A força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, está aprofundando as investigações sobre corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - caso emblemático da organização criminosa instalada na Petrobras, que seria gerado prejuízo de US$ 792 milhões segundo o Tribunal de Contas da União.
Perícias criminais, análises no material apreendido na 20ª fase - batizada de Operação Corrosão -, e o recebimento da delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo, são elementos que servirão para apontamento de que a organização criminosa, já condenada em contratos de obras de refinarias no Brasil, também seja imputada por crimes praticados no exterior, como a aquisição de Pasadena, nos Texas, em 2006.
Ex-executivo da Petrobras e membro do PT na época dos fatos, Delcídio admitiu em sua delação premiada que a compra da refinaria envolveu corrupção. Diz ter recebido US$ 1 milhão de propina, referente ao negócio, para pagar dívidas de campanha feitas em 2006. "De fato, recebeu US$ 1 milhão", relata o termo de delação número 12 de Delcídio. "Soube, posteriormente, que a origem desses recursos teria advindo de propinas pagas a partir da compra da Refinaria de Pasadena, no valor global de US$ 15 milhões."
Delcídio diz que solicitou o dinheiro para os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró (Internacional) e Renato Duque (Serviços). E que a operação contou ainda com a participação do operador de propinas Fernando "Baiano" Soares e de um amigo. (As informações do Estadão)
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