sábado, 30 de dezembro de 2017

APÓS ANO DE DIFICULDADES, YPIRANGA E GALÍCIA SONHAM COM 2018

Os clubes mais tradicionais do estado depois da dupla Ba-Vi tiveram um 2017 para esquecer. O Ypiranga quase fechou as portas após uma parceria malfadada, enquanto o Galícia, lanterna do último Baiano, teve que tirar seu time de três competições por causa de uma disputa política.

Apesar das dificuldades, as agremiações sonham com um 2018 positivo. O caso do aurinegro é o mais preocupante. Com um novo presidente empossado no dia 16 de dezembro, o Ypiranga alegou não ter tido condições de se inscrever nem na Série B do Baiano, que começa em 3 de março. O desafio para o presidente Waldemar Filho será organizar o Ypiranga, que no início deste ano assinou com 23 jogadores sub-20, todos por cinco anos.

Ele conta que, aos poucos, o Mais Querido vem conseguindo a rescisão dos contratos. “A partir de janeiro vou começar a resolver isso. Eu recebi o Ypiranga numa situação lamentável, pior do que em 2009. Lá, era uma coisa pontual. Agora não, os efeitos são retardados, a toda hora aparecem cobranças e problemas”, conta Waldemar, que já havia ocupado o cargo e volta após o fim do mandato do ex-goleiro Emerson Ferretti.

Comandado pelo ex-jogador Paulo Isidoro, o time sub-20 foi eliminado ainda na primeira fase do estadual. Sem poder usar a Vila Canária, terminou a competição treinando no Fazendão, graças à ajuda do Bahia. Em fevereiro, o então presidente Emerson Ferretti acertou uma parceria com um suposto grupo de empresários e passou a gestão do futebol para João Vicente da Silva, representante dos investidores.

Além dos atletas do sub-20, o gestor montou um time profissional para a segunda divisão, que ficaria sob o comando do técnico Roberto Gaúcho. Sem receber os investimentos prometidos, Ferretti desistiu de assinar os vínculos dos atletas profissionais, evitando prejuízo maior. A equipe desistiu da Série B do Baiano e perdeu todas as partidas por W.O.

O novo presidente quer ver o time de volta aos gramados no segundo semestre de 2018: “Tenho conversado muito com a Jacuipense e com Newton Mota, porque eles têm muitos jogadores de futuro nos projetos deles. Temos probabilidade de 90% de fechar parceria. Queremos disputar todas as competições de base do estado no segundo semestre”, conta Waldemar.

Galícia em disputa
No Galícia, os problemas começaram em outubro de 2016, quando o presidente Darío Rêgo foi deposto pelo Conselho Deliberativo. Sob o comando de Manolo Muiños e ainda em meio às discussões políticas, o azulino fez campanha aterrorizante no Baiano, com apenas um ponto em dez jogos. Acabou rebaixado.

Em julho, Rêgo conseguiu na Justiça liminar para retornar ao cargo. Àquela altura, o clube havia montado equipes para os estaduais sub-15, sub-17 e feminino. Devido à insegurança judicial, desistiu das três competições e perdeu todas as partidas por W.O. Os atletas – que tinham vínculos amadores –, mesmo sem jogos a fazer, seguiram treinando no Parque Santiago.

Em setembro, o Conselho tornou a retirar Rêgo da presidência e eleger Muiños. O atual presidente reconhece que a alternância no cargo minou a credibilidade do Galícia. “Foi um ano em que não tínhamos como focar em nada, toda hora surgia uma nova decisão jurídica. Isso não serve como desculpa para a campanha horrível que fizemos no Baianão, mas não dá para fazer um bom trabalho. Você conversa com um investidor e ele vê na mídia essas notícias...”.

Muiños assegura que a disputa teve fim e que o planejamento para 2018 começou. O time profissional está inscrito na segundona e se apresentará no dia 10 de janeiro. “A gente começou o trabalho em agosto, quando acertamos com o técnico Sérgio Veloso. Temos um grupo sub-23 que vinha treinando. Agora vamos trazer algumas peças para encaixar o time e buscar o acesso”. (As informações do Correio)

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