quinta-feira, 20 de abril de 2017

DELAÇÕES APONTAM QUE COMPRA DE MPs CONTINUOU MESMO APÓS A LAVA JATO

Os depoimentos de ex-executivos da Odebrecht apontam que de 2005 a 2015, a empresa pagou propina, fez contribuições oficiais ou por meio de caixa dois com o objetivo de influenciar atos do Legislativo e do Executivo. Na maior parte dos casos, eles intencionavam a aprovação de medidas provisórias (MPs). Assim, fica evidente que os últimos acordos entre políticos e empresários aconteceram já com a Operação Lava Jato em curso – a operação foi deflagrada ainda em 2014. Por exemplo, o ex-diretor Claudio Melo Filho contou que fez doações para o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), na campanha de 2014, tendo como contrapartida "o forte apoio [de seu pai, o senador Renan Calheiros] à renovação dos contratos de energia, que culminou na edição" do texto. A matéria, em questão é a MP 677, de 2015, que prorrogou contratos de energia de grandes indústrias no Nordeste.

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