O deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), relator do Projeto de Lei do Congresso número 1, terminou de ler, na madrugada desta quarta-feira, 25, seu relatório favorável para a mudança da meta fiscal nos termos em que propõe o governo. O relator pediu apoio para a votação do tema e disse que o pedido para um déficit de R$ 170,5 bilhões é "justo e bom para o País".
Na avaliação do deputado, a nova equipe econômica, comandada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está fazendo um " esforço legítimo para restabelecer confiança" e não se pode ignorar as dificuldades financeiras que o País está enfrentando. "Nesse contexto acreditamos que a equipe econômica fará todos os esforços para permitir que déficit público tenha trajetória sustentável", afirmou antes de ressaltar que "o ajuste fiscal é necessário".
Ao ler seu parecer, o relator afirmou ter rejeitado as 15 emendas que foram apresentadas e justificou sua decisão frisando que preferiu apresentar um relatório com o mesmo teor do texto enviado pelo governo. Para justificar seu texto, Dagoberto disse ainda que chegou a conversar com o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa sobre o número enviado pela nova equipe econômica. "O número para chegar a R$ 170,5 bilhões é muito justo e o próprio Nelson Barbosa também entendeu que era justo, eu conversei com ele", afirmou.
Enquanto o deputado lia seu relatório favorável ao governo, deputados oposicionistas e aliados à presidente afastada Dilma Rousseff protestaram e pediram a saída do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, que retomou seu lugar no Senado e acompanha a discussão da nova meta fiscal sentado na Mesa Diretora ao lado do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Aos protestos, Jucá respondia com sorrisos e acenou com um "tchau" para a plateia de deputados e senadores. Enquanto isso, a deputada Maria do Rosário chegou a subir na tribuna para tentar obstruir mais uma vez a sessão e, com o dedo em riste, chamou os peemedebistas que estavam à mesa de "golpistas".
Com o início das discussões sobre a meta fiscal, o plenário do Congresso voltou a ficar cheio, após um esvaziamento na votação dos últimos vetos presidenciais. (As informações do Estadão)
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