Dez pessoas foram presas em flagrante, nesta quinta-feira, 17, na Bahia, durante a segunda fase da Operação Luz na Infância, de combate à pedofilia, que aconteceu também em outros 23 estados e no Distrito Federal (DF). Do total de prisões no estado, sete foram feitas pela Polícia Civil baiana: quatro em Salvador, uma na Ilha de Itaparica e duas em Camaçari. As outras três prisões no estado foram efetuadas pela Polícia Federal.
Segundo a delegada Fernanda Porfírio, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), junto com os detidos foram apreendidos computadores, celulares e mídias que continham vasto material de exploração sexual infantil. “As equipes foram formadas por um delegado, três agentes e um técnico de informática, para não falarem que o material foi plantado”, disse a delegada.
Na capital, os policiais civis estiveram em 14 bairros. Em um edifício no Conjunto Parque Júlio César, na Pituba, os agentes foram ao 18° andar, onde mora um casal de idosos. “Foram encontrados pouco mais de 100 conteúdos de material pornográfico. Tudo será periciado para saber se tem algo envolvendo crianças”, disse uma policial. Ainda de acordo com ela, o que levou a polícia ao local foi o fato de existir inquérito na Dercca que investiga o casal.
Força tarefa nacional
A operação foi a maior ação integrada de policiais contra a exploração sexual infantil no país. Ao todo, 251 pessoas foram presas em flagrante em todo o Brasil. Apesar de comemorar o sucesso da iniciativa, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, admitiu a necessidade de punição rígida para crimes de pedofilia.
A operação envolveu 2,6 mil policiais civis e a Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que monitorou os suspeitos nos últimos quatro meses. Ao todo, foram 579 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, houve pessoas flagradas com cerca de 200 mil arquivos contendo vídeos com abusos contra crianças e adolescentes.
Alessandro Barreto, coordenador de contrainteligência da Diretoria de Inteligência da Senasp, destacou a detenção de homens e mulheres “acima de qualquer suspeita” e com diferentes perfis, incluindo educadores, advogados, profissionais de saúde e servidores públicos”.
A faixa etária também varia desde 20 anos até idosos - um deles chegou a ser levado à delegacia em São Paulo por uma cuidadora. No estado, foram cumpridos 166 mandados de busca e houve pelo menos 30 prisões.
Parte dos suspeitos já havia sido detida anteriormente pelo mesmo tipo de crime. Entre eles, há o caso de um técnico de enfermagem que foi alvo da Operação Peter Pan, em São Paulo. Há ainda acusados presos na primeira fase da operação Luz na Infância que pagaram fiança, continuaram acessando sites e distribuindo imagens de abusos infantis.
Segundo o Código Penal, é crime a relação sexual ou o ato libidinoso praticado por adulto com crianças ou adolescente de até 14 anos. Prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pena de distribuição de imagens de abuso sexual de crianças ou adolescentes é de 3 a 6 anos. (As informações das Agências)
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