segunda-feira, 23 de maio de 2016

PMDB E PSDB GANHA FORÇA PARA PLEITEAR VICE NA CHAPA DE NETO

A reviravolta política ocasionada com a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do comando do país e a ascensão do vice Michel Temer (PMDB) terão reflexos na política baiana que serão sentidos nas próximas eleições. O governador Rui Costa (PT) perdeu uma parceira no Planalto e alguns aliados importantes como os ministros Jaques Wagner (um dos mais próximos de Dilma) e Juca Ferreira (Cultura). A troca da cadeira presidencial fortaleceu grandemente as oposições no estado: o presidente do PMDB-BA, Geddel Vieira Lima, virou ministro da Secretaria de Governo e um dos principais conselheiros do presidente Temer; o deputado Antonio Imbassahy (PSDB), um dos que comandaram o processo de impeachment de Dilma, é o líder dos tucanos na Câmara Federal e seu partido emplacou três ministérios.

A situação equilibrou a força dos três principais partidos de oposição na Bahia, onde pontificava absoluto o DEM graças à liderança do prefeito de Salvador ACM Neto que venceu as eleições de 2012, com os apoios do PMDB e PSDB, enfrentando a força dos governos estadual e federal, controlas pela legenda adversária, o PT. A aproximação da campanha da sucessão municipal, abre uma nova etapa das relações políticas, pois como se sabe, Neto é candidato à reeleição e a governador do estado em 2018. Isso coloca a escolha do vice na chapa para prefeitura uma jogada importante. Esse vice, em tese, comandará Salvador ao menos dois anos, quando o prefeito deixar o cargo para entrar na campanha estadual - e caso saia vencedor.

A reviravolta em Brasília significa na prática que tanto Geddel como Imbassahy vão entrar com os cacifes turbinados nas negociações pelo vice na chapa de Neto. Mesmo porque tanto o peemedebista como o tucano também são candidatos ao governo baiano em 2018. Por enquanto, não há desentendimento, pelo menos público, das três lideranças e todos continuam apostando na "unidade". Mas, paradoxalmente, Rui Costa pode se beneficiar da situação caso as três lideranças oposicionistas não consigam se manter unidas até 2018.

O fortalecimento de Geddel e Imbassahy até 2018 dependerá, contudo, do sucesso do governo Temer no combate à crise. União O deputado federal José Carlos Aleluia, presidente do DEM-BA e um dos que mais negociaram para a formação da aliança das oposições, espera que ela continue, "inclusive porque foi um modelo nacional". Aleluia lembrou que o DEM e o PSDB apoiaram o governo Temer na primeira hora e votaram pelo afastamento de Dilma. "Agora uma coisa é liderança nacional e outra liderança local. Neto se firmou como uma liderança em Salvador e toda a Bahia. Ele é candidato à reeleição, tem grande popularidade e vai comandar o processo de formação da aliança para a eleição de prefeito desse ano. Todos precisam ter tranquilidade nesse momento, mas é evidente que o prefeito será o condutor do processo para escolher seu vice".

Imbassahy ressaltou o grande fortaleciemto das oposições baianas com o governo Temer. "PSDB e PMDB ganharam muita força e isso será importante para o estado. Nós sempre tivemos excelentes relações com Geddel há muito tempo. Ou seja, a oposição no estado ficou robustecida e está em harmonia", declarou. Ele concorda que a iniciativa das tratativas para a escolha do vice na chapa de Neto na eleição desse ano é do prefeito. "Ele tem que liderar o processo e certamente vai levar em conta o peso político dos seus aliados". (As informações do A Tarde)

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