localizado no escritório do denunciado. Como se sabe, muitas vezes computadores pessoais são as melhores fontes de provas em investigações de crimes de colarinho branco, como a que se trata, por trazerem documentos armazenados em sua memória", relatou o Ministério Público Federal.
A Lava Jato relatou que a Polícia Federal havia identificado um computador em um escritório.
Segundo o Ministério Público Federal, o equipamento 'foi retirado de lá por uma funcionária doméstica de Vanderlei de Natale, chamada Valdete, e escondido debaixo do sofá da casa, sendo encontrado pela equipe com a continuidade das buscas'.
"Naturalmente, a funcionária Valdete, ao tentar dificultar a coleta de provas pela equipe não agia apenas em nome próprio, tendo sido provavelmente orientada por seu patrão, Vanderlei de Natale para tanto", avaliou a força-tarefa.
"Há fortes indícios de tentativa de ocultação de provas de Vanderlei de Natale, com o auxílio de sua funcionária Valdete, da equipe policial que tinha mandado judicial específico para apreender estas mesmas provas, o que ensejaria, por si só, a decretação da prisão preventiva do denunciado, pela conveniência da instrução criminal."
Entenda a denúncia contra Temer e seus aliados
O Ministério Público Federal, no Rio, denunciou criminalmente nesta sexta-feira, 29, o ex-presidente, o ex-ministro Moreira Franco e outros investigados por supostos desvios de R$ 18 milhões nas obras da usina nuclear de Angra 3.
A Procuradoria da República apresentou duas acusações formais contra Michel Temer. Uma por corrupção e lavagem de dinheiro e outra por peculato e lavagem de dinheiro.
Foram denunciados também o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e suas filhas Ana Cristina da Silva Toniolo e Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, em razão da manutenção em contas no exterior de valores que chegam a 15 milhões de francos suíços (quase R$ 60 milhões).
Segundo a Lava Jato, os valores estão relacionados a atividades ilícitas.
Na primeira denúncia, a força-tarefa da Lava Jato aponta que Temer, Moreira Franco, o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, Othon Luiz Pinheiro da Silva, Maria Rita Fratezi, José Antunes Sobrinho, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Carlos Alberto Montenegro Gallo e Carlos Jorge Zimmermann cometeram crimes de corrupção passiva, peculato (apropriação de verbas públicas) e lavagem de dinheiro.
Segundo os procuradores, os crimes envolvem a contratação irregular da empresa finlandesa AF Consult Ltd, da Argeplan e da Engevix para a execução do contrato de engenharia eletromecânico 01 da usina nuclear de Angra 3. Os denunciados teriam se apropriado de quase R$ 11 milhões dos cofres públicos.
A Lava Jato afirma que nesses pagamentos foram realizadas lavagens de dinheiro por meio de pagamentos de empresas como a Construbase Engenharia, que repassava valores para a PDA Projetos, controlada pelo coronel Lima.
Os investigadores registram que o beneficiário final era o ex-presidente. O almirante Othon e suas filhas são acusados por ocultação de R$ 60 milhões no exterior.
Na segunda denúncia, Temer, Moreira Franco, coronel Lima, Othon Luiz Pinheiro da Silva, José Antunes Sobrinho, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho e Rodrigo Castro Alves Neves respondem pela contratação fictícia com a empresa Alumi Publicidades, como forma de dissimular o pagamento de propina de cerca de R$ 1,1 milhão.
As denúncias serão analisadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, que mandou prender Michel Temer, Moreira Franco e outros oito alvos da Descontaminação. Se o magistrado aceitar as acusações, o ex-presidente responderá a ações perante a Justiça Federal fluminense.
Temer foi preso dia 21 quando saía de casa em São Paulo. O ex-presidente passou quatro dias recolhido na Superintendência da Polícia Federal do Rio em uma sala de 46m². Na segunda, 25, o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) mandou soltar o emedebista e outros sete alvos da Descontaminação.
Entenda a Descontaminação
A operação que levou o emedebista à prisão está ligada a uma investigação iniciada pela Procuradoria-Geral da República durante o período em que Michel Temer ainda estava na presidência. Após o fim do mandato e a perda do foro privilegiado, o inquérito foi transferido para a Lava Jato Rio.
De acordo com o Ministério Público Federal, para a execução do contrato de projeto de engenharia eletromecânico 01, a Eletronuclear contratou a empresa AF Consult Ltd, que se associou às empresas AF Consult do Brasil e Engevix. Controlam a empresa AF Consult do Brasil a finlandesa AF Consult Ltd e a Argeplan, que tem como um dos sócios o coronel Lima.
A Lava Jato aponta que a AF Consult do Brasil e a Argeplan não tinham pessoal e expertise suficientes para a realização dos serviços e, por isso, houve a subcontratação da Engevix, que era a responsável por executar de fato o serviço. No curso do contrato, destaca a Lava Jato, o coronel Lima solicitou ao sócio da Engevix o pagamento de propina em benefício de Michel Temer.
As investigações identificaram que que os pagamentos feitos à AF Consult do Brasil envolveram a apropriação de R$ 10,859 milhões dos cofres públicos. Segundo a Lava Jato, os pagamentos eram 'totalmente indevidos', porque a empresa não possuía capacidade técnica nem pessoal para a prestação dos serviços para os quais foi contratada.
Também são parte da mesma denúncia atos de lavagem de dinheiro por meio da transferência de mais de R$ 14 milhões através de contratos fictícios entre a Construbase, de Vanderlei de Natale, e a PDA Projetos, de Coronel Lima. A mesma denúncia também relatou uma ocultação de cerca de R$ 60 milhões em contas na Suíça pelo almirante Othon Pinheiro e suas filhas.
A segunda denúncia trata da propina paga pela Engevix no final de 2014, através de transferências, de cerca de R$ 1,091 milhão por meio da empresa Alumi Publicidades.
Para justificar as transferências de valores, foram simulados contratos de prestação de serviços da empresa PDA Projetos, controlada por Coronel Lima, para a empresa Alumi, sem a prestação dos serviços correspondentes.
A Lava Jato destaca que o empresário que pagou a propina afirma ter prestado contas de tal pagamento para o coronel Lima e também para Moreira Franco.
Com a palavra, o criminalista Fernando José da Costa, que defende Vanderlei de Natale
"A defesa de Varderlei, representada por Fernando José da Costa, recebeu com surpresa e indignação a denúncia contra Vanderlei por peculato, crime praticado por funcionário público, por valores recebidos da Eletronuclear, primeiro porque nunca foi funcionário público e segundo porque nunca prestou servições à Eletronuclear ou recebeu dela qualquer valor.
Da mesma forma contesta veementemente a denúncia por lavagem, primeiro porque não recebeu valores das empresas do Lima, pelo contrário, depositou valores nesta conta e segundo porque tais fatos, segundo decisão do Ministro Barroso, do STF, devem ser apurados pela justiça de São Paulo.
Sobre recurso ou novo pedido de prisão, apesar de entendermos inexistir elementos que o justifiquem, espera-se que ao menos individualize as condutas de cada um e não se pleiteie prisão em bloco.
Sobre uma lamentável afirmação da força-tarefa do Rio de que Vanderlei escondeu um notebook embaixo de um sofá com a ajuda de uma funcionária, como é de conhecimento destes Procuradores, Vanderlei não se encontrava na empresa, nem em sua casa quando soube da busca e apreensão, assim, como alguém que não se encontra no local de uma busca e apreensão pode esconder algo? Melhor seria se a força-tarefa explicasse o envio de documentos sigilosos à mídia colhidos na casa de Vanderlei, que incidem na prática de crime de violação de sigilo funcional."
Com a palavra, o criminalista Eduardo Carnelós, defensor de Temer
"Foi um show de horrores a coletiva hoje (sexta, 29) do Ministério Público Federal para anunciar e 'explicar' as duas denúncias apresentadas contra Michel Temer.
Repetiu o processo midiático do dia em que foi preso o ex-Presidente.
Como se dá com as acusações que não se sustentam em nenhum elemento idôneo, mas apenas em suposições e na débil palavra de delatores, essas aleivosias lançadas partem da falsa premissa de que seria ilícito qualquer contato mantido entre Temer e Moreira Franco, uma relação que nada tem de ilegal ou ilegítima.
São ambos quadros importantes do MDB, sendo Temer o seu presidente licenciado, e Moreira o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, e é absolutamente natural que mantenham contatos frequentes, sem que isso indique alguma atitude escusa
Mais uma vez, pretende-se tornar criminosa a prática política no Brasil, o que é inadmissível!
Quanto às denúncias, cujo conteúdo foi divulgado à imprensa antes de estar disponível aos advogados, nos autos - o que já se tornou costume abjeto nessas ações pirotécnicas -, elas não têm nenhum fundamento sério, e insistem em versões fantasiosas, como a de que Temer teria ingerência nos negócios realizados por empresa que nunca lhe pertenceu.
A partir disso, constrói-se uma tese acusatória completamente dissociada da realidade, usando-se, inclusive, fatos que são objeto de outros feitos.
Conviria que, com muita urgência, as autoridades que insistem em tratar Michel Temer como inimigo público passassem a respeitar a Constituição e o ordenamento jurídico, e encontrassem ao menos um pouco de senso do ridículo!"
Eduardo Carnelós"
Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, defensor de Moreira Franco
"A denúncia reproduz a versão do delator Antunes Sobrinho. Além disso, a narrativa do Ministério Público não se atém aos fatos da delação, incluindo ilações sem qualquer respaldo probatório. As imputações apresentadas serão afastadas no curso do processo."
Fernando Fernandes, que defende Othon Luiz Pinheiro
Fernando Fernandes, advogado que representa Othon Pinheiro e as duas filhas do militar da reserva, afirmou ontem que estava fora do Brasil. Disse ainda que não vai se manifestar "até acesso integral" à acusação. (As informações do Estadão)
MAIA ANULA CONVOCAÇÃO PARA MORO EXPLICAR MEDIDAS DO PACOTE ANTICRIME E POSSE DE ARMAS
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anulou nesta sexta-feira (29) a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Aprovada na última quinta, por unanimidade, pela Comissão de Legislação Participativa da Casa, a convocação tinha o objetivo de cobrar explicações de Moro sobre as medidas do pacote anticrime e anticorrupção, além do decreto sobre a posse de armas. O formato do pedido obrigava o ministro a comparecer à comissão.
Segundo a Agência Brasil, a decisão tomada por Maia atende a um recurso apresentado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que recorreu da decisão de convocar Moro. Segundo o despacho de Maia que contém a decisão, a comissão não poderia convocar o ministro, pois "não tem um campo temático limitado ou restrito a determinado assunto como as demais comissões".
Maia também disse no despacho que, se autorizasse a convocação, poderia incidir no crime de responsabilidade, “independentemente da existência de correlação entre os assuntos inerentes à pasta” de Moro com os assuntos tratados pela comissão.
Segundo a Agência Brasil, a decisão tomada por Maia atende a um recurso apresentado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que recorreu da decisão de convocar Moro. Segundo o despacho de Maia que contém a decisão, a comissão não poderia convocar o ministro, pois "não tem um campo temático limitado ou restrito a determinado assunto como as demais comissões".
Maia também disse no despacho que, se autorizasse a convocação, poderia incidir no crime de responsabilidade, “independentemente da existência de correlação entre os assuntos inerentes à pasta” de Moro com os assuntos tratados pela comissão.
EM ÁUDIOS, CORONEL DIRETOR DE COLÉGIO DA PM ASSEDIA ALUNAS: 'DESPERTA UM TESÃO'
O diretor do Colégio da Polícia Militar do Amazonas, coronel Eddie César de Souza Cordeiro, foi afastado do cargo após ser acusado de assediar alunas por meio de áudios e conversas de WhatsApp. Os arquivos estão circulando em redes sociais.
"Eu tenho um carinho especial por você, sim, também. Apesar de que você me atrai, você, assim, desperta um tesão, mas eu não sou um animal, não, selvagem, que só pensa em sexo", diz um dos áudios atribuídos ao coronel.
Em outro, o coronel teria dito. "Aceito o acordo, tá? Eu pago para sair só eu e você essa semana que entra e depois a gente faz o nosso ménage, eu, você e ela. Te deixo livre para ti fazer o que quiser com ela. Aí a gente transa, eu, você e ela. Bora?"
A Polícia Militar do Amazonas informou que "apura a veracidade de mensagens trocadas por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas, nas quais um diretor de um dos colégios militares da PMAM apresenta supostamente conduta inadequada".
Coronel foi afastado
"O oficial foi afastado das suas funções de diretor da unidade de ensino e que, durante o processo de apuração será respeitado o direito à ampla defesa e contraditório", afirmou a corporação, em nota.
Leia a transcrição dos áudios enviados pelo coronel
"Eu sou homem suficiente para assumir as consequências dos meus atos. Quando eu estiver junto com você, quando a gente estiver conversando numa boa, eu vou te contar um pouco da minha história. Eu não sou um homem covarde, não, de jeito maneira, tá? Eu assumo toda e qualquer consequência das minhas ações, decisões, atitudes. Eu e ela nós fizemos foi maravilhoso, foi muito gostoso, certo? Pena que foi só uma vez. Mas se tivesse acontecido, não teria problema algum, entendeu?"
"Nada, nada. Isso daí não tem problema, não. Eu tenho curiosidade, poxa. Eu fiquei afim de ti e gosto da Vanessa. Com isso, eu propus e ela aceitou, entendeu? Bora curtir eu e você?"
"Eu não sou nem um doente, não, para ti ficar tão preocupada com a tua amiga. Até porque já falei que eu me cuido e se rolou, porque a gente estava afim. Não aconteceu nada mais, nada menos do que isso. Tua amiga tá bem, tá saudável, não tá grávida. A menstruação dela tá regular, certo? Tá normal, fica tranquila, cara, fica numa boa aí."
"Aceito o acordo, tá? Eu pago para sair só eu e você essa semana que entra e depois a gente faz o nosso ménage, eu, você e ela. Te deixo livre para ti fazer o que quiser com ela. Aí a gente transa, eu, você e ela. Bora?"
"Não pode nem dizer isso, até porque não me conhece, entendeu? Mas eu tenho um carinho especial por você, sim, também. Apesar de que você me atrai, você, assim, desperta um tesão, mas eu não sou um animal, não, selvagem, que só pensa em sexo. Eu gosto de fazer sexo, transar, gosto. Mas isso é apenas um aspecto da minha vida que eu tenho de positivo. Gay eu não sou."
"Eu fico tão feliz quando tu se manifesta dessa maneira, cara, entendeu? Eu fui criado no catolicismo, na Igreja Católica, eu sou cristão, certo? Gosto da Igreja Evangélica, certo? Amo tudo o que ele nos ensina e eu acredito que uma oportunidade que você tiver em sentir o que é, o que são as coisas boas e verdadeiras, sem passar por ninguém, sem prejudicar ninguém, você vai ver o quanto é importante nós termos em nossa vida um Deus verdadeiro. Então, ninguém é perfeito, cara, ninguém é perfeito, tá? Ninguém é santo, ninguém é puxa-saco, ninguém é puxa-saco. Somos apenas dependentes de Deus, só isso, somente isso."
"Assim, é um desejo meu, né? Um gosto meu, nunca fiz isso e eu acho que deve ser muito bom, um sexo a três, certo? Eu me agradei de você, pedi dela e ela aceitou, certo? Foi isso." (As informações do Estadão)
"Eu tenho um carinho especial por você, sim, também. Apesar de que você me atrai, você, assim, desperta um tesão, mas eu não sou um animal, não, selvagem, que só pensa em sexo", diz um dos áudios atribuídos ao coronel.
Em outro, o coronel teria dito. "Aceito o acordo, tá? Eu pago para sair só eu e você essa semana que entra e depois a gente faz o nosso ménage, eu, você e ela. Te deixo livre para ti fazer o que quiser com ela. Aí a gente transa, eu, você e ela. Bora?"
A Polícia Militar do Amazonas informou que "apura a veracidade de mensagens trocadas por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas, nas quais um diretor de um dos colégios militares da PMAM apresenta supostamente conduta inadequada".
Coronel foi afastado
"O oficial foi afastado das suas funções de diretor da unidade de ensino e que, durante o processo de apuração será respeitado o direito à ampla defesa e contraditório", afirmou a corporação, em nota.
Leia a transcrição dos áudios enviados pelo coronel
"Eu sou homem suficiente para assumir as consequências dos meus atos. Quando eu estiver junto com você, quando a gente estiver conversando numa boa, eu vou te contar um pouco da minha história. Eu não sou um homem covarde, não, de jeito maneira, tá? Eu assumo toda e qualquer consequência das minhas ações, decisões, atitudes. Eu e ela nós fizemos foi maravilhoso, foi muito gostoso, certo? Pena que foi só uma vez. Mas se tivesse acontecido, não teria problema algum, entendeu?"
"Nada, nada. Isso daí não tem problema, não. Eu tenho curiosidade, poxa. Eu fiquei afim de ti e gosto da Vanessa. Com isso, eu propus e ela aceitou, entendeu? Bora curtir eu e você?"
"Eu não sou nem um doente, não, para ti ficar tão preocupada com a tua amiga. Até porque já falei que eu me cuido e se rolou, porque a gente estava afim. Não aconteceu nada mais, nada menos do que isso. Tua amiga tá bem, tá saudável, não tá grávida. A menstruação dela tá regular, certo? Tá normal, fica tranquila, cara, fica numa boa aí."
"Aceito o acordo, tá? Eu pago para sair só eu e você essa semana que entra e depois a gente faz o nosso ménage, eu, você e ela. Te deixo livre para ti fazer o que quiser com ela. Aí a gente transa, eu, você e ela. Bora?"
"Não pode nem dizer isso, até porque não me conhece, entendeu? Mas eu tenho um carinho especial por você, sim, também. Apesar de que você me atrai, você, assim, desperta um tesão, mas eu não sou um animal, não, selvagem, que só pensa em sexo. Eu gosto de fazer sexo, transar, gosto. Mas isso é apenas um aspecto da minha vida que eu tenho de positivo. Gay eu não sou."
"Eu fico tão feliz quando tu se manifesta dessa maneira, cara, entendeu? Eu fui criado no catolicismo, na Igreja Católica, eu sou cristão, certo? Gosto da Igreja Evangélica, certo? Amo tudo o que ele nos ensina e eu acredito que uma oportunidade que você tiver em sentir o que é, o que são as coisas boas e verdadeiras, sem passar por ninguém, sem prejudicar ninguém, você vai ver o quanto é importante nós termos em nossa vida um Deus verdadeiro. Então, ninguém é perfeito, cara, ninguém é perfeito, tá? Ninguém é santo, ninguém é puxa-saco, ninguém é puxa-saco. Somos apenas dependentes de Deus, só isso, somente isso."
"Assim, é um desejo meu, né? Um gosto meu, nunca fiz isso e eu acho que deve ser muito bom, um sexo a três, certo? Eu me agradei de você, pedi dela e ela aceitou, certo? Foi isso." (As informações do Estadão)
LITORAL DA BAHIA TEM 25 PRAIAS IMPRÓPRIAS PARA BANHO NESTE FIM DE SEMANA
Relatório do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) aponta que 25 praias estão impróprias para banho no litoral baiano, durante este final de semana. Compõem a lista praias de Salvador, Costa dos Coqueiros, Baía de Todos-os-Santos e Costa do Cacau.
De acordo com o órgão, a rede amostral de monitoramento da balneabilidade no estado atualmente é composta por 133 pontos, distribuídos em toda a costa baiana. As amostras de água para análises da balneabilidade são coletadas semanalmente, no período da manhã, em locais com maior concentração de banhista.
A praia é considerada imprópria quando mais de 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas, apresenta resultado superior a 1.000 coliformes fecais ou 800 Escherichia coli, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2.500 coliformes termotolerantes ou 2.000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mL de água.
Em Salvador, estão impróprias as seguintes praias: Periperi, na saída de acesso à praia após travessia da via férrea; Penha, em frente à barraca do Valença; Bogari, em frente ao Colégio da PM, antigo Colégio João Florêncio Gomes; Pedra Furada, atrás do Hospital Sagrada Familia, em frente a ladeira que dá acesso a praia; Canta Galo, atrás das antigas instalações da FIB, Rua Agrário Menezes; Itapuã, próximo a escada de acesso à praia e em frente a Rua Sargento Waldir Xavier e em frente à Sereia de Itapuã; Piatã, em frente ao Posto Salva Vidas, próximo ao Clube Costa Verde; Placafor, em frente ao posto Salva Vidas; Patamares, em frente ao posto Salva Vidas Patamares; Corsário, em frente ao Posto Salva Vidas; Boca do Rio, em frente ao posto Salva Vidas; Armação, em frente ao Hotel Alah Mar e a Rua João Mendes da Costa; Pituba, em frente a escada de acesso à praia, em frente a Portinox, na Rua Paraíba e atrás da Praça; Rio Vermelho, em frente a Rua Bartolomeu de Gusmão; Ondina, próximo a escada de acesso à praia, em frente ao posto BR e Hotel Bahia Sol e próximo ao Morro da Sereia em frente ao Ed. Maria José; Farol da Barra, em frente as escadas de acesso à praia, na Rua Dias D'Ávila e próximo ao Barra Vento e escada de acesso à praia, em frente a Av. Oceânica; Santa Maria, em frente ao Mar Azul hotel, limítrofe ao Hospital Espanhol, em frente a escada de acesso à praia; Marina Contorno, entre a Marina e o Restaurante do Amado da Av.Contorno.
Há ainda praias impróprias na Costa dos Coqueiros: Busca Vida, em frente a guarita de segurança nº 42 – Lote 42A); Buraquinho, a cerca de 200 metros da foz do rio Joanes. Na Baía de Todos-os-Santos, estão impróprias: Madre de Deus, em frente a igreja, em frente à Câmara Municipal de Madre de Deus e sob ponte em Madre de Deus; Gameleira, em frente a Cruz da Gameleira; Conceição de Salinas, no meio da praia. Já na Costa do Cacau, estão listadas: Cristo, próximo a Barraca Point Conde Badaró; Sul, em frente as barracas, acesso Km 0, em direção ao Aeroporto de Ilhéus.
De acordo com o órgão, a rede amostral de monitoramento da balneabilidade no estado atualmente é composta por 133 pontos, distribuídos em toda a costa baiana. As amostras de água para análises da balneabilidade são coletadas semanalmente, no período da manhã, em locais com maior concentração de banhista.
A praia é considerada imprópria quando mais de 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas, apresenta resultado superior a 1.000 coliformes fecais ou 800 Escherichia coli, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2.500 coliformes termotolerantes ou 2.000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mL de água.
Em Salvador, estão impróprias as seguintes praias: Periperi, na saída de acesso à praia após travessia da via férrea; Penha, em frente à barraca do Valença; Bogari, em frente ao Colégio da PM, antigo Colégio João Florêncio Gomes; Pedra Furada, atrás do Hospital Sagrada Familia, em frente a ladeira que dá acesso a praia; Canta Galo, atrás das antigas instalações da FIB, Rua Agrário Menezes; Itapuã, próximo a escada de acesso à praia e em frente a Rua Sargento Waldir Xavier e em frente à Sereia de Itapuã; Piatã, em frente ao Posto Salva Vidas, próximo ao Clube Costa Verde; Placafor, em frente ao posto Salva Vidas; Patamares, em frente ao posto Salva Vidas Patamares; Corsário, em frente ao Posto Salva Vidas; Boca do Rio, em frente ao posto Salva Vidas; Armação, em frente ao Hotel Alah Mar e a Rua João Mendes da Costa; Pituba, em frente a escada de acesso à praia, em frente a Portinox, na Rua Paraíba e atrás da Praça; Rio Vermelho, em frente a Rua Bartolomeu de Gusmão; Ondina, próximo a escada de acesso à praia, em frente ao posto BR e Hotel Bahia Sol e próximo ao Morro da Sereia em frente ao Ed. Maria José; Farol da Barra, em frente as escadas de acesso à praia, na Rua Dias D'Ávila e próximo ao Barra Vento e escada de acesso à praia, em frente a Av. Oceânica; Santa Maria, em frente ao Mar Azul hotel, limítrofe ao Hospital Espanhol, em frente a escada de acesso à praia; Marina Contorno, entre a Marina e o Restaurante do Amado da Av.Contorno.
Há ainda praias impróprias na Costa dos Coqueiros: Busca Vida, em frente a guarita de segurança nº 42 – Lote 42A); Buraquinho, a cerca de 200 metros da foz do rio Joanes. Na Baía de Todos-os-Santos, estão impróprias: Madre de Deus, em frente a igreja, em frente à Câmara Municipal de Madre de Deus e sob ponte em Madre de Deus; Gameleira, em frente a Cruz da Gameleira; Conceição de Salinas, no meio da praia. Já na Costa do Cacau, estão listadas: Cristo, próximo a Barraca Point Conde Badaró; Sul, em frente as barracas, acesso Km 0, em direção ao Aeroporto de Ilhéus.
quarta-feira, 27 de março de 2019
PROCURADORIA QUER TEMER RÉU EM CASO DA MALA COM R$ 500 MIL A EX-ASSESSOR
A Procuradoria da República em Brasília pediu à Justiça Federal que receba a denúncia contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) pelo suposto crime de corrupção passiva, envolvendo a mala de R$ 500 mil da J&F. Segundo a denúncia oferecida à época, e ratificada pelo procurador da República Carlos Henrique Martins Lima, os pagamentos poderiam chegar ao patamar de R$ 38 milhões ao longo de 9 meses. Com o fim do foro privilegiado de Temer, o processo foi remetido à primeira instância e tramita na 15ª Vara Federal, em segredo de Justiça.
Em abril de 2017, o então assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures, foi filmado em ação controlada da Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil do executivo da J&F, Ricardo Saud. Ele foi um dos alvos da Operação Patmos, deflagrada em maio daquele ano, com base na delação de executivos da holding.
Temer e Loures foram denunciados pela suposta propina. No entanto, para o ex-presidente, a abertura de ação foi barrada em votação na Câmara Federal. Como não tinha mais foro privilegiado, Rocha Loures passou a se defender do processo na 10ª Vara Federal de Brasília.
A decisão do Legislativo apenas adiou o processo para Temer, que, após o término do mandato, voltou a se defender da acusação na Justiça Federal. Em novo pedido, a Procuradoria pede que a Justiça abra ação penal contra o emedebista.
Segundo o Ministério Público Federal, Rocha Loures supostamente agiu em nome de Temer e na condição de "homem de confiança" do presidente para interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - órgão antitruste do governo federal - em benefício da J&F. Delatores da J&F dizem que foi prometida uma "aposentadoria" de R$ 500 mil semanais durante 20 anos ao emedebista e ao presidente Temer. (As informações do Estadão)
Em abril de 2017, o então assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures, foi filmado em ação controlada da Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil do executivo da J&F, Ricardo Saud. Ele foi um dos alvos da Operação Patmos, deflagrada em maio daquele ano, com base na delação de executivos da holding.
Temer e Loures foram denunciados pela suposta propina. No entanto, para o ex-presidente, a abertura de ação foi barrada em votação na Câmara Federal. Como não tinha mais foro privilegiado, Rocha Loures passou a se defender do processo na 10ª Vara Federal de Brasília.
A decisão do Legislativo apenas adiou o processo para Temer, que, após o término do mandato, voltou a se defender da acusação na Justiça Federal. Em novo pedido, a Procuradoria pede que a Justiça abra ação penal contra o emedebista.
Segundo o Ministério Público Federal, Rocha Loures supostamente agiu em nome de Temer e na condição de "homem de confiança" do presidente para interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - órgão antitruste do governo federal - em benefício da J&F. Delatores da J&F dizem que foi prometida uma "aposentadoria" de R$ 500 mil semanais durante 20 anos ao emedebista e ao presidente Temer. (As informações do Estadão)
MORRE JORNALISTA QUE SOBREVIVEU À TRAJÉDIA AÉREA DA CHAPECOENSE
Morreu na noite desta terça-feira (26), o jornalista Rafael Henzel, de 45 anos, um dos sobreviventes da tragédia aérea da Chapecoense, em 2016. Henzel sofreu um infarto enquanto jogava futebol com amigos na cidade de Chapecó. Ele foi levado para o hospital regional, ainda com vida, mas não resistiu. O jornalista era casado e tinha um filho.
Atualmente Henzel trabalhava na rádio Oeste Capital, onde narrava jogos. A própria emissora fez o comunidado: "Nosso colega Rafael Henzel veio a falecer na noite desta terça-feira, 26 de março. Rafael jogava futebol com amigos no início da noite de hoje e acabou sofrendo um infarte fulminante e foi conduzido ao Hospital Regional de Chapecó, onde foi confirmado o falecimento do nosso colega, jornalista e narrador".
Rafael era uma das seis pessoas que haviam sovrevivido ao acidente aéreo que deixou 71 mortos. O voo levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana, no fim de novembro de 2016.
Na época, o radialista havia contado que estava sentado entre o jornalista Renan Afnolin e o cinegrafista Djalma Neto no momento da queda da aeronave. Quando acordou, viu que os amigos estavam mortos e chegou a pensar que estava sonhando. Henzel ficou internado em um hospital de Medellín antes de voltar ao Brasil. No acidente ele fraturou sete costelas e teve pneumonia. O jornalista, que só soube o que realmente tinha acontecido após o terceiro dia no hospital.
Único jornalista a sobreviver à tragédia, Rafael Henzel retornou a Chapecó em 13 de dezembro de 2016, voltou a trabalhar na rádio Oeste no dia 9 de janeiro de 2017 e narrou a primeira partida em 21 de janeiro de 2017, no amistoso da Chape contra o Palmeiras que terminou em 2x2.
Ao voltar a trabalhar, lançou em maio de 2017 o livro "Viva como se estivesse de partida", cujo complemento é "um relato otimista e emocionante do jornalista que sobreviveu à tragédia da Chapecoense". No mesmo ano, passou a atuar como comentarista da RBS TV, afiliada à TV Globo, nas transmissões dos jogos da Chapecoense na Copa Libertadores daquele ano - para a qual o time catarinense entrou por ter sido considerado o campeão da Sul-Americana, mesmo sem jogar a partida da volta.
Em comunicado, o clube de Chapecó lamentou a morte do jornalista. "A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de manifestar o profundo pesar e toda a consternação pela notícia do falecimento do jornalista Rafael Henzel, ocorrido na noite desta terça-feira", registrou o clube. "Durante a sua brilhante carreira, Rafael narrou, de forma excepcional, a história da Chapecoense. Tornou-se um símbolo da reconstrução do clube e, nas páginas verde e brancas desta instituição, sempre haverá a lembrança do seu exemplo de superação e de tudo o que fez, com amor, pelo time, pela cidade de Chapecó e por todos os apaixonados por futebol. Desejamos, de todo o coração, que a família tenha força para enfrentar mais um momento tão difícil e esta perda irreparável. Os sentimentos e as orações de todos os chapecoenses, torcedores e ouvintes, estão com vocês".
Rafael Henzel deixa esposa, Jussara Ersico, e um filho, Otávio, de 13 anos. (As informações do Correio)
Atualmente Henzel trabalhava na rádio Oeste Capital, onde narrava jogos. A própria emissora fez o comunidado: "Nosso colega Rafael Henzel veio a falecer na noite desta terça-feira, 26 de março. Rafael jogava futebol com amigos no início da noite de hoje e acabou sofrendo um infarte fulminante e foi conduzido ao Hospital Regional de Chapecó, onde foi confirmado o falecimento do nosso colega, jornalista e narrador".
Rafael era uma das seis pessoas que haviam sovrevivido ao acidente aéreo que deixou 71 mortos. O voo levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana, no fim de novembro de 2016.
Na época, o radialista havia contado que estava sentado entre o jornalista Renan Afnolin e o cinegrafista Djalma Neto no momento da queda da aeronave. Quando acordou, viu que os amigos estavam mortos e chegou a pensar que estava sonhando. Henzel ficou internado em um hospital de Medellín antes de voltar ao Brasil. No acidente ele fraturou sete costelas e teve pneumonia. O jornalista, que só soube o que realmente tinha acontecido após o terceiro dia no hospital.
Único jornalista a sobreviver à tragédia, Rafael Henzel retornou a Chapecó em 13 de dezembro de 2016, voltou a trabalhar na rádio Oeste no dia 9 de janeiro de 2017 e narrou a primeira partida em 21 de janeiro de 2017, no amistoso da Chape contra o Palmeiras que terminou em 2x2.
Ao voltar a trabalhar, lançou em maio de 2017 o livro "Viva como se estivesse de partida", cujo complemento é "um relato otimista e emocionante do jornalista que sobreviveu à tragédia da Chapecoense". No mesmo ano, passou a atuar como comentarista da RBS TV, afiliada à TV Globo, nas transmissões dos jogos da Chapecoense na Copa Libertadores daquele ano - para a qual o time catarinense entrou por ter sido considerado o campeão da Sul-Americana, mesmo sem jogar a partida da volta.
Em comunicado, o clube de Chapecó lamentou a morte do jornalista. "A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de manifestar o profundo pesar e toda a consternação pela notícia do falecimento do jornalista Rafael Henzel, ocorrido na noite desta terça-feira", registrou o clube. "Durante a sua brilhante carreira, Rafael narrou, de forma excepcional, a história da Chapecoense. Tornou-se um símbolo da reconstrução do clube e, nas páginas verde e brancas desta instituição, sempre haverá a lembrança do seu exemplo de superação e de tudo o que fez, com amor, pelo time, pela cidade de Chapecó e por todos os apaixonados por futebol. Desejamos, de todo o coração, que a família tenha força para enfrentar mais um momento tão difícil e esta perda irreparável. Os sentimentos e as orações de todos os chapecoenses, torcedores e ouvintes, estão com vocês".
Rafael Henzel deixa esposa, Jussara Ersico, e um filho, Otávio, de 13 anos. (As informações do Correio)
PRESIDENTE DO SENADO DETERMINA O ARQUIVAMENTO DA CPI DA LAVA TOGA
Sob pressão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), rejeitou nesta terça-feira, 26, o requerimento para a criação da comissão parlamentar de inquérito para investigar o "ativismo judicial" em tribunais superiores, chamada de CPI da Lava Toga. Os autores da propostas acusam pressões externas de membros do "Supremo Tribunal Federal, empresários e do Executivo" para esvaziar o pedido.
Alcolumbre deixou para anunciar a decisão no final da sessão plenária desta terça. Antes, ele consultou a advocacia do Senado para avaliar uma nota técnica da consultoria legislativa que rejeitou os 13 pontos do pedido. Ele listou os pontos negando o parecer.
A medida do presidente do Senado, no entanto, não enterra de vez a CPI da Lava Toga. Agora, a Comissão de Constituição e Justiça vai fazer um parecer sobre o arquivamento, e o plenário da Casa poderá derrubar a determinação de Alcolumbre.
Antes do presidente do Senado se pronunciar, senadores se revezaram ao microfone defendendo ou criticando a proposta. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o papel da Casa é "interpretar o momento político que estamos vivendo" para justificar o apoio à decisão.
"Vamos aqui pregar a harmonia entre os poderes. Tem outros instrumentos e outras formas de condenar os excessos. Mas não é abrindo mais uma frente de batalha institucional", disse Bezerra.
Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo mostrou que estava em curso no Senado uma força-tarefa de governistas para barrar a instalação da CPI da Lava Toga. O objetivo era retirar cinco das 29 assinaturas do pedido de CPI. Para o autor do pedido, há pressão externa: "Tem pressão absurda do Supremo Tribunal Federal, a pressão absurda de setores do empresariado, pressão absurda de setores do Poder Executivo", afirmou, após sair da reunião de líderes ontem antes do anúncio oficial.
Na segunda-feira, foi vazada uma nota técnica da consultoria legislativa do Senado feita a pedido do Alcolumbre, que afirma não ser possível a abertura da CPI. De acordo com o documento, nenhum dos 13 fatos listados no pedido de abertura poderia ser investigado pelo Senado.
Segundo o parecer, "não se autoriza que o Poder Legislativo se imiscua no conteúdo das decisões" e não cabe ao Parlamento avaliar os despachos dos ministros, tampouco analisar se os magistrados estavam em situação de impedimento ou suspeição em determinados casos.
De acordo com interlocutores, o presidente do Senado esperava usar o documento para tentar evitar a abertura de investigação. Para o senador Major Olimpo (PSL-SP), o relatório foi feito "sob pressão externa" e suas conclusões não respeitam a Constituição.
Pressão externa
Eleito com um discurso de alternativa à chamada "velha política" e com a ajuda das mídias sociais, o presidente do Senado tem sido cobrado nas redes pela aprovação da proposta. Alcolumbre é alvo de duas investigações no Supremo. As apurações se referem a uso de documento falso e de notas fiscais frias para prestação de contas, além de ausência de comprovantes bancários e contratação de serviços posterior à data das eleições. Ele nega irregularidades. (As informações do Estadão)
Alcolumbre deixou para anunciar a decisão no final da sessão plenária desta terça. Antes, ele consultou a advocacia do Senado para avaliar uma nota técnica da consultoria legislativa que rejeitou os 13 pontos do pedido. Ele listou os pontos negando o parecer.
A medida do presidente do Senado, no entanto, não enterra de vez a CPI da Lava Toga. Agora, a Comissão de Constituição e Justiça vai fazer um parecer sobre o arquivamento, e o plenário da Casa poderá derrubar a determinação de Alcolumbre.
Antes do presidente do Senado se pronunciar, senadores se revezaram ao microfone defendendo ou criticando a proposta. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o papel da Casa é "interpretar o momento político que estamos vivendo" para justificar o apoio à decisão.
"Vamos aqui pregar a harmonia entre os poderes. Tem outros instrumentos e outras formas de condenar os excessos. Mas não é abrindo mais uma frente de batalha institucional", disse Bezerra.
Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo mostrou que estava em curso no Senado uma força-tarefa de governistas para barrar a instalação da CPI da Lava Toga. O objetivo era retirar cinco das 29 assinaturas do pedido de CPI. Para o autor do pedido, há pressão externa: "Tem pressão absurda do Supremo Tribunal Federal, a pressão absurda de setores do empresariado, pressão absurda de setores do Poder Executivo", afirmou, após sair da reunião de líderes ontem antes do anúncio oficial.
Na segunda-feira, foi vazada uma nota técnica da consultoria legislativa do Senado feita a pedido do Alcolumbre, que afirma não ser possível a abertura da CPI. De acordo com o documento, nenhum dos 13 fatos listados no pedido de abertura poderia ser investigado pelo Senado.
Segundo o parecer, "não se autoriza que o Poder Legislativo se imiscua no conteúdo das decisões" e não cabe ao Parlamento avaliar os despachos dos ministros, tampouco analisar se os magistrados estavam em situação de impedimento ou suspeição em determinados casos.
De acordo com interlocutores, o presidente do Senado esperava usar o documento para tentar evitar a abertura de investigação. Para o senador Major Olimpo (PSL-SP), o relatório foi feito "sob pressão externa" e suas conclusões não respeitam a Constituição.
Pressão externa
Eleito com um discurso de alternativa à chamada "velha política" e com a ajuda das mídias sociais, o presidente do Senado tem sido cobrado nas redes pela aprovação da proposta. Alcolumbre é alvo de duas investigações no Supremo. As apurações se referem a uso de documento falso e de notas fiscais frias para prestação de contas, além de ausência de comprovantes bancários e contratação de serviços posterior à data das eleições. Ele nega irregularidades. (As informações do Estadão)
DEPUTADOS APROVAM PEC QUE OBRIGA GOVERNO FEDERAL A LIBERAR VERBA DE EMENDAS
A Câmara aprovou na noite desta terça-feira, 26, Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera regras para o Orçamento da União. O projeto de 2015 tem o potencial de tornar todo o Orçamento da União impositivo. Isso significa que o governo terá de executar obrigatoriamente as despesas aprovadas pelo Legislativo.
Em uma hora, os deputados aprovaram a medida em dois turnos, com ampla maioria. Para poder aprovar de uma vez a medida, os parlamentares aprovaram um requerimento de quebra de interstício, que permite que o parlamento pule o intervalo regimental de cinco sessões, necessários para se aprovar uma PEC Com a aprovação da Câmara, o texto segue para o Senado.
Tanto no primeiro quanto no segundo turno, houve placar expressivo. Na primeira votação foram 448 votos a favor, e 453 na segunda. Votaram contra a proposta apenas seis deputados, entre eles a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), a deputada Bia Kicis (PLS-DF) e o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-RJ), todos do partido do presidente.
Hoje, o Orçamento é apenas autorizativo, e a equipe econômica pode redefinir alguns gastos. A proposta do deputado Hélio Leite (DEM-PA), até então adormecida, já foi aprovada pelas comissões da Casa e estava pronta para ir ao plenário. O texto ainda obriga o governo a aplicar 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) em emendas coletivas. Atualmente, não há na Constituição previsão de obrigatoriedade para emendas de bancada, embora os parlamentares tenham inserido isso nas últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs).
A inclusão da medida na pauta do dia foi definida em reunião realizada no início desta tarde na Câmara, logo após a divulgação de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não iria mais comparecer nesta terça a uma reunião na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ). A decisão das lideranças também ocorre após o governo anunciar um corte de R$ 29,8 bilhões no Orçamento deste ano.
O projeto aumenta o poder do Congresso, que vive uma crise intensa com o governo de Jair Bolsonaro. "É o resgate das nossas prerrogativas", afirmou o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA). Segundo o deputado, pela proposta, as regras para destinação de emendas serão definidas pelos colegiados do Congresso, como a Comissão Mista de Orçamento (CMO). Caso o Executivo queira alterar alguma destinação, precisará fazer por meio de projeto de lei que precisará de aprovação dos parlamentares.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no entanto, negou que a pauta se tratasse de uma retaliação. "Acho que é o poder legislativo reafirmando suas atribuições", disse ele mais cedo.
Após a aprovação da PEC em primeiro turno e com a derrota ao governo já configurada, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, lembrou que ele e o pai foram favoráveis à medida quando ela foi proposta, em 2015. "(A proposta) Vai trazer independência para este plenário, independência para os colegas deputados. Então, de maneira nenhuma se trata de uma reforma do governo, mas, sim, de uma relação harmônica entre os Poderes", afirmou. Na ocasião, porém, ambos eram oposição ao governo da petista Dilma Rousseff. (As informações do Estadão)
Em uma hora, os deputados aprovaram a medida em dois turnos, com ampla maioria. Para poder aprovar de uma vez a medida, os parlamentares aprovaram um requerimento de quebra de interstício, que permite que o parlamento pule o intervalo regimental de cinco sessões, necessários para se aprovar uma PEC Com a aprovação da Câmara, o texto segue para o Senado.
Tanto no primeiro quanto no segundo turno, houve placar expressivo. Na primeira votação foram 448 votos a favor, e 453 na segunda. Votaram contra a proposta apenas seis deputados, entre eles a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), a deputada Bia Kicis (PLS-DF) e o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-RJ), todos do partido do presidente.
Hoje, o Orçamento é apenas autorizativo, e a equipe econômica pode redefinir alguns gastos. A proposta do deputado Hélio Leite (DEM-PA), até então adormecida, já foi aprovada pelas comissões da Casa e estava pronta para ir ao plenário. O texto ainda obriga o governo a aplicar 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) em emendas coletivas. Atualmente, não há na Constituição previsão de obrigatoriedade para emendas de bancada, embora os parlamentares tenham inserido isso nas últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs).
A inclusão da medida na pauta do dia foi definida em reunião realizada no início desta tarde na Câmara, logo após a divulgação de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não iria mais comparecer nesta terça a uma reunião na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ). A decisão das lideranças também ocorre após o governo anunciar um corte de R$ 29,8 bilhões no Orçamento deste ano.
O projeto aumenta o poder do Congresso, que vive uma crise intensa com o governo de Jair Bolsonaro. "É o resgate das nossas prerrogativas", afirmou o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA). Segundo o deputado, pela proposta, as regras para destinação de emendas serão definidas pelos colegiados do Congresso, como a Comissão Mista de Orçamento (CMO). Caso o Executivo queira alterar alguma destinação, precisará fazer por meio de projeto de lei que precisará de aprovação dos parlamentares.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no entanto, negou que a pauta se tratasse de uma retaliação. "Acho que é o poder legislativo reafirmando suas atribuições", disse ele mais cedo.
Após a aprovação da PEC em primeiro turno e com a derrota ao governo já configurada, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, lembrou que ele e o pai foram favoráveis à medida quando ela foi proposta, em 2015. "(A proposta) Vai trazer independência para este plenário, independência para os colegas deputados. Então, de maneira nenhuma se trata de uma reforma do governo, mas, sim, de uma relação harmônica entre os Poderes", afirmou. Na ocasião, porém, ambos eram oposição ao governo da petista Dilma Rousseff. (As informações do Estadão)
QUEDA DE ÁRVORE, VAZAMENTO DE ÁGUA E PONTOS DE ALAGAMENTO SÃO REGISTRADOS NESTA QUARTA
Com a chuva que cai na capital baiana desde a noite de terça-feira (26), a manhã desta quarta (27) registra várias ocorrências. Segundo informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), uma árvore caiu no Hiper Posto da Av. ACM e há um vazamento de água na saída do Vale das Pedrinhas.
No primeiro caso, há um pequeno congestionamento no trecho. Já no segundo, o tráfego flui normalmente, mas o órgão pede que os motoristas redobrem a atenção.
Além disso, pontos de alagamento foram registrados no Imbuí, nos dois sentidos da via próxima ao acesso da Paralela; na Rua Direta e na Rua Régis Pacheco, no bairro do Uruguai; na Rua Nilo Peçanha, na Calçada; e no trecho do Detran, da Av. ACM.
No primeiro caso, há um pequeno congestionamento no trecho. Já no segundo, o tráfego flui normalmente, mas o órgão pede que os motoristas redobrem a atenção.
Além disso, pontos de alagamento foram registrados no Imbuí, nos dois sentidos da via próxima ao acesso da Paralela; na Rua Direta e na Rua Régis Pacheco, no bairro do Uruguai; na Rua Nilo Peçanha, na Calçada; e no trecho do Detran, da Av. ACM.
terça-feira, 26 de março de 2019
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE CABUÇU DISCUTE COM GESTÃO MUNICIPAL MELHORIAS PARA DISTRITO
No último dia (16), Ronaldo Salomão, presidente da associação dos moradores dos loteamentos: Recreio, Praia do Sol e Lago azul, localizados no distrito de Cabuçu, em Saubara, acompanhado dos diretores: Bernardino Morais, tesoureiro, Nildo santos e Márcio dos Santos todos membros do conselho fiscal, tiveram uma reunião com os secretários municipais: Iverson Barbosa Santana, secretário de Turismo e Meio Ambiente, Ronaldo Gusmão Ceuta, Chefe de Gabinete,além de Danilo Sales, Administrador Distrital, Antônio Raimundo de Araújo, secretário de Administração e Fazenda - ambos representantes da prefeitura de Saubara -, para discutir assuntos relacionados à coleta de lixo, Poluição sonora, infraestrutura, mobilidade urbana e regularização do IPTU do município.
Na oportunidade o secretário de Turismo e Meio ambiente, Iverson Barbosa, ficou responsável por elaborar uma pesquisa com diagnóstico em conjunto com as demais secretarias municipais a fim de criar um plano de ação para realização de uma coleta de lixo mais efetiva nos loteamentos. Além disso, ficou acordado que a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, vai criar meios de fiscalizar e notificar as famílias das casas que tem esgotos e escoamento de águas de piscinas de forma irregular - Caso os moradores não trabalhem para sanar o problema multas serão geradas.
Mobilidade urbana também foi pauta do encontro. O objetivo é criar um sistema de transporte que gere conforto não só para os moradores do distrito, mas também para os visitantes, que principalmente no verão, migram para Cabuçu, que acaba se tornando um dos principais destinos turísticos dos municípios vizinhos.
Outro assunto importante que foi debatido, a precariedade das ruas, que muitas vezes dificultam a locomoção não só dos veículos como também das pessoas. Diante do exposto o secretário municipal de Administração e Fazenda Antônio Raimundo, disponibilizou todo aparato da máquina pública para organizar e revitalizar as ruas e avenidas.
“Buscamos melhorias para cabuçu não só para Os habitantes locais, mas principalmente para o turista que é o grande investidor da cidade. Queremos com tudo isso proporcionar maior comodidade, para quem chega em nosso município. Precisamos ser a “Cidade do Sol de fato”, ‘aquecer' o comércio da região com o aumento do turismo e aumentar a prosperidade e o número de empregos consequentemente" ressaltou o presidente da associação dos moradores, Ronaldo Salomão.
No final da reunião, após os temas serem amplamente debatidos, um novo encontro ficou agendado para o dia 23/04/19. Estarão presentes: representantes da prefeitura, associação dos moradores e associação dos barraqueiros.
Por: Edla Maiara
Na oportunidade o secretário de Turismo e Meio ambiente, Iverson Barbosa, ficou responsável por elaborar uma pesquisa com diagnóstico em conjunto com as demais secretarias municipais a fim de criar um plano de ação para realização de uma coleta de lixo mais efetiva nos loteamentos. Além disso, ficou acordado que a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, vai criar meios de fiscalizar e notificar as famílias das casas que tem esgotos e escoamento de águas de piscinas de forma irregular - Caso os moradores não trabalhem para sanar o problema multas serão geradas.
Mobilidade urbana também foi pauta do encontro. O objetivo é criar um sistema de transporte que gere conforto não só para os moradores do distrito, mas também para os visitantes, que principalmente no verão, migram para Cabuçu, que acaba se tornando um dos principais destinos turísticos dos municípios vizinhos.
Outro assunto importante que foi debatido, a precariedade das ruas, que muitas vezes dificultam a locomoção não só dos veículos como também das pessoas. Diante do exposto o secretário municipal de Administração e Fazenda Antônio Raimundo, disponibilizou todo aparato da máquina pública para organizar e revitalizar as ruas e avenidas.
“Buscamos melhorias para cabuçu não só para Os habitantes locais, mas principalmente para o turista que é o grande investidor da cidade. Queremos com tudo isso proporcionar maior comodidade, para quem chega em nosso município. Precisamos ser a “Cidade do Sol de fato”, ‘aquecer' o comércio da região com o aumento do turismo e aumentar a prosperidade e o número de empregos consequentemente" ressaltou o presidente da associação dos moradores, Ronaldo Salomão.
No final da reunião, após os temas serem amplamente debatidos, um novo encontro ficou agendado para o dia 23/04/19. Estarão presentes: representantes da prefeitura, associação dos moradores e associação dos barraqueiros.
Por: Edla Maiara
BOLSONARO DETERMINA QUE SEJAM FEITAS 'COMEMORAÇÕES DEVIDAS' A 64
O presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" do aniversário do 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o então presidente João Goulart e iniciou um período ditatorial que durou 21 anos. Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 25, a orientação foi repassada a quartéis pelo País.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, não está confirmada.
"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar", disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, "percebendo o perigo" que o País vivenciava naquele momento, se uniram para "recuperar e recolocar o nosso país no rumo". "Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", afirmou o porta-voz.
Questionado sobre como serão as "comemorações", Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. "Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas." Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.
Cautela
Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo chegaram a pedir cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e do risco de polêmica em meio aos debates da reforma da Previdência no Congresso. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, o regime militar instaurado com o golpe de 1964 resultou em 434 mortos e desaparecidos.
Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985), a comemoração da data deixou de ser uma agenda "proibida". A efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças Armadas após oito anos.
Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no regime ditatorial, orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha a suspensão de qualquer atividade para lembrar a data nas unidades militares. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
Segundo o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, não está confirmada.
"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar", disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, "percebendo o perigo" que o País vivenciava naquele momento, se uniram para "recuperar e recolocar o nosso país no rumo". "Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", afirmou o porta-voz.
Questionado sobre como serão as "comemorações", Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. "Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas." Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.
Cautela
Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo chegaram a pedir cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e do risco de polêmica em meio aos debates da reforma da Previdência no Congresso. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, o regime militar instaurado com o golpe de 1964 resultou em 434 mortos e desaparecidos.
Em um governo que reúne o maior número de militares na Esplanada dos Ministérios desde o período da ditadura (1964-1985), a comemoração da data deixou de ser uma agenda "proibida". A efeméride volta ao calendário de comemorações das Forças Armadas após oito anos.
Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff, ex-militante torturada no regime ditatorial, orientou aos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha a suspensão de qualquer atividade para lembrar a data nas unidades militares. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
MPF QUER MANTER PRISÃO PREVENTIVA OU DOMICILIAR COM TORNOZELEIRA PARA TEMER
O Ministério Público Federal (MPF) informou que vai recorrer da decisão que soltou o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco e João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, na tarde desta segunda-feira, 25. Segundo a procuradora Mônica de Ré, que integra a força-tarefa da Lava Jato da Procuradoria Regional da 2ª Região, o grupo vai pedir a manutenção da prisão preventiva dos acusados ou a prisão domiciliar, com a colocação de tornozeleira eletrônica.
A procuradoria tem até cinco dias para entrar com o recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). No agravo, segundo a procuradora, o MPF vai reiterar os motivos que já constavam no pedido de prisão preventiva feito ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, e fundamentar a questão da contemporaneidade dos atos praticados pela suposta organização criminosa.
A expectativa do órgão é que o recurso contra os habeas corpus sejam julgados pela 1ª Turma do TRF-2. A questão estava na pauta deste colegiado para a sessão da próxima quarta-feira, 27, a pedido do desembargador federal Antonio Ivan Athié, relator do caso. Porém, ele antecipou uma liminar que soltou os acusados, alegando que no pedido há "suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão acusatório".
A procuradora afirmou que existem fatos mais recentes que podem justificar a manutenção da prisão, como a tentativa de depósito em espécie de R$ 20 milhões, em outubro do ano passado, na conta da Argeplan, do coronel Lima, que seria operador de Temer, identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"A lavagem é um crime permanente. Ele continua porque não sabemos até hoje onde está a maior parte desse dinheiro de propina. Os acusados continuaram operando por meio da Argeplan. Essa organização criminosa atua há muito tempo. Temer só não foi preso antes porque era presidente", afirmou a procuradora.
Mônica também ressaltou que, apesar de dizer que estaria à disposição da Justiça, Temer nunca prestou esclarecimentos e se recusou a depor, na última sexta feira, na Polícia Federal. Além disso, a procuradora alegou que o ex-presidente está bem de saúde e que as condições da sala em que foi colocado na superintendência da PF no Rio "são muito boas".
"Não teriam motivos para ele ser solto antes do caso ser analisado pela turma (1ª turma do TRF-2). Era a possibilidade de fazermos o contraditório, com os outros desembargadores da turma e para a argumentação da própria defesa. É um caso grave e existem vários precedentes parecidos de análise pela turma e não monocraticamente. Esse prende e solta gera instabilidade", afirmou.
Já os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato da primeira instância do MPF divulgaram uma nota afirmando que receberam com serenidade a decisão de revogação da prisão do grupo. Porém, o reafirmou que as razões para a prisão preventiva "são robustas e consistentes", mas respeita que a decisão liminar monocrática do desembargador federal e que analisará as medidas judiciais que poderão ser tomadas. (As informações do Estadão)
A procuradoria tem até cinco dias para entrar com o recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). No agravo, segundo a procuradora, o MPF vai reiterar os motivos que já constavam no pedido de prisão preventiva feito ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, e fundamentar a questão da contemporaneidade dos atos praticados pela suposta organização criminosa.
A expectativa do órgão é que o recurso contra os habeas corpus sejam julgados pela 1ª Turma do TRF-2. A questão estava na pauta deste colegiado para a sessão da próxima quarta-feira, 27, a pedido do desembargador federal Antonio Ivan Athié, relator do caso. Porém, ele antecipou uma liminar que soltou os acusados, alegando que no pedido há "suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão acusatório".
A procuradora afirmou que existem fatos mais recentes que podem justificar a manutenção da prisão, como a tentativa de depósito em espécie de R$ 20 milhões, em outubro do ano passado, na conta da Argeplan, do coronel Lima, que seria operador de Temer, identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"A lavagem é um crime permanente. Ele continua porque não sabemos até hoje onde está a maior parte desse dinheiro de propina. Os acusados continuaram operando por meio da Argeplan. Essa organização criminosa atua há muito tempo. Temer só não foi preso antes porque era presidente", afirmou a procuradora.
Mônica também ressaltou que, apesar de dizer que estaria à disposição da Justiça, Temer nunca prestou esclarecimentos e se recusou a depor, na última sexta feira, na Polícia Federal. Além disso, a procuradora alegou que o ex-presidente está bem de saúde e que as condições da sala em que foi colocado na superintendência da PF no Rio "são muito boas".
"Não teriam motivos para ele ser solto antes do caso ser analisado pela turma (1ª turma do TRF-2). Era a possibilidade de fazermos o contraditório, com os outros desembargadores da turma e para a argumentação da própria defesa. É um caso grave e existem vários precedentes parecidos de análise pela turma e não monocraticamente. Esse prende e solta gera instabilidade", afirmou.
Já os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato da primeira instância do MPF divulgaram uma nota afirmando que receberam com serenidade a decisão de revogação da prisão do grupo. Porém, o reafirmou que as razões para a prisão preventiva "são robustas e consistentes", mas respeita que a decisão liminar monocrática do desembargador federal e que analisará as medidas judiciais que poderão ser tomadas. (As informações do Estadão)
MORO RECEBE SUGESTÃO DE LEVAR PACOTE AO SENADO
Com a tramitação "travada" na Câmara, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, pode começar a ser discutido primeiro no Senado. A proposta foi levada ontem ao próprio ministro pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA).
A intenção é dar protagonismo aos senadores enquanto os deputados se debruçam nas discussões da reforma da Previdência. A falta de prioridade dada ao pacote pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou divergências públicas entre o deputado e o ministro na semana passada, com direito a troca de farpas entre os dois.
"Ele recebeu a ideia muito bem. Me pediu esta semana para que pudesse conversar com a Casa Civil e outros representantes do governo, para não criar mal-estar com a Câmara nem com Maia", disse Eliziane após reunião com o ministro.
Para que seja analisada primeiro pelo Senado, porém, algum parlamentar terá que replicar a proposta na Casa, colocando-se como autor do projeto.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também já foi consultado sobre a possibilidade. O assunto deve ser discutido hoje, em reunião de líderes.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), porém, disse não ser "propício" a proposta ser discutida antes pelo Senado. "Somos uma Casa revisora. Projeto dessa natureza tem que começar regimentalmente pela Câmara para depois vir ao Senado", afirmou a emedebista.
Grupo
Na Câmara, Maia estabeleceu um prazo de 90 dias para um grupo de trabalho analisar se junta a proposta de Moro com outras medidas já em discussão na Casa. Só depois, uma comissão especial será formada para analisar o projeto. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
A intenção é dar protagonismo aos senadores enquanto os deputados se debruçam nas discussões da reforma da Previdência. A falta de prioridade dada ao pacote pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou divergências públicas entre o deputado e o ministro na semana passada, com direito a troca de farpas entre os dois.
"Ele recebeu a ideia muito bem. Me pediu esta semana para que pudesse conversar com a Casa Civil e outros representantes do governo, para não criar mal-estar com a Câmara nem com Maia", disse Eliziane após reunião com o ministro.
Para que seja analisada primeiro pelo Senado, porém, algum parlamentar terá que replicar a proposta na Casa, colocando-se como autor do projeto.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também já foi consultado sobre a possibilidade. O assunto deve ser discutido hoje, em reunião de líderes.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), porém, disse não ser "propício" a proposta ser discutida antes pelo Senado. "Somos uma Casa revisora. Projeto dessa natureza tem que começar regimentalmente pela Câmara para depois vir ao Senado", afirmou a emedebista.
Grupo
Na Câmara, Maia estabeleceu um prazo de 90 dias para um grupo de trabalho analisar se junta a proposta de Moro com outras medidas já em discussão na Casa. Só depois, uma comissão especial será formada para analisar o projeto. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
CONSULTORIA DO SENADO RECOMENDA QUE ALCOLUMBRE NÃO ESTAURE CPI DA LAVA TOGA
Uma nota técnica da Consultoria Legislativa do Senado sugere que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não receba nenhum dos 13 itens que embasam o requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o "ativismo judicial" em tribunais superiores - a chamada "CPI da Lava Toga". A informação é do site jurídico Conjur.
O consultor-geral da Consultoria Legislativa do Senado, Danilo Aguiar, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que a nota é uma versão preliminar do estudo, que ainda está em elaboração. De acordo com ele, os trabalho técnicos só são liberados após revisão e finalização. Procurada, a presidência do Senado comunicou que Alcolumbre não recebeu o documento da Consultoria.
No entendimento dos quatro consultores que assinam o documento, incluindo Aguiar, os argumentos dizem respeito ao exercício jurisdicional, próprio dos tribunais superiores. Ainda de acordo com eles, a "atividade jurisdicional está fora do alcance das Comissões Parlamentares de Inquérito". O documento tem 17 páginas e data de 20 de março, um dia depois de o presidente do Senado tê-lo encomendado aos consultores.
Na semana passada, Alcolumbre chegou a dizer que "uma CPI do Judiciário não vai fazer bem para o Brasil". Pressionado pelos senadores que assinaram o requerimento e que apoiaram sua candidatura à presidência da Casa, Alcolumbre, em uma tentativa de ganhar tempo, recuou, disse que nunca se manifestou em relação a barrar o andamento da CPI e assegurou que iria encaminhar o tema para análise da área jurídica.
"O meu posicionamento em relação a esta CPI é a favor do Brasil. Quero deixar claro que nós não aceitaremos interferência de outro Poder, mas o País não pode criar um conflito entre as instituições. Estamos vivendo um momento delicado da história nacional, no qual as instituições precisam estar fortalecidas e a harmonia entre os Poderes deve prevalecer", disse, na ocasião.
Na nota, os consultores ponderam que "a exigência de fato determinado delimita o campo de atuação da CPI, na medida em que o poder do Congresso e de suas Casas de realizar investigações parlamentares não é ilimitado". Segundo eles, deve "concentrar-se em fatos específicos, definidos e relacionados ao Poder Público". "Não é, portanto, admissível a instauração de CPI para investigar fatos genéricos, vagos ou indefinidos."
Os consultores destacam que a nota tem o objetivo de oferecer subsídios à decisão de Alcolumbre e que caberá a ele, "mediante o devido juízo político, decidir pelo recebimento ou não do requerimento, parcial ou totalmente".
"Não se autoriza que o Poder Legislativo se imiscua no conteúdo mesmo das decisões judiciais", alegam os consultores. "Não se permite que o Poder Legislativo avalie se a decisão tomada pelo Poder Judiciário foi correta ou não, ou se o julgador estava em situação de suspeição ou de impedimento, pois isso transformaria o Poder Legislativo em órgão revisional, usurpando competência de outro Poder."
O senador Alessandro Vieira (PPS-SE), autor do requerimento, disse que o documento parece "profundamente" equivocado. "Não estamos discutindo os atos de prestação jurisdicional. Estamos discutindo o momento antecedente. A consultoria elevou até o possível recebimento de propina à categoria de prestação jurisdicional. É uma tentativa desesperada, depois que as pressões não conseguiram retirar assinaturas." (As informações do Estadão)
O consultor-geral da Consultoria Legislativa do Senado, Danilo Aguiar, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que a nota é uma versão preliminar do estudo, que ainda está em elaboração. De acordo com ele, os trabalho técnicos só são liberados após revisão e finalização. Procurada, a presidência do Senado comunicou que Alcolumbre não recebeu o documento da Consultoria.
No entendimento dos quatro consultores que assinam o documento, incluindo Aguiar, os argumentos dizem respeito ao exercício jurisdicional, próprio dos tribunais superiores. Ainda de acordo com eles, a "atividade jurisdicional está fora do alcance das Comissões Parlamentares de Inquérito". O documento tem 17 páginas e data de 20 de março, um dia depois de o presidente do Senado tê-lo encomendado aos consultores.
Na semana passada, Alcolumbre chegou a dizer que "uma CPI do Judiciário não vai fazer bem para o Brasil". Pressionado pelos senadores que assinaram o requerimento e que apoiaram sua candidatura à presidência da Casa, Alcolumbre, em uma tentativa de ganhar tempo, recuou, disse que nunca se manifestou em relação a barrar o andamento da CPI e assegurou que iria encaminhar o tema para análise da área jurídica.
"O meu posicionamento em relação a esta CPI é a favor do Brasil. Quero deixar claro que nós não aceitaremos interferência de outro Poder, mas o País não pode criar um conflito entre as instituições. Estamos vivendo um momento delicado da história nacional, no qual as instituições precisam estar fortalecidas e a harmonia entre os Poderes deve prevalecer", disse, na ocasião.
Na nota, os consultores ponderam que "a exigência de fato determinado delimita o campo de atuação da CPI, na medida em que o poder do Congresso e de suas Casas de realizar investigações parlamentares não é ilimitado". Segundo eles, deve "concentrar-se em fatos específicos, definidos e relacionados ao Poder Público". "Não é, portanto, admissível a instauração de CPI para investigar fatos genéricos, vagos ou indefinidos."
Os consultores destacam que a nota tem o objetivo de oferecer subsídios à decisão de Alcolumbre e que caberá a ele, "mediante o devido juízo político, decidir pelo recebimento ou não do requerimento, parcial ou totalmente".
"Não se autoriza que o Poder Legislativo se imiscua no conteúdo mesmo das decisões judiciais", alegam os consultores. "Não se permite que o Poder Legislativo avalie se a decisão tomada pelo Poder Judiciário foi correta ou não, ou se o julgador estava em situação de suspeição ou de impedimento, pois isso transformaria o Poder Legislativo em órgão revisional, usurpando competência de outro Poder."
O senador Alessandro Vieira (PPS-SE), autor do requerimento, disse que o documento parece "profundamente" equivocado. "Não estamos discutindo os atos de prestação jurisdicional. Estamos discutindo o momento antecedente. A consultoria elevou até o possível recebimento de propina à categoria de prestação jurisdicional. É uma tentativa desesperada, depois que as pressões não conseguiram retirar assinaturas." (As informações do Estadão)
INSS ALTERA REGRAS PARA PROVA DE VIDA E RENOVAÇÃO DE SENHAS
Resolução do Ministério da Economia publicada nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União altera as regras para prova de vida e renovação de senha de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os procedimentos podem, a partir desta terça-feira, ser executados por meio de atendimento eletrônico (com uso de biometria ou identificação por funcionário da instituição financeira pagadora) ou por meio de representante legal ou procurador cadastrado no INSS ou na instituição financeira.
Beneficiários com idade igual ou superior a 70 anos poderão solicitar a realização de prova de vida no INSS, sem prejuízo da possibilidade de comparecer à instituição financeira pagadora.
Para beneficiários com dificuldade de locomoção e idosos acima de 80 anos, poderá ser realizada pesquisa externa, com comparecimento a residência ou local informado no requerimento, para permitir a identificação do titular do benefício e a realização da comprovação de vida.
No caso de beneficiários com dificuldades de locomoção, o requerimento para realização de prova de vida por meio de pesquisa externa deverá ser efetuado pelo interessado, perante uma agência da previdência social, com comprovação via atestado médico ou declaração emitida por uma unidade de saúde.
Os serviços deverão ser previamente agendados por meio da Central 135 ou do Meu INSS.
O INSS poderá bloquear o pagamento do benefício encaminhado às instituições financeiras até que o beneficiário atenda à convocação. “A prova de vida e o desbloqueio de crédito realizado perante a rede bancária será realizada de forma imediata, mediante identificação do titular, procurador ou representante legal”, informou o órgão.
Entenda
Desde 2012, segurados do INSS devem comprovar que estão vivos para manter o benefício ativo. O procedimento é obrigatório para todos que recebem pagamentos por meio de conta-corrente, conta poupança ou cartão magnético e tem por objetivo dar mais segurança ao cidadão e ao Estado, pois evita pagamentos indevidos e fraudes.
A rotina é cumprida anualmente pela rede bancária, que determina a data da forma mais adequada à sua gestão – alguns bancos usam a data de aniversário do beneficiário enquanto outros utilizam a data de aniversário do benefício. (As informações da Agência Brasil)
Beneficiários com idade igual ou superior a 70 anos poderão solicitar a realização de prova de vida no INSS, sem prejuízo da possibilidade de comparecer à instituição financeira pagadora.
Para beneficiários com dificuldade de locomoção e idosos acima de 80 anos, poderá ser realizada pesquisa externa, com comparecimento a residência ou local informado no requerimento, para permitir a identificação do titular do benefício e a realização da comprovação de vida.
No caso de beneficiários com dificuldades de locomoção, o requerimento para realização de prova de vida por meio de pesquisa externa deverá ser efetuado pelo interessado, perante uma agência da previdência social, com comprovação via atestado médico ou declaração emitida por uma unidade de saúde.
Os serviços deverão ser previamente agendados por meio da Central 135 ou do Meu INSS.
O INSS poderá bloquear o pagamento do benefício encaminhado às instituições financeiras até que o beneficiário atenda à convocação. “A prova de vida e o desbloqueio de crédito realizado perante a rede bancária será realizada de forma imediata, mediante identificação do titular, procurador ou representante legal”, informou o órgão.
Entenda
Desde 2012, segurados do INSS devem comprovar que estão vivos para manter o benefício ativo. O procedimento é obrigatório para todos que recebem pagamentos por meio de conta-corrente, conta poupança ou cartão magnético e tem por objetivo dar mais segurança ao cidadão e ao Estado, pois evita pagamentos indevidos e fraudes.
A rotina é cumprida anualmente pela rede bancária, que determina a data da forma mais adequada à sua gestão – alguns bancos usam a data de aniversário do beneficiário enquanto outros utilizam a data de aniversário do benefício. (As informações da Agência Brasil)
domingo, 24 de março de 2019
'PRESIDENTE NÃO DEMOSNTRA CAPACIDADE DE ARTICULAÇÃO', AFIRMA SÉRGIO ABRANCHES
Passados quase três meses desde sua posse, o presidente Jair Bolsonaro não mostra forças para fazer uma "aglutinação" no Congresso, agravando a tensão entre Executivo e Legislativo, avalia o cientista político Sérgio Abranches. "Existe uma percepção de que coalizão é igual corrupção. Não é. O que está posto agora é ver como formar uma nova coalizão. Isso implica um projeto de governo bem articulado, um presidente que assuma a liderança disso e que queira formar maioria em torno de ideias que unam e não desunam." Autor do termo "presidencialismo de coalizão" nos anos 1980, Abranches afirma que "não faz sentido" o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ser articulador político de qualquer agenda do governo. "Quem tem de fazer articulação é o presidente e suas lideranças, e elas não estão dando demonstração de ter capacidade para essa articulação." A seguir, os principais trechos da entrevista:
Como o sr. vê o cenário político?
A eleição de 2018 encerrou o primeiro ciclo do presidencialismo de coalizão, que organizou governo e oposição de 1994 a 2014. Em 2018, houve a substituição de um sistema partidário por outro, um realinhamento. Todos perderam com a eleição de 2018, com exceção do PSL. Esse ciclo caracterizado pelo duopólio na disputa pela presidência entre PT e PSDB, que também organizava tanto governo quanto oposição, começou a dar problema em 2014, teve o auge da crise com o impeachment em 2016 e se confirmou em 2018 quando esse sistema que estava em exaustão se encerrou. O que vemos agora são os resultados disso.
Quais as consequências disso?
Do ponto de vista de organização de governo no Congresso, uma das principais dificuldades é a pulverização. Em 2002, as cinco maiores bancadas representavam 67% do Congresso. Em 2018, os cinco maiores partidos têm 41% das cadeiras. O maior partido é de oposição, o PT, vivendo uma crise interna, e o segundo é o PSL, um partido invertebrado, que tem dado demonstrações de que não tem capacidade de ser pivô de uma coalizão em torno da qual os outros se aglutinam.
Por que falta essa capacidade ao PSL?
Desde o início, Bolsonaro disse que não ia fazer coalizão e não fez o menor esforço para montar maioria no Congresso. Segundo, porque o partido não tem vertebração, ainda precisa se demonstrar como uma organização partidária com ideias. Em terceiro, porque a liderança do Bolsonaro não é suficientemente forte para fazer uma aglutinação no Congresso. Nenhum dos requisitos de estabilidade de governabilidade está amparado: um presidente minoritário, um partido inorgânico, a falta de uma coalizão articulada, relações tensas entre Poderes.
Como sair do impasse?
Existe uma percepção de que coalizão é igual corrupção. Não é. O que está posto agora é ver como formar uma nova coalizão. Isso implica um projeto de governo bem articulado, um presidente que assuma a liderança disso e que queira formar maioria em torno de ideias que unam e não desunam. A crise política tem a ver com o fato que o primeiro ciclo se esgotou e não houve nenhum esforço por parte da liderança vitoriosa de levar adiante um novo ciclo, de estabelecer novas bases para o relacionamento entre Legislativo e Executivo.
Como a prisão do ex-presidente Temer impacta esse contexto?
Ela acontece num momento de acirramento do conflito entre o Legislativo e um clima de tensão dentro do MPF, do STF e de juízes de primeira instância. Vejo que a magnitude política da prisão de Temer se torna mais um ingrediente da crise política. Dá mais munição para os partidos, sobretudo o MDB, fazerem pressão no Congresso, para criar mais impasses e obter mais concessões do Executivo. O MDB, que hoje tem 34 eleitos, pode fazer muita pressão, exatamente por não haver nenhum partido grande e pelo PSL não ter força nem experiência. Todo mundo perdeu poder e o próprio presidente, ao não ser capaz de exercer uma liderança unificadora e perdendo popularidade, também fica sem espaço para dar solução a essa pulverização do poder. Os três Poderes estão dominados por um processo conflituoso que tem a ver com questões políticas fundamentais associadas a essa maneira pela qual se esgotou esse ciclo.
O que a perda de popularidade representa para o governo?
Quanto menor a popularidade, menos capacidade tem de atrair apoio no Congresso. O que atrai é popularidade, carisma. Bolsonaro foi eleito por um conjunto muito heterogêneo de eleitores. É difícil atender expectativas tão diferentes. Até agora, não atendeu nenhuma delas, a não ser a questão das armas (facilitou a posse), que é controvertida.
Como fica, por exemplo, o projeto da reforma da Previdência?
Vai sofrer muito mais por conta da perda de popularidade. Se não surgir uma forma nova de ativar as decisões no Congresso, acho que a reforma terá muita dificuldade. Não faz sentido o presidente da Câmara ser articulador político de qualquer agenda do governo, mesmo que seja do interesse dele. Quem tem de fazer articulação é o presidente e suas lideranças, e elas não estão dando demonstração de ter capacidade para essa articulação. Então, acredito que essa reforma está no limbo, à deriva. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
Como o sr. vê o cenário político?
A eleição de 2018 encerrou o primeiro ciclo do presidencialismo de coalizão, que organizou governo e oposição de 1994 a 2014. Em 2018, houve a substituição de um sistema partidário por outro, um realinhamento. Todos perderam com a eleição de 2018, com exceção do PSL. Esse ciclo caracterizado pelo duopólio na disputa pela presidência entre PT e PSDB, que também organizava tanto governo quanto oposição, começou a dar problema em 2014, teve o auge da crise com o impeachment em 2016 e se confirmou em 2018 quando esse sistema que estava em exaustão se encerrou. O que vemos agora são os resultados disso.
Quais as consequências disso?
Do ponto de vista de organização de governo no Congresso, uma das principais dificuldades é a pulverização. Em 2002, as cinco maiores bancadas representavam 67% do Congresso. Em 2018, os cinco maiores partidos têm 41% das cadeiras. O maior partido é de oposição, o PT, vivendo uma crise interna, e o segundo é o PSL, um partido invertebrado, que tem dado demonstrações de que não tem capacidade de ser pivô de uma coalizão em torno da qual os outros se aglutinam.
Por que falta essa capacidade ao PSL?
Desde o início, Bolsonaro disse que não ia fazer coalizão e não fez o menor esforço para montar maioria no Congresso. Segundo, porque o partido não tem vertebração, ainda precisa se demonstrar como uma organização partidária com ideias. Em terceiro, porque a liderança do Bolsonaro não é suficientemente forte para fazer uma aglutinação no Congresso. Nenhum dos requisitos de estabilidade de governabilidade está amparado: um presidente minoritário, um partido inorgânico, a falta de uma coalizão articulada, relações tensas entre Poderes.
Como sair do impasse?
Existe uma percepção de que coalizão é igual corrupção. Não é. O que está posto agora é ver como formar uma nova coalizão. Isso implica um projeto de governo bem articulado, um presidente que assuma a liderança disso e que queira formar maioria em torno de ideias que unam e não desunam. A crise política tem a ver com o fato que o primeiro ciclo se esgotou e não houve nenhum esforço por parte da liderança vitoriosa de levar adiante um novo ciclo, de estabelecer novas bases para o relacionamento entre Legislativo e Executivo.
Como a prisão do ex-presidente Temer impacta esse contexto?
Ela acontece num momento de acirramento do conflito entre o Legislativo e um clima de tensão dentro do MPF, do STF e de juízes de primeira instância. Vejo que a magnitude política da prisão de Temer se torna mais um ingrediente da crise política. Dá mais munição para os partidos, sobretudo o MDB, fazerem pressão no Congresso, para criar mais impasses e obter mais concessões do Executivo. O MDB, que hoje tem 34 eleitos, pode fazer muita pressão, exatamente por não haver nenhum partido grande e pelo PSL não ter força nem experiência. Todo mundo perdeu poder e o próprio presidente, ao não ser capaz de exercer uma liderança unificadora e perdendo popularidade, também fica sem espaço para dar solução a essa pulverização do poder. Os três Poderes estão dominados por um processo conflituoso que tem a ver com questões políticas fundamentais associadas a essa maneira pela qual se esgotou esse ciclo.
O que a perda de popularidade representa para o governo?
Quanto menor a popularidade, menos capacidade tem de atrair apoio no Congresso. O que atrai é popularidade, carisma. Bolsonaro foi eleito por um conjunto muito heterogêneo de eleitores. É difícil atender expectativas tão diferentes. Até agora, não atendeu nenhuma delas, a não ser a questão das armas (facilitou a posse), que é controvertida.
Como fica, por exemplo, o projeto da reforma da Previdência?
Vai sofrer muito mais por conta da perda de popularidade. Se não surgir uma forma nova de ativar as decisões no Congresso, acho que a reforma terá muita dificuldade. Não faz sentido o presidente da Câmara ser articulador político de qualquer agenda do governo, mesmo que seja do interesse dele. Quem tem de fazer articulação é o presidente e suas lideranças, e elas não estão dando demonstração de ter capacidade para essa articulação. Então, acredito que essa reforma está no limbo, à deriva. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
SOBE PARA 446 NÚMERO DE MORTOS POR CAUSA DE CICLONE EM MOÇAMBIQUE
Subiu para 446 o número de mortos em Moçambique após a passagem do ciclone Idai. Segundo o ministro de meio ambiente do país, Celso Correia, além disso, outras 531 mil pessoas foram afetadas, sendo 110 mil no campo.
Os estragos não se limitaram a Moçambique. A tempestade também deixou 259 mortos no Zimbábue e 56 no Malaui. Todos foram vítimas das fortes chuvas que ocorreram antes do ciclone. Com isso, o total de mortos após esse período de temporal sobe para 761.
Com ventos de até 170 km/h, o ciclone Idai passou pela cidade portuária da Beira na semana passada e seguiu rumo ao interior do continente, pelo Zimbábue e Malaui. Centenas de pessoas ficaram com as casas destruídas ou alagadas pela chuva. (As informações do Correio)
Os estragos não se limitaram a Moçambique. A tempestade também deixou 259 mortos no Zimbábue e 56 no Malaui. Todos foram vítimas das fortes chuvas que ocorreram antes do ciclone. Com isso, o total de mortos após esse período de temporal sobe para 761.
Com ventos de até 170 km/h, o ciclone Idai passou pela cidade portuária da Beira na semana passada e seguiu rumo ao interior do continente, pelo Zimbábue e Malaui. Centenas de pessoas ficaram com as casas destruídas ou alagadas pela chuva. (As informações do Correio)
TEMER PASSA FIM DE SEMANA SEM VISITAS E RECEBE LIVRO
Diferente das primeiras 24 horas, quando recebeu visitas de amigos e aliados, o ex-presidente Michel Temer passou o sábado sozinho na cela onde cumpre prisão preventiva, na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O mesmo deve acontecer neste domingo (24). Segundo a PF, as visitas são permitidas apenas de segunda a sexta-feira, em horários previamente determinados.
O emedebista recebeu um livro sobre Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial. A publicação foi entregue na portaria do prédio pelo advogado Gustavo Guedes, que já defendeu Temer no Supremo Tribunal Federal. Guedes tentou visitar o ex-presidente mas foi impedido.
Na sexta-feira (22), Temer recebeu a visita do advogado e amigo pessoal, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS). Ambos disseram que o emedebista demonstra sinais de abatimento.
O ex-presidente deve ficar permanecer preso até pelo menos quarta-feira, dia em que a 1.ª Turma do Tribunal Federal da 2.ª Região (TRF2) julgará os habeas corpus ajuizados por Temer, Moreira Franco e outros detidos na semana passada, entre eles João Baptista Lima Filho e sua mulher, Maria Rita Fratezi.
Habeas corpus
A desembargadora Simone Schreiber, plantonista do TRF2, acatou ontem habeas corpus impetrado pela defesa de Rodrigo Castro Alves Neves. Ele foi um dos alvos da operação Descontaminação que tiveram prisão temporária decretada por Bretas. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
O emedebista recebeu um livro sobre Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial. A publicação foi entregue na portaria do prédio pelo advogado Gustavo Guedes, que já defendeu Temer no Supremo Tribunal Federal. Guedes tentou visitar o ex-presidente mas foi impedido.
Na sexta-feira (22), Temer recebeu a visita do advogado e amigo pessoal, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS). Ambos disseram que o emedebista demonstra sinais de abatimento.
O ex-presidente deve ficar permanecer preso até pelo menos quarta-feira, dia em que a 1.ª Turma do Tribunal Federal da 2.ª Região (TRF2) julgará os habeas corpus ajuizados por Temer, Moreira Franco e outros detidos na semana passada, entre eles João Baptista Lima Filho e sua mulher, Maria Rita Fratezi.
Habeas corpus
A desembargadora Simone Schreiber, plantonista do TRF2, acatou ontem habeas corpus impetrado pela defesa de Rodrigo Castro Alves Neves. Ele foi um dos alvos da operação Descontaminação que tiveram prisão temporária decretada por Bretas. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
MORRE NO RIO ATOR E DIRETOR DOMINGOS OLIVEIRA
O ator e diretor Domingos Oliveira morreu neste sábado, 23, em casa, no Leblon, na zona sul do Rio. Aos 82 anos, Oliveira passou mal enquanto trabalhava e não resistiu.
O diretor nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 1936. Formou-se em Engenharia Elétrica na Escola Nacional de Engenharia (ENE), mas nunca exerceu a profissão. Antes de despontar como diretor e roteirista, com o filme "Todas as Mulheres do Mundo", de 1966, trabalhou como assistente de direção do cineasta Joaquim Pedro de Andrade.
Oliveira dirigiu mais de 18 filmes, tendo sido roteirista da maioria deles. Nos últimos projetos, também atuou como diretor.
Com a filha caçula, a atriz e escritora Maria Mariana criou, na década de 90, a série Confissões de Adolescente. Baseada nos diários da atriz, o projeto teve versões para o cinema, teatro e televisão. Quase todos carregam a marca de Oliveira, que ficou conhecido como um importante cronista do universo feminino e das relações amorosas da atualidade.
Mesmo sofrendo de Mal de Parkinson, Oliveira permaneceu trabalhando até o fim. Em entrevista à Globonews, o colunista Artur Xexéo revelou que ele trabalhava no roteiro do projeto Confissões das Mulheres de 50.
Ainda não há informações sobre a causa da morte do diretor. O velório será realizado no Teatro Planetário, a partir das 20h. (As informações do Correio)
O diretor nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 1936. Formou-se em Engenharia Elétrica na Escola Nacional de Engenharia (ENE), mas nunca exerceu a profissão. Antes de despontar como diretor e roteirista, com o filme "Todas as Mulheres do Mundo", de 1966, trabalhou como assistente de direção do cineasta Joaquim Pedro de Andrade.
Oliveira dirigiu mais de 18 filmes, tendo sido roteirista da maioria deles. Nos últimos projetos, também atuou como diretor.
Com a filha caçula, a atriz e escritora Maria Mariana criou, na década de 90, a série Confissões de Adolescente. Baseada nos diários da atriz, o projeto teve versões para o cinema, teatro e televisão. Quase todos carregam a marca de Oliveira, que ficou conhecido como um importante cronista do universo feminino e das relações amorosas da atualidade.
Mesmo sofrendo de Mal de Parkinson, Oliveira permaneceu trabalhando até o fim. Em entrevista à Globonews, o colunista Artur Xexéo revelou que ele trabalhava no roteiro do projeto Confissões das Mulheres de 50.
Ainda não há informações sobre a causa da morte do diretor. O velório será realizado no Teatro Planetário, a partir das 20h. (As informações do Correio)
'O GOVERNO É UM DESERTO DE IDEIAS', AFIRMA MAIA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo não tem projeto para o País além da reforma da Previdência. Um dia após ameaçar deixar a articulação política para a aprovação das mudanças na aposentadoria, por causa dos ataques recebidos nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), Maia calibrou o discurso e assegurou a continuidade do trabalho. Fez, porém, várias críticas e advertiu que o presidente precisa deixar o Twitter de lado, além da "disputa do mal contra o bem", e se empenhar para melhorar a vida da população.
"O governo é um deserto de ideias", declarou Maia. "Se tem propostas, eu não as conheço. Qual é o projeto do governo Bolsonaro fora a Previdência? Não se sabe". Na avaliação do presidente da Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "uma ilha" dentro do Executivo.
Por que o sr. decidiu abandonar a articulação da reforma da Previdência?
Apenas entendo que o governo eleito não pode terceirizar sua responsabilidade. O presidente precisa assumir a liderança, ser mais proativo. O discurso dele é: sou contra a reforma, mas fui obrigado a mandá-la ou o Brasil quebra. Ele dá sinalização de insegurança ao Parlamento. Ele tem que assumir o discurso que faz o ministro Paulo Guedes. Hoje, o governo não tem base. Não sou eu que vou organizar a base. O presidente da Câmara sozinho, em uma matéria como a reforma da Previdência, não tem capacidade de conseguir 308 votos.
Mas o sr. continua à frente da articulação?
Dentro do meu quadrado, sim. Agora, acho que quanto mais eles tentam trazer para mim a responsabilidade do governo, mais está piorando a relação do governo com o Parlamento. O governo precisa vir a público de forma mais objetiva, com mais clareza, com mais energia na votação da reforma.
O que o presidente Bolsonaro precisa fazer?
Ele precisa construir um diálogo com o Parlamento, com os líderes, com os partidos. Não pode ficar a informação de que o meu diálogo é pelo toma lá, dá cá. A gente tem que parar com essa conversa. Como o presidente vê a política? O que é a nova política para ele? Ele precisa colocar em prática a nova política. Tanto é verdade que ele não colocou que tem (apenas) 50 deputados na base. Faço o alerta: se o governo não organizar sua base, se não construir o diálogo com os deputados, vai ser muito difícil aprovar a reforma da Previdência. O ciclo dos últimos 30 anos acabou e agora se abre um novo ciclo. Ele precisa saber o que colocar no lugar. O Executivo precisa ser um ator ativo nesse processo político.
E não está sendo?
De forma nenhuma. Ele está transferindo para a presidência da Câmara e do Senado uma responsabilidade que é dele. Então, ele fica só com o bônus e eu fico com o ônus de ganhar ou perder. Se ganhar, ganhei com eles. Se perder, perdi sozinho. Isso, para a reforma da Previdência, é muito grave. Não é uma votação qualquer, para você falar "leva que o filho é teu". Não é assim. É uma matéria será um divisor de águas inclusive para o governo Bolsonaro. Então, ele precisa assumir protagonismo. Foi isso o que eu falei. Não vou deixar de defender as coisas sobre as quais tenho convicção porque brigo com A, B ou C. Meu papel institucional não é usar a presidência da Câmara para ameaçar o governo.
Mas o sr. ficou bastante contrariado com os ataques da rede bolsonarista na internet...
Não é que eu fiquei incomodado. O que acontece é que o Brasil viveu sua maior recessão no governo Dilma, melhorou um pouco no último governo, só que a vida das pessoas continua indo muito mal. Então, na hora em que a gente está trabalhando uma matéria tão importante como a Previdência, e a rede próxima ao presidente é instrumento de ataque a pessoas que estão ajudando nessa reforma, eu posso chegar à conclusão de que, por trás disso, está a vontade do governo de não votar a Previdência. Não fui só eu que fui criticado. Todo mundo que de alguma forma fez alguma crítica ao governo recebe os maiores "elogios" da rede dos Bolsonaro. Isso é ruim porque você não respeitar e não receber com reflexão uma crítica não é um sinal de espírito democrático correto.
O posicionamento do vereador Carlos Bolsonaro nas redes sociais atrapalha o governo?
O Brasil precisa sair do Twitter e ir para a vida real. Ninguém consegue emprego, vaga na escola, creche, hospital por causa do Twitter. Precisamos que o País volte a ter projeto. Qual é o projeto do governo Bolsonaro, fora a Previdência? Fora o projeto do ministro (Sérgio) Moro? Não se sabe. Qual é o projeto de um partido de direita para acabar com a extrema pobreza? Criticaram tanto o Bolsa Família e não propuseram nada até agora no lugar. Criticaram tanto a evasão escolar de jovens e agora a gente não sabe o que o governo pensa para os jovens e para as crianças de zero a três anos. O governo é um deserto de ideias.
O sr. está dizendo que o governo não tem proposta?
Se tem propostas, eu não as conheço.
Há uma nova versão do 'nós contra eles'?
Eles construíram nos últimos anos o 'nós contra eles'. Nós, liberais, contra os comunistas. O discurso de Bolsonaro foi esse. Para eles, essa disputa do mal contra o bem, do sim contra o não, do quente contra o frio é o que alimenta a relação com parte da sociedade. Só que agora eles venceram as eleições. E, em um país democrático, não é essa ruptura proposta que vai resolver o problema. O Brasil não ganha nada trabalhando nos extremos.
Temos um desgoverno?
As pessoas precisam da reforma da Previdência e, também, que o governo volte a funcionar. Nós temos uma ilha de governo com o Paulo Guedes. Tirando ali, você tem pouca coisa. Ou pouca coisa pública. Nós sabemos onde estão os problemas. Um governo de direita deveria estar fazendo não apenas o enfrentamento nas redes sociais sobre se o comunismo acabou ou não, mas deveria dizer: "No lugar do Minha Casa, Minha Vida, para habitação popular nós estamos pensando isso; para saneamento, nós estamos pensando aquilo".
O presidente minimizou a crise dizendo que vai conversar com o sr e que tudo é como uma briga no namoro. O que achou?
Se o presidente não falar comigo até o fim do mandato, não tem problema. Sou a favor da reforma da Previdência. O problema é que ele precisa conseguir várias namoradas no Congresso, são os outros 307 votos que ele precisa conseguir. Ele pode me deixar para o fim da fila.
E por que o sr. entrou em um embate com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, por causa do pacote anticrime?
Certamente, conheço a Câmara muito melhor do que o ministro Moro. E sei como eu posso ajudar o projeto sem atrapalhar a Previdência. O que me incomodou? O ministro passou da fronteira. Até acho que em uma palavra ou outra me excedi, mas, na média, coloquei a posição da Câmara. O governo quer fazer a nova política. Nós queremos participar da nova política.
A prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco serviu para tumultuar esse ambiente político?
Eu não acho. As instituições precisam funcionar. Uns gostam da decisão, outros não. Mas ela precisa ser respeitada e aquele que se sentir prejudicado por uma decisão da Justiça tem o poder de recorrer.
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
"O governo é um deserto de ideias", declarou Maia. "Se tem propostas, eu não as conheço. Qual é o projeto do governo Bolsonaro fora a Previdência? Não se sabe". Na avaliação do presidente da Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "uma ilha" dentro do Executivo.
Por que o sr. decidiu abandonar a articulação da reforma da Previdência?
Apenas entendo que o governo eleito não pode terceirizar sua responsabilidade. O presidente precisa assumir a liderança, ser mais proativo. O discurso dele é: sou contra a reforma, mas fui obrigado a mandá-la ou o Brasil quebra. Ele dá sinalização de insegurança ao Parlamento. Ele tem que assumir o discurso que faz o ministro Paulo Guedes. Hoje, o governo não tem base. Não sou eu que vou organizar a base. O presidente da Câmara sozinho, em uma matéria como a reforma da Previdência, não tem capacidade de conseguir 308 votos.
Mas o sr. continua à frente da articulação?
Dentro do meu quadrado, sim. Agora, acho que quanto mais eles tentam trazer para mim a responsabilidade do governo, mais está piorando a relação do governo com o Parlamento. O governo precisa vir a público de forma mais objetiva, com mais clareza, com mais energia na votação da reforma.
O que o presidente Bolsonaro precisa fazer?
Ele precisa construir um diálogo com o Parlamento, com os líderes, com os partidos. Não pode ficar a informação de que o meu diálogo é pelo toma lá, dá cá. A gente tem que parar com essa conversa. Como o presidente vê a política? O que é a nova política para ele? Ele precisa colocar em prática a nova política. Tanto é verdade que ele não colocou que tem (apenas) 50 deputados na base. Faço o alerta: se o governo não organizar sua base, se não construir o diálogo com os deputados, vai ser muito difícil aprovar a reforma da Previdência. O ciclo dos últimos 30 anos acabou e agora se abre um novo ciclo. Ele precisa saber o que colocar no lugar. O Executivo precisa ser um ator ativo nesse processo político.
E não está sendo?
De forma nenhuma. Ele está transferindo para a presidência da Câmara e do Senado uma responsabilidade que é dele. Então, ele fica só com o bônus e eu fico com o ônus de ganhar ou perder. Se ganhar, ganhei com eles. Se perder, perdi sozinho. Isso, para a reforma da Previdência, é muito grave. Não é uma votação qualquer, para você falar "leva que o filho é teu". Não é assim. É uma matéria será um divisor de águas inclusive para o governo Bolsonaro. Então, ele precisa assumir protagonismo. Foi isso o que eu falei. Não vou deixar de defender as coisas sobre as quais tenho convicção porque brigo com A, B ou C. Meu papel institucional não é usar a presidência da Câmara para ameaçar o governo.
Mas o sr. ficou bastante contrariado com os ataques da rede bolsonarista na internet...
Não é que eu fiquei incomodado. O que acontece é que o Brasil viveu sua maior recessão no governo Dilma, melhorou um pouco no último governo, só que a vida das pessoas continua indo muito mal. Então, na hora em que a gente está trabalhando uma matéria tão importante como a Previdência, e a rede próxima ao presidente é instrumento de ataque a pessoas que estão ajudando nessa reforma, eu posso chegar à conclusão de que, por trás disso, está a vontade do governo de não votar a Previdência. Não fui só eu que fui criticado. Todo mundo que de alguma forma fez alguma crítica ao governo recebe os maiores "elogios" da rede dos Bolsonaro. Isso é ruim porque você não respeitar e não receber com reflexão uma crítica não é um sinal de espírito democrático correto.
O posicionamento do vereador Carlos Bolsonaro nas redes sociais atrapalha o governo?
O Brasil precisa sair do Twitter e ir para a vida real. Ninguém consegue emprego, vaga na escola, creche, hospital por causa do Twitter. Precisamos que o País volte a ter projeto. Qual é o projeto do governo Bolsonaro, fora a Previdência? Fora o projeto do ministro (Sérgio) Moro? Não se sabe. Qual é o projeto de um partido de direita para acabar com a extrema pobreza? Criticaram tanto o Bolsa Família e não propuseram nada até agora no lugar. Criticaram tanto a evasão escolar de jovens e agora a gente não sabe o que o governo pensa para os jovens e para as crianças de zero a três anos. O governo é um deserto de ideias.
O sr. está dizendo que o governo não tem proposta?
Se tem propostas, eu não as conheço.
Há uma nova versão do 'nós contra eles'?
Eles construíram nos últimos anos o 'nós contra eles'. Nós, liberais, contra os comunistas. O discurso de Bolsonaro foi esse. Para eles, essa disputa do mal contra o bem, do sim contra o não, do quente contra o frio é o que alimenta a relação com parte da sociedade. Só que agora eles venceram as eleições. E, em um país democrático, não é essa ruptura proposta que vai resolver o problema. O Brasil não ganha nada trabalhando nos extremos.
Temos um desgoverno?
As pessoas precisam da reforma da Previdência e, também, que o governo volte a funcionar. Nós temos uma ilha de governo com o Paulo Guedes. Tirando ali, você tem pouca coisa. Ou pouca coisa pública. Nós sabemos onde estão os problemas. Um governo de direita deveria estar fazendo não apenas o enfrentamento nas redes sociais sobre se o comunismo acabou ou não, mas deveria dizer: "No lugar do Minha Casa, Minha Vida, para habitação popular nós estamos pensando isso; para saneamento, nós estamos pensando aquilo".
O presidente minimizou a crise dizendo que vai conversar com o sr e que tudo é como uma briga no namoro. O que achou?
Se o presidente não falar comigo até o fim do mandato, não tem problema. Sou a favor da reforma da Previdência. O problema é que ele precisa conseguir várias namoradas no Congresso, são os outros 307 votos que ele precisa conseguir. Ele pode me deixar para o fim da fila.
E por que o sr. entrou em um embate com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, por causa do pacote anticrime?
Certamente, conheço a Câmara muito melhor do que o ministro Moro. E sei como eu posso ajudar o projeto sem atrapalhar a Previdência. O que me incomodou? O ministro passou da fronteira. Até acho que em uma palavra ou outra me excedi, mas, na média, coloquei a posição da Câmara. O governo quer fazer a nova política. Nós queremos participar da nova política.
A prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco serviu para tumultuar esse ambiente político?
Eu não acho. As instituições precisam funcionar. Uns gostam da decisão, outros não. Mas ela precisa ser respeitada e aquele que se sentir prejudicado por uma decisão da Justiça tem o poder de recorrer.
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
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