sábado, 16 de junho de 2018

FOGOS DE ARTIFÍCIO JÁ COMEÇAM A SER VENDIDOS EM SALVADOR

Ele nem espera a mãe, Tayná Martins, finalizar as compras. Enquanto a empresária decide com a vendedora o que será comprado, José Melo, discretamente, segura a caixa de estalinhos nas mãos e vai se preparando para lançar seu primeiro traque. Com 4 anos, o menino faz parte do grupo de pessoas que mantém viva a tradição junina. E em Salvador, basta ir até a Alameda Dilton Jatahy Fonseca, em Stella Maris, para montar seu estoque de fogos.

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), autorizou a comercialização dos fogos de artifício na capital baiana. A licença foi concedida para a montagem de 14 barracas, que ocupam uma área de aproximadamente 560 metros quadrados.

Ritual sagrado
Tayná Martins conta que, desde que José nasceu, comprar fogos é um ritual sacro, que ela cumpre diversas vezes durante o mês de junho. "Tô vindo hoje, mas semana que vem já venho de novo para comprar mais. Se bobear, até duas vezes" comenta ela, destacando que as compras do dia são só para a festinha do condomínio. Até o fim da festança, a empresária garante que desembolsa cerca de R$ 200 com a tradição.

Questionada sobre as comemorações para a Copa, ela deixa claro que não está muito interessada. "É tudo pro São João, não tô fazendo nada pra Copa, nem tchum", confessa.

O turismólogo Ricardo Soares também compartilha do mesmo posicionamento e garante que não vai soltar nem uma chuvinha sequer para a Seleção. A economia, no entanto, acaba aí. Acompanhado da filha Maria Clara, 5, ele confessa que compra um pouco de tudo. "Nem é só pra ela, eu gosto muito também", declara ele, que fechou a conta em quase R$ 300.

Movimento bom
A vendedora Leidiane Santos, da barraca Atacado Caramuru, não para um minuto sequer. Se desdobra em mil - e isso passa longe de qualquer sinal de reclamação. "A galera veio em peso hoje, o movimento tá ótimo", comenta a moça, que está trabalhando no ramo pela primeira vez. Quem é mais experiente, concorda.

Empacotador há três anos, Flodoaldo Leandro, conhecido como Flor, também comemora o bom movimento e acredita que a tendência, a partir deste fim de semana, é que as vendas sejam intensificadas. Sobre os preços, o senhor de 57 anos garante que não aumentaram muito do ano passado pra cá. "Tá um pouquinho mais caro, mas é besteira. Quase o mesmo preço" assegura Flor.

Os fogos preferidos:

Chuvinha R$ 18 a caixa (10 unidades)
Estalo R$ 20 o pacote (20 caixas, contendo 20 traques cada)
Candela R$ 20 o pacote (12 unidades)
Mamadeira 12x1 R$ 20 a caixa (6 unidades)
Abelinha R$ 3 a caixa (12 unidades)
Vulcão R$ 20 a caixa (2 unidades)
Vulcão Tiziu R$ 25 a caixa (12 unidades)
Mariposa R$ 6 (12 unidades)
Bombinha R$ 20 a caixa
Granada R$ 15 (10 unidades)

Quem quiser comprar fogos, tem até o início do mês que vem. O funcionamento está autorizado até o dia 2 de julho, das 10h às 20h. (As informações do Correio)

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