A Operação Inundare, deflagrada nesta quinta-feira, 28, pela Polícia Federal (PF) em Ilhéus (a 446 km de Salvador), no sul da Bahia, investiga denúncia de irregularidades na aplicação de verbas federais de R$ 10 milhões, provenientes do Ministério da Integração Nacional, no ano de 2010, durante a gestão do prefeito Newton Lima.
Segundo a PF, as investigações começaram em 2012, e nesta quinta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de dois ex-secretários, funcionários da prefeitura e empreiteiros. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Durante a operação, foram apreendidos R$ 21 mil, 20 euros, 1,1 mil dólares e duas armas ilegais.
Quanto ao montante desviado, a Polícia Federal estima em, pelo menos, R$ 400 mil. Os recursos eram destinados à realização de obras de dragagem, contenção de encostas, recuperação de drenagens e pavimentação asfáltica na cidade.
Os contratos, que tiveram vigência entre 2010 e 2011, foram firmados com as empresas MFP Construtora Ltda e Casaprópria - Comercial para Construção e Construtora Ltda.
Durante uma entrevista coletiva, no final da manhã desta quinta, o delegado federal Mário Vinícius disse que as empresas contratadas para realizar as obras terceirizaram os serviços, o que é ilegal. Um dos empresários subcontratados fez a denúncia quando recebeu valores da prefeitura acima daqueles que foram pactuados. Ele deveria receber R$ 68 mil, mas o repasse foi de R$ 442 mil.
A operação da Polícia Federal atendeu determinação da juíza federal substituta, Karine Costa Carlos Rhen da Silva, em cumprimento a um pedido de investigação do Ministério Público Federal. (As informações do A Tarde)
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