Uma antiga estrada de terra no povoado de Sanharó, entre os municípios de Pindaí e Sebastião Laranjeiras, a 831 km de Salvador, é a nova rota clandestina para escoamento de carvão vegetal produzido ilegalmente no Vale do Iuiu, oeste da Bahia, com destino aos fornos da siderurgia mineira.
Os moradores da localidade, a 6 km de Pindaí, dizem ver passar, todos os dias, até dez caminhões e carretas, a serviço de sonegadores de impostos, com toneladas do produto. Ao passar por Guanambi, pela BR-122, e logo após Pindaí, o condutor desvia a rota, abandona o asfalto e pega a estrada de terra, deixando para trás os dois postos de fiscalização das secretarias da Fazenda da Bahia e de Minas Gerais.
A unidade baiana fica a apenas 20 km do desvio, na mesma rodovia federal. Sem gravar entrevista, os funcionários das unidades dizem saber sobre a rota clandestina, mas que a falta de ação se deve ao reduzido efetivo de fiscais e veículos.
Em geral, a carga transportada pela rota clandestina não possui nota fiscal nem o Documento de Origem Florestal (DOF). As carretas chegam a transportar até 350 m³ de carvão, cerca de três vezes o volume permitido para esse tipo de veículo. O cálculo é baseado em flagrantes anteriores, segundo o fiscal de rota Ednaldo Cordeiro Sampaio. “Geralmente, esse é o peso que eles costumam utilizar para compensar prejuízos”. (As informações do A Tarde)
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