Acostumado com tempos de paz, o Forte São Marcelo — que em quase 400 anos de fundação nunca foi atacado militarmente — está prestes a viver tempos de agitação, cinco anos após parar de receber visitantes. Isso porque, no mês que vem, a fortificação histórica, que funcionou um período como museu até ser fechada ao público, em 2011, terá a obra de restauração concluída pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no mês que vem.
Junto com a Igreja de São Domingos, no Terreiro de Jesus, ele será devolvido à população de Salvador, após as ações do programa PAC das Cidades Históricas, do governo federal. Foram mais de dois anos de intervenções e investimento de R$ 18,5 milhões nos dois espaços. A igreja já será reaberta ao público em meados do mês que vem. Já o São Marcelo, onde o CORREIO esteve ontem, numa visita exclusiva, deve se tornar um espaço cultural gerido pelo município.
“Após a conclusão da obra, pode ser passado para gestão da prefeitura, para que ela dê um conteúdo cultural que gere a sustentabilidade do forte”, afirmou o secretário municipal de Cultura e Turismo, Érico Mendonça. Ele, no entanto, não deu nenhuma pista do tipo de conteúdo que pode ser instalado no forte. “Temos algumas coisas em mente, mas não há definição. O equipamento deve ser passado para a prefeitura em novembro e a partir daí faremos um projeto”, concluiu Mendonça, que deve visitar o forte semana que vem.
Anteontem, o prefeito ACM Neto e a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, se reuniram para tratar do assunto. Ficou definido que Iphan e prefeitura voltarão a se reunir, em breve, para discutir o uso cultural do bem e para traçar o plano de gestão do monumento, no qual foram investidos R$ 7,5 milhões. (As informações do Coreio)
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