Os lojistas soteropolitanos já começam a sentir os transtornos após uma semana de greve dos vigilantes na Bahia. A paralisação da categoria obrigou as agências bancárias a fecharem as portas, já que não podem funcionar sem ao menos dois profissionais de segurança de acordo com a lei 7.102/83 e gerou dificuldades para os lojistas realizarem transações financeiras.
Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas, Paulo Motta, os donos de lojas ainda não reclamam da queda nas vendas. No entanto, a questão operacional tem sido um grande problema essa semana. "Temos dificuldades para realizar depósitos. As agências [bancárias] não estão recebendo. Há um custo de táxi, de pessoas e um transtorno maior com os valores", explica.
Outra preocupação dos lojistas tem sido com a violência na cidade, segundo Motta. A utilização dos caixas eletrônicos, único recurso dos bancos que está disponível para o público neste período de greve, oferece riscos como o de saidinhas bancárias.
Com o início de mês, os lojistas se preparam para o pagamento dos salários dos funcionários, que também dependem da operação nos bancos. "Nessa época tem o pagamento da folha. Há empresas que pagam diretamente do caixa, mas outras não", pontua o presidente do Sindlojas.
Liquida Salvador 2013 - As vendas da Liquida Salvador 2013, evento do varejo baiano promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), que iniciou nesta quinta-feira, 28, e se estende até o dia 10 de março, não estão ameaçadas, segundo Motta. "De maneira global, a greve pode impactar na Liquida Salvador, por conta das questões operacionais, mas quanto as vendas não", diz.
De acordo com ele, as vendas realizadas em dinheiro já têm sido bem reduzidas por conta do estímulo ao uso do cartão de crédito ou débito para evitar assaltos. Motta admite apenas que poderá haver uma queda pontual nas vendas em espécie, já que "aquela venda daquele cliente que só paga compras em dinheiro vai ser perdida", explica. (As informações do A Tarde)
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