A cada partida que passa, fica mais difícil para o torcedor do Bahia acertar com qual escalação o time entrará em campo. Seja por lesões, suspensões ou simplesmente por escolha do técnico Sérgio Soares, o Tricolor tem estado em constante mutação ao longo deste segundo semestre. Nesta terça-feira, 28, às 19h30, diante do Santa Cruz, em Recife, o Esquadrão vai para a sua 19ª partida desde que a Série B começou com o seu 19º time diferente. Isso mesmo: o Bahia não conseguiu até agora repetir uma escalação sequer, seja em duelos seguidos ou em confrontos intercalados. A situação é muito diferente da do 1º semestre, quando o treinador conseguiu montar um time-base com três meias (Pittoni, Souza e Tiago Real) e três atacantes (Maxi, Kieza e Léo Gamalho), e só o alterava quando tinha desfalques ou jogadores poupados.
A equipe jé estreou contra o Coelho sem o então titular Gamalho e sem Souza, poupado. Já naquela partida, Kieza se machucou e só voltou sete jogos depois. O primeiro confronto em que o comandante teve todos os considerados titulares à disposição foi o Ba-Vi, já pela 10ª rodada, quando utilizou um esquema igual ao do começo da temporada. Foram 57 mudanças de uma escalação para a outra ao longo de 18 jogos, o que dá uma média de pouco mais de três alterações por confronto. Vale lembrar que, nessa conta, há o jogo de ida contra o Luverdense, pela Copa do Brasil, no qual o comandante montou um time cheio de reservas.
Sem base - A prova de que Soares não encontrou um time-base nessa nova etapa é que o técnico mexeu em setores mesmo quando não tinha desfalques. Foi o caso dos últimos três jogos. Após duelo com o Paysandu pela Copa do Brasil, há 15 dias, trocou Gustavo Blanco por Pittoni para a partida diante do Criciúma, pela Série B. Naquele confronto, o time atuou num 4-4-2, com Eduardo no meio. No jogo seguinte, o de volta contra Papão, ele manteve Pittoni, mas, sem Eduardo, que não podia jogar a Copa do Brasil, trocou o 4-4-2 por um 4-3-3, com a entrada de Alexandro no ataque. No duelo do último sábado, contra o Botafogo, manteve o atacante e o esquema, mas tirou Pittoni para o retorno de Souza.
Nesta terça, mais uma vez, o time será diferente por conta de desfalques e por escolha do técnico. Eduardo volta ao meio após as atuações ruins de Alexandro. Thales retorna à zaga no lugar de Robson, suspenso com três cartões amarelos. Não para por aí: titular dos dois últimos jogos após ficar três anos sem jogar, Ávine será poupado por conta de desgaste muscular. Marlon vai jogar na lateral esquerda.
Após dez anos - Clubes de massa, tricolores e nordestinos, Santa Cruz e Bahia têm muito em comum, inclusive as dificuldades vividas nos últimos dez anos, quando passaram pelas divisões mais baixas do Brasileirão. Por conta dessas dificuldades, Santinha e Esquadrão passaram dez anos sem se encontrar no Campeonato Brasileiro. A última partida entre os dois aconteceu em 2005, justamente pela Série B. O Tricolor baiano foi goleado pelo de Pernambuco por 4 a 2 em plena Fonte Nova, no dia 10 de junho, pela 8ª rodada.
O Bahia se deu mal naquele ano, caindo para a Terceirona, enquanto o Santa conseguiu o acesso à Série A. Na passagem de 2007 para 2008, os times trocaram de nível: o pernambucano caiu para a C enquanto o baiano voltou para a B. O Santa afundaria mais, ficando por três anos na Série D. Voltou para a Segundona apenas no ano passado. (As informações do A Tarde)
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