sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PRISÃO CAUSOU PERPLEXIDADE, DIZ KASSAB

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), afirmou nesta quinta-feira, 20, que o mundo político encarou com perplexidade a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). Kassab disse ainda que a relação entre os governos federal e da Bahia está dentro da normalidade democrática, mesmo com o governador Rui Costa (PT) sendo opositor do presidente Michel Temer, e defendeu a PEC 241, que estabelece um teto dos gastos públicos.

Segundo ele, a prisão de Cunha “abalou as estruturas” do mundo político. “O Eduardo Cunha sempre foi um grande líder. Mas eu confio muito nas instituições, no Brasil, confio muito no futuro do país”, disse o ministro, que esteve nesta quinta em Salvador, no Senai Cimatec, para participar da Semana de Ciência e Tecnologia. Kassab, que foi também ministro da ex-presidente Dilma Rousseff, garantiu que não há problemas na relação com o governo da Bahia. “A relação com o governo da Bahia e com o governador está na mais absoluta normalidade dentro do processo político”.

O ministro ressaltou que a relação do senador Otto Alencar (PSD) com o governador Rui Costa é correta e ética. Enquanto o PSD nacional faz parte do governo Temer, na Bahia o partido integra a base de Rui. “O Otto é fundador do partido. O PSD nasceu na Bahia. A sua relação com o governo do estado é pública, correta, ética. Ele foi eleito senador nessa aliança”. Por ter se posicionado contra o impeachment de Dilma, Otto chegou a ser ameaçado por Kassab de perder o comando do partido na Bahia.

Quanto à PEC 241, o ministro disse ser um projeto importante para o Brasil. “É um remédio amargo, mas necessário para a economia brasileira, para que possamos retomar o crescimento do país em bases reais”.

Sintonia -
Otto, que chegou ao evento ao lado de Kassab, também defendeu a PEC 241 e afirmou que sua sintonia política com Kassab é muito grande. “Não haverá nenhum tipo de atrito”. Ele negou conversas para atrair para o PSD o senador licenciado e secretário da Educação Walter Pinheiro, que está sem partido.

Negou, também, diálogo com deputados do PP. Informações de bastidores dão conta de que os deputados federais Roberto Britto e Ronaldo Carletto e estadual Robinho, todos do PP, podem desembarcar no PSD. “Não vou atrair ninguém. Já estou cheio de gente pra tomar conta. O berçário está cheio”, desconversou Otto. (As informações do Estadão)

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