A esperança do Vitória para escapar da Série B tem nome e número: Marinho, camisa 7 rubro-negro. Sem seu melhor jogador, o time perdeu as últimas quatro partidas (Marinho se machucou com 35 minutos da primeira, quando empatava com o Grêmio em 0 a 0) sem marcar um único gol: 1 a 0 do Grêmio, 2 a 0 da Ponte Preta, 1 a 0 do Sport e 1 a 0 do Cruzeiro. O próximo jogo é sexta, no Maracanã, contra o Fluminense. A boa notícia é que Marinho, recuperado da lesão muscular na coxa esquerda, está de volta.
Porém, é difícil ter certeza que o retorno fará tanta diferença assim. Faltando somente seis rodadas, o Vitória, com 35 pontos, é o 17º colocado, na zona de rebaixamento. Complicou-se porque as últimas duas derrotas foram contra rivais diretos. A mais recente, no domingo, 23, no Barradão, fez o Cruzeiro ir a 41 pontos e praticamente sair da lista dos ameaçados.
A projeção aponta que a pontuação necessária para escapar da degola deve variar entre 43 e 46 pontos. De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, especializado em estatística esportiva, o time que fizer 43 pontos tem 48% de chance de salvação. O que fizer 46, tem 98%. Se quiser projetar a permanência na Série A com uma boa margem de segurança, o Vitória ainda precisa fazer mais 11 pontos em 18 a serem jogados. Seria um aproveitamento de 61,1%.
Na Série A, com Marinho em campo (excluindo-se o duelo com o Grêmio por ele só ter jogado um terço da partida), foram 24 pontos em 60 (20 partidas). Aproveitamento de 40%. Superior, é verdade, do que os 30,5% que o time teve sem o jogador (11 pontos em 36). Porém, inferior a qualquer necessidade do clube. Para alcançar os 43 pontos e torcer por uma combinação de resultados, o Leão precisa de mais oito. Um campanha mediana, que seria de duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O aproveitamento seria de 44,4%,
O técnico Argel Fucks, que assumiu a equipe há oito rodadas e possui três vitórias e cinco derrotas, se diz otimista. “Nossa equipe tem jogado bem, mas, nos últimos dois jogos, perdeu três pênaltis. Não é por falta de qualidade ou treino que está perdendo. Temos condições de conseguir resultados melhores”. Fernando Miguel, goleiro e capitão do time, emenda: “Marinho tem sido fundamental durante todo o ano. Foi uma grande baixa e será agora um grande reforço. Espero que volte no mesmo nível que saiu e consiga ser decisivo”.
Reta final - Até o fim do campeonato, o time visita Fluminense, Santos e Coritiba, e recebe Atlético-PR, Figueirense e Palmeiras, alternando sempre um jogo fora com um dentro de casa. No primeiro turno, com os mandos de campo invertidos, Marinho jogou cinco dessas seis partidas. Venceu uma (Coritiba), empatou duas (Fluminense e Atlético-PR) e perdeu duas (Figueirense e Palmeiras). Desta vez, a julgar pelo andar da carruagem, não pode mais se lesionar ou ser suspenso, e, em comparação com a série passada, ainda terá de garantir um triunfo no jogo a mais em que atuar. No primeiro turno, quando Marinho ficou de fora, o Rubro-Negro levou 3 a 2 do Santos no Barradão.
Em paralelo, ainda será preciso ‘secar’ os rivais. Outra alternativa vai ser contar com um Marinho constantemente inspirado e obter 10 ou 11 pontos pela frente (três vitórias e um ou dois empates). Vale lembrar que, antes da lesão de Marinho, o Vitória vinha de dois triunfos seguidos: 2 a 0 no São Paulo e 4 a 1 na Chapecoense. O camisa 7 marcou um gol e teve participação direta em outros quatro. Enfim, é jogar e torcer!
Desfalque e retornos - Além de Marinho, o Leão tem de volta o zagueiro Kanu e o volante Marcelo, que estavam suspensos. Por outro lado, para o jogo com o Flu, perde o atacante Zé Love, que levou o terceiro cartão amarelo. Nesta segunda-feira, 24, foi regenerativo. Nesta terça, 25, tem treino normal na Toca. (As informações do A Tarde)
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