O governo da Bahia já empenhou, nos últimos 20 anos, ao menos R$ 2,8 milhões para manter dois ferryboats sucateados no porto da Marina Aratu, em Simões Filho. A empresa confirmou ao Bahia Notícias que as embarcações estão em estado crítico e, em média, custam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês para ficarem no local. No entanto, a administração estadual informou que o custo é de R$ 11,7 mil mensais, ao todo. Anualmente, o gasto público, conforme o governo, é de R$ 140,4 mil.
O primeiro ferryboat a atracar no porto de Aratu foi em 1998, há 20 anos. A outra embarcação atracada chegou ao porto em 2013 com a promessa de uma reforma na Base Naval de Aratu, que poderia criar condições para receber o barco. A reforma nunca aconteceu e os dois ferryboats já criaram uma despesa de R$ 2,808 milhões só para ficar parados.
Se levar em consideração os gastos para “estacionar” os barcos ainda sem destino, o governo poderia bancar ao menos 560 mil passagens em dia de semana para a população que utiliza o sistema ferryboat no estado – visto que cada bilhete, de segunda a sexta, custa R$ 5.
LEILÃO
Após questionamentos do BN sobre o uso das embarcações na “sucata”, por meio de nota, o governo informou que “vai leiloar o ferry boat Mont Serrat e o Ipuaçu nos próximos meses”. A decisão, de acordo com o Executivo estadual, foi tomada na tarde da última sexta-feira (10), em reunião realizada entre as secretarias da Infraestrutura e da Administração, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). “Alcançando os órgãos estaduais uma solução para viabilizar a venda das embarcações", diz um trecho da nota. (As informações do BN)
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