Enquanto o futuro ministro da Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), falava com jornalistas no salão verde da Câmara dos Deputados, manifestantes gritavam "se votar não volta", em referência a uma articulação da oposição para pressionar os deputados a votarem contra a Reforma da Previdência, sob o risco de não serem reeleitos em 2018.
Marun, que teve a posse marcada inicialmente para esta sexta-feira, 15, por conta da alta médica adiada do presidente Michel Temer, ficou claramente incomodado com o protesto. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do RS (SINPRF/RS), Maicon Nachtigall, o futuro ministro pediu para que cartazes contra a Reforma e com dizeres "Fora Temer" fossem retirados durante sua fala e saiu sem olhar para a aglomeração de descontentes, que seguravam cruzes pretas como uma forma simbólica de "enterrar" a Reforma.
"O ato foi simbólico aqui no Congresso Nacional, em defesa dos trabalhadores brasileiros, porque nós não somos culpados pela má gestão do país e pelo falso rombo das contas públicas", explicou Nachtigall. Por seu lado, Carlos Marun ressaltou a importância da Reforma, ao concordar que o mercado reagiu mal frente à fala do líder do governo no Senado, Romero Jucá, de que ficaria para o próximo ano a votação das mudanças nas regras da aposentadoria dos brasileiros.
Ainda assim, o futuro ministro ponderou que o governo não "jogou a toalha", mas sabe que "não é costumeiro votar uma PEC tão polêmica na última semana antes do recesso". O trabalho dos parlamentares segue até dia 22 de dezembro. Depois, oficialmente, começa o recesso. (As informações do A Tarde)
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