A conclusão das obras da usina nuclear Angra 3 pode ser adiada mais uma vez, mas não por conta do envolvimento da Eletronuclear com as investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a Folha de S. Paulo, a usina só deverá entrar em operação em 2018, com três anos de atraso em relação ao cronograma inicial, e deve custar R$ 15 bilhões – isso depois de ficar parada por 25 anos. Mesmo assim a estatal estaria satisfeita com o ritmo das obras.
Nesta terça-feira (28), o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso, acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina ligada à construção da usina. A estatal não quis se pronunciar sobre potenciais efeitos da investigação na empresa. A publicação lembra ainda que sete das 10 maiores obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) passaram a ser alvo de investigações da Lava Jato: Angra 3, a usina de Belo Monte, no Pará, Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), as refinarias Abreu e Lima (PE), Getúlio Vargas (PR) e Premium 1 (MA) e contratos para fornecimentos de navios-sondas para o pré-sal.
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