Durante a semana, o capitão Tiago admitiu que a vaga à final do Baianão já estava virtualmente certa após o 3 a 0 sobre o Fluminense, em Feira, na ida. Porém, afirmou que uma boa atuação no duelo de volta seria fundamental para ganhar confiança visando à iminente série de partidas decisivas.
A classificação veio, é claro, e com triunfo por 1 a 0 sobre o Flu, neste sábado, 22, na Fonte Nova. O bom desempenho, entretanto, passou longe. Como na maior parte de seus jogos, o Bahia mostrou-se um time sem alma, com pouca ou nenhuma empatia com o torcedor.
E é assim que o Tricolor chega para os dois Ba-Vis decisivos da semifinal da Copa do Nordeste, na próxima quinta, 27, e domingo, 30. Depois, é provável que haja mais dois clássicos, nos dias 3 e 7 de maio, caso o rival confirme neste domingo, 23, o favoritismo contra o Bode e também avance à final do Baiano.
Caminho facilitado - Se já estava praticamente resolvido antes de começar, o jogo se ofereceu de bandeja para o Bahia depois da expulsão do lateral Edson, do Touro, logo aos 29 minutos do primeiro tempo. Antes disso, o time tocava a bola de forma tranquila, mas pouco criava. Só havia levado perigo de fato em cobrança de falta de Juninho bem defendida por Jair.
Aí veio o lance no qual Edson atingiu Renê Júnior com o pé e o braço. Ele recebeu o cartão vermelho diretamente, deixou o Flu com um a menos e abriu caminho para mais um triunfo do Esquadrão. Hernane abriu o placar rapidamente, dois minutos depois. Ele recebeu bom passe de Zé Rafael – jogando em sua posição de origem, como meia centralizado no lugar do suspenso Régis – e chutou no canto após girar bonito.
Por detalhes o Tricolor da capital não foi para o intervalo com o placar ainda mais confortável. Aos 34, Edigar Junio cruzou e Alexandre quase fez contra. Sete minutos mais tarde, o próprio Edigar finalizou, depois de receber cruzamento preciso de Allione, mas desperdiçou a chance ao pegar de primeira sem capricho.
O Flu foi para a etapa complementar ainda sentindo a revolta por ter considerado injusta a expulsão de Edson. “O cara não fez p... nenhuma! A gente é pai de família, não pode ser roubado assim”, bradou o atacante Janeudo antes da descida para o vestiário.
Ao Bahia restava aproveitar a superioridade numérica e o destempero do rival. Entretanto, a equipe não conseguiu encontrar motivação suficiente para fazer uma boa partida e agradar aos pouco menos de 7 mil pagantes que gostariam de ter visto uma partida melhor na Fonte Nova.
Com lances de clara displicência de atletas como o meia argentino Allione, o Esquadrão encarou o segundo tempo de maneira protocolar. O melhor lance foi uma cabeçada de Feijão na trave aos 28. O desempenho rendeu vaias de parte da torcida – a maior parte delas direcionada ao lateral Armero, que não foi pior que a maioria dos demais – e preocupação para os jogos decisivos que se aproximam. (As informações do A Tarde)
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