quarta-feira, 29 de julho de 2015

RUI PEDE QUE PARLAMENTARES NÃO APOIEM O 'QUANTO PIOR MELHOR'

O governador Rui Costa (PT) pediu "bom senso", nesta terça-feira, 28, aos integrantes do Congresso Nacional para que eles não aprovem matérias prejudiciais ao país neste momento de crise. Ele discursou na solenidade de assinatura de convênios entre o governo estadual e dez consórcios municipais, que receberão equipamentos e pessoal do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), extinto com a reforma administrativa no início do ano.

Rui aproveitou a presença de vários deputados federais, como o coordenador da bancada baiana, José Carlos Araújo (PSD), Antônio Britto (PTB) e Afonso Florence (PT), para defender a presidente Dilma Rousseff, com quem terá um encontro, junto com outros governadores, nesta quinta, 29. "A política do quanto pior melhor só vai levar o país ao caminho que nenhum de nós quer. Quando se aprovam coisas na Câmara e Senado com viés excessivamente político numa tentativa de derrotar ou desgastar o governo, mas que leva o Brasil para um caminho ruim, nós estamos prejudicando a população".

Conforme ele, o país precisa da "responsabilidade de todos". Lembrou que a população está observando cada ato do parlamentar. "Quem se mostrar mais sereno e cuidadoso com a vida do brasileiro, acho que estará ganhando pontos, independentemente da posição política, pois cada um terá seu candidato em 2016 e 2018. Acho que não podemos afundar o país para tentar ser um dos poucos sobreviventes", disse, classificando de "tentativa desesperada de alguns de eventualmente alcançar o poder, querer destruir o país para ver se consegue chegar mais rápido ao poder".

O governador mostrou-se preocupado com a votação de projetos no Congresso que impacte as contas públicas. Citou o aumento dos servidores do Judiciário de 78,5% que passou no Senado. Conforme Rui, os servidores do Judiciário ganham bem mais que os do Executivo. "Na Bahia, o servidor do Judiciário recebe 2,6 vezes a mais do que quem trabalha no Executivo. Se nós queremos justiça, não é aumentando a distância de um para outro que vamos conseguir isso".

Saúde - Na entrevista, antes do evento, o governador defendeu a presidente Dilma devido às chamadas "pedaladas fiscais" apontadas pelo Tribunal de Contas da União. "Até onde eu sei - estava conversando recentemente com o (Jorge) Hereda, que foi presidente da Caixa Econômica Federal - , ele me informou que o que foi feito agora, historicamente a Caixa e o Banco do Brasil sempre fizeram com todos os governos e o Tribunal nunca destacou isso. O que eu percebo é que, como a crise política é muito forte, tudo está sendo tratado de forma midiática e se abandonando quaisquer aspecto técnico e tudo vira manchete do jornal. Acho que é um assunto técnico, que no passado tenha sido só recomendação ao Executivo para corrigir vários pontos e agora ganha uma outra conotação porque existe um ambiente tenso", declarou. A presidente Dilma deve visitar a Bahia na primeira semana de agosto dentro de sua agenda positiva.

Defesa de secretário - O governador aproveitou o discurso elogioso à parceria com as prefeituras no caso do Derba para fazer defender o novo modelo que o secretário da Saúde Fábio Vilas-Boas tenta implantar e que enfrenta críticas dos servidores da área. Disse que vai enviar, na segunda, para a Assembleia, o projeto que propõe a criação de consórcios para a instalação de 11 policlínicas no interior, em parceria com prefeituras. "O melhor conceito é aproveitar os equipamentos que existem (nos hospitais), dá um uso regional ou microrregional a eles e, portanto, dividir os custos e diminuir o peso que cada um tem que carregar", disse. (As informações do A Tarde)

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