O efeito da redução do preço da gasolina e diesel nas refinarias da Petrobras não foi notado nesta segunda-feira, 17, pelos consumidores que estiveram em boa parte dos postos de combustíveis no país. Em Minas Gerais, houve aumento de preços, devido à alta do etanol. A Petrobras anunciou na última sexta, 14, a redução do preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% nas refinarias. Esses preços entrariam em vigor a partir do último sábado.
Na Bahia e em outros 13 estados da federação, a diminuição do preço concedida às distribuidoras ainda não pode ser desfrutada pelos motoristas. Em visita a seis postos de Salvador, nesta segunda, nos bairros de Narandiba, Cabula e Pernambués, a reportagem de A TARDE verificou que não ocorreu diminuição dos valores praticados na semana passada.
Na Bahia - O presidente do Sindicato dos Combustíveis da Bahia, José Augusto Costa, explicou que nas compras de combustível realizadas pelos proprietários dos postos, as distribuidoras BR, Ypiranga e Shell não ofereceram redução nos preços. Segundo ele, a Petrobras foi questionada, mas não ofereceu explicações. José Augusto Costa disse, porém, que uma das causas é o fato do alto preço do etanol vendido no estado.
Entretanto, segundo o presidente do Sindicombustíveis-Ba, um sindicato de base estadual, não existe justificativa para o fato do diesel não ter sido revendido pelas distribuidoras desde esta segunda, com um valor menor, já que não tem mistura com combustível derivado da cana-de-açucar. “Esta questão dos preços é uma tendência de cadeia, Os postos apenas entregam os produtos”, justificou José Augusto Costa.
Segundo os distribuidores os postos de gasolina começariam a repassar a redução do preço da gasolina e diesel para as bombas a partir desta segunda. O percentual, no entanto, pode não ser necessariamente o mesmo, uma vez que o valor do combustível nas bombas é uma decisão de cada posto. Um dos sindicatos, da região de Campinas (SP), prevê inclusive um possível aumento nos preços puxado pela alta do etanol. O preço do etanol hidratado subiu em 18 capitais na semana encerrada em 15 de outubro.
Inflação - Nos últimos 12 meses até setembro, a gasolina subiu mais que a inflação. O aumento acumulado foi de 9,77%, maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 8,48%. Levantamento a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mostra que o preço médio mais caro do litro da gasolina na primeira semana de outubro era em Rio Branco, no Acre: R$ 4,085. O mais barato era em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul: R$ 3,296. A diferença de preços entre o mais alto e o mais baixo chega a 19,3%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário