Na maré contrária do game que vem sendo notícia por disseminar o medo entre pais de crianças e adolescentes, um designer e uma publicitária do estado de São Paulo tomaram uma atitude que busca espalhar a cooperação e a alegria entre as pessoas.
Criado há pouco mais de uma semana, o site Baleia Rosa apresenta 50 tarefas do bem que precisam ser cumpridas e compartilhadas nas redes sociais. Missões como conversar com alguém que você não fala há muito tempo, dar bom dia, agradecer e ser gentil com todas as pessoas que te cercam e ser você mesmo são algumas tarefas.
Em entrevista ao CORREIO, um dos idealizadores da página, que não quis se identificar, contou que o site surgiu como um contraponto ao ‘jogo’ Baleia Azul. “Já que aquele jogo está trazendo tantas notícias ruins, resolvemos fazer algo que fosse justamente o contrário disso. Porque acreditamos que essa seria a melhor forma de abafar a história”, contou.
Oito dias após entrar no ar, a página do Facebook do Baleia Rosa já acumulava mais de 200 mil seguidores e outros milhares de pedidos de ajuda. “Em apenas 24 horas, aumentamos 140 mil pessoas. Um dia, quando acordei, já tinham 2 mil mensagens no inbox e muitas delas eram pedidos de ajuda”, contou o publicitário responsável.
Por conta desse grande número de seguidores em busca de socorro, os criadores do site preferiram o anonimato. “Não queremos personificar o personagem Baleia Rosa para evitar que as pessoas sintam qualquer tipo de constrangimento ao nos procurar”, explica.
A demanda exigiu dos criadores ajuda de especialistas. Uma psicóloga amiga dos idealizadores está respondendo àquelas pessoas que estão passando por problemas mais graves por conta do game Baleia Azul.
“São pessoas que dizem já terem se mutilado, que estão com medo de morrer e que querem abandonar o jogo”, disse o publicitário. Outros casos ainda estão sendo encaminhados para o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Além do site, o Baleia Rosa está presente em redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram e ainda possui uma playlist no Spotify. Como todo o trabalho de manutenção do site e das redes é voluntário, os idealizadores estudam a possibilidade de, em breve, lançar produtos com a marca Baleia Rosa cujas vendas serão revertidas para o movimento. (As informações do Correio)
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