O governo do Afeganistão confirmou neste domingo (22) a morte do líder do talibã mulá Akhtar Mansour. No sábado, o governo americano disse que “provavelmente” havia matado Mansour por meio de um ataque aéreo realizado por um drone na manhã de sábado na fronteira do Afeganistão e do Paquistão. Funcionário do governo afegão, Mullah Abdul Rauf afirmou a jornalistas que Mansour era a principal figura que impedia o Taleban de se juntar ao processo de pacificação do país. “Desde o dia em que ele assumiu o grupo, intensificou a violência contra cidadãos comuns, especialmente no Afeganistão”, disse.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou ontem que Mansour representava uma ameaça iminente e contínua para os americanos instalados no Afeganistão, civis afegãos, forças de segurança afegãs e membros de países da Otan. Com a reputação de pragmático, Akhtar Mansour assumiu o lugar do líder religioso Mohammed Omar em julho do ano passado, em um momento crucial para o futuro da milícia, em meio a negociações de paz com o governo do Afeganistão e à expansão da facção terrorista Estado Islâmico.
Na prática, Mansour já dirigia o Taleban desde a morte de Omar, em 2013. Mansour nasceu no início dos anos 60 na província de Kandahar, região afegã conhecida por atividades pastoris que foi berço da rebelião taleban que mais tarde governou o Afeganistão de 1996 até 2001, quando ocorreu a invasão dos EUA. Ele passou a maior parte de sua juventude no Paquistão. Durante o governo Taleban no Afeganistão, Mansour ocupou o cargo de ministro da Aviação Civil. Depois, respondeu por assuntos militares e políticos da milícia, trabalhando como braço-direito de Omar.
O comandante guerrilheiro afegão Sirajuddin Haqqani é apontado como um possível sucessor para Mansour. Uma recompensa de US$ 5 milhões é oferecida pela prisão de Haqqani, considerado pelas autoridades dos EUA e do Afeganistão como o comandante mais perigoso da insurgência talibã. (As informações do Correio)
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