O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez nesta terça-feira, 4, a mais enfática defesa do salário mínimo de R$ 540, definido pelo governo por Medida Provisória que ainda será examinada pelo Congresso Nacional. "Se vier algo diferente disso, vamos simplesmente vetar", disse Mantega, em entrevista coletiva.
Ele argumentou que o valor definido está em um patamar que preserva o equilíbrio das contas públicas e a coerência da política fiscal. "Um aumento acima disso pode provocar expectativas negativas, até mesmo de inflação", afirmou o ministro, explicando que um valor maior elevaria os gastos com a Previdência e deterioraria as contas públicas. "É temerário, neste momento, um mínimo acima de R$ 540", disse.
Mantega lembrou que os R$ 540 são resultado da política de valorização do piso salarial do País implementada nos últimos anos - que prevê a correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Segundo ele, essa política permitiu uma grande valorização do mínimo nos últimos anos e tem dado certo. "Se não cumprir agora essa política, vira brincadeira", afirmou. (As informações da Agência Estado)
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