O diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), João Carlos Cruz de Oliveira, revelou nesta quarta-feira (26) que será necessário demolir o casarão da Ladeira da Soledade que desabou matando três pessoas, na segunda-feira, e a casa que foi atingida pelos destroços do imóvel.
“Fechamos um parecer técnico sobre a necessidade de demolir o imóvel 144 (casa da família que foi vitimada). Na casa 146, devido ao estado de abandono, nós estamos indicando pela demolição com cuidado, no sentido de evitar que o imóvel de número 148 seja atingido”, disse o gestor em contato com o CORREIO.
O laudo indicando a intervenção que deve ser feita nos imóveis na Ladeira da Soledade será entregue no início da manhã desta quinta-feira (27), segundo assegura o diretor do órgão estadual. O documento será enviado pouco mais de dois dias depois da tragédia. A Ladeira da Soledade, importante via de ligação para quem precisa circular na região, continua interditada.
Tragédia - Três pessoas da mesma família morreram após parte de um casarão desabar sobre um imóvel, na noite desta segunda-feira (24), no bairro da Soledade, em Salvador. Conforme informações do Corpo de Bombeiros, um pai e dois filhos não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
José Prospério Deminco, de 73 anos - que tinha tido dois AVCs recentemente - e seus filhos Ana Paula Carreiro Deminco, 37, e Paulo Ricardo Carreiro Deminco, 44, morreram ainda no local. Segundo vizinhos, Ana Paula havia se mudado para a casa do pai depois que ele sofreu os AVCs e que a mãe morreu há 30 dias. Outras duas pessoas foram socorridas para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas já foram liberadas. Simone Carreiro Deminco, de 37 anos, que era filha de José, e seu filho de 13 anos estão na casa de parentes.
O diretor geral da Codesal, Gustavo Ferraz, afirmou que o acidente pode ter sido causado por uma obra irregular feita por um vizinho da família em um casarão que é tombado pelo Ipac. ““A prefeitura já está tomando todas as providências e prestando todo apoio à família. Uma casa será alugada para colocar Simone e filho. Ela já foi na delegacia e prestou queixa para encontrar o proprietário do imóvel. A família foi uma vítima de uma provável irresponsabilidade de um vizinho que fazia uma obra no telhado sem autorização”.
Em nota, a prefeitura informou que “o imóvel que desabou já tinha sido vistoriado pela Defesa Civil, que havia alertado aos moradores para deixarem o local e determinado ao responsável escoramento ou restauração com urgência”. O imóvel afetado fica ao lado do Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, que também teve escombros jogados para dentro da área do fundo. De acordo com informações da Central de Polícia, moradores da localidade informaram que um barulho, que se assemelhava a uma explosão, foi ouvido por volta de 22h. Essa não é a primeira tragédia que acontece na rua envolvendo um casarão. Há 7 anos uma pessoa morreu na queda de outro imóvel. (As informações do Correio)
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