O prefeito João Henrique vem enfrentando uma crise no seu governo nos últimos meses. Em entrevista a uma emissora de televisão, nesta quarta-feira (26),disse que a receita da cidade é inferior aos gastos. "Não é compatível. Salvador atua como um mini-governo. Estamos de portas abertas na área de saúde pública por exemplo. Temos uma receita do SUS para atender 3 milhões de pessoas, mas atendemos 12 milhões com o fluxo de pacientes de outras cidades", reclama.
O mandatário disse ainda que a população tem que ter reconhecimento pelo trabalho realizado. "A população tem que melhorar a auto-estima, precisa ter reconhecimento da cidade que tem. Muitas vezes, o ser humano só dá valor quando perde", disse o administrador, após ressaltar melhorias na orla da cidade com a demolição das barracas de praia.
Outro problema que ele enfrenta é a suspensão imposta pelo PMDB que iniciou processo de expulsão do gestor de Salvador. Ao mesmo tempo, João Henrique entrou com pedido de autorização para deixar o partido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Uma das questões que provocou o rompimento entre João Henrique e o PMDB foi a substituição do secretariado no início deste ano, mas o prefeito está contente com as mudanças. "É o secretariado mais eficiente, a equipe mais afiada, tem uma interação muito melhor do que tivemos em todo o governo", elogia.
Na Câmara de Vereadores, há rumores da possibilidade de pedir o "impeachment" do gestor de Salvador. A opinião sobre a gestão atual também não é boa entre os servidores. Trabalhadores de diversos setores reclamam de atrasos nos salários e pedem o afastamento do prefeito.
Em novembro de 2010, o vice-prefeito Edvaldo Brito disse que a crise financeira de Salvador é consequência de "problema de gestão", em crítica direta ao prefeito. (As informações do A Tarde)
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