Mais um passo histórico da reaproximação entre Cuba e Estados Unidos foi dado nesta segunda-feira. O primeiro cruzeiro entre os dois países chegou a Havana, destino inicial do navio Adonia. O cruzeiro tem 704 passageiros a bordo e marca a inauguração de uma linha de viagem entre EUA e Cuba.
A chegada do cruzeiro a Havana ocorre pouco mais de um mês depois da visita de Barack Obama à ilha, a primeira de um chefe de Estado norte-americano em exercício em 88 anos. Por isso, hoje, centenas de trabalhadores e transeuntes se reuniram para ver o cruzeiro ser puxado para dentro da doca. O Adonia vai ficar sete dias ao redor da ilha e, além de Havana, vai passar pelas cidades de Cienfuegos e Santiago de Cuba.
A Companhia Carnival, que é administradora da empresa que o cruzeiro faz parte, diz que o cruzeiro sairá de Miami com destino a Cuba duas vezes por mês e este circuito de sete dias custará US$ 1,8 mil por pessoa. As viagens incluem atividades de caráter cultural e educativo, como workshops sobre a história de Cuba no navio e tours históricos pelas cidades que o cruzeiro vai passar. Acredita-se que os cruzeiros norte-americanos vão levar para Cuba dezenas de milhões de dólares, caso o tráfego aumento conforme o esperado.
Mais de doze linhas de cruzeiros já anunciaram que tem planos para executar viagens entre EUA e Cuba. Se isso acontecer, Cuba pode ganhar mais de US$ 80 milhões por ano, de acordo com a Câmara de Comércio bilateral dos países. De acordo com John Kavulich, da Câmara de Comércio EUA-Cuba, a maior parte do dinheiro vai diretamente para o governo cubano. Ele estimou que as companhias vão pagar ao governo US$ 500 mil por cruzeiro, enquanto os passageiros gastam cerca de US$ 100 por pessoa em cada cidade que visitam. (As informações do Estadão)
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