Onze pessoas foram presas na tarde de ontem, entre eles o ex-comandante da PM, Coronel Antonio Jorge Ribeiro de Santana, acusadas de fraude na compra de viaturas no ano passado. Segundo a SSP-BA, a operação, chamada Nêmesis, também prendeu outros dois oficiais da PM: o ex-comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Alberto Silva Barbosa, e o coronel Jorge Silva Ramos, diretor de Apoio Logístico da PM,
Barbosa e Ramos foram presos em cumprimento a mandado de prisão por envolvimento em outras fraudes, de acordo com a SSP. Oficiais com outras patentes também foram presos, como o tenente Antônio Durval Senna Junior e o procurador André Thadeu Franco Bahia.
Foram ainda apreendidas pastas, documentos e computadores. A SSP informou que o esquema foi intermediado por Gracílio Junqueira Santos e envolve a empresa paulista Júlio Simões, vencedora do processo licitatório das viaturas. O contrato inicial foi de R$ 25.819.977, sendo aditivado em R$ 6.454.994,25, perfazendo o total de R$32.274.971,25.
Também foram detidos Aidano da Silva Portugal, Aline Cerqueira de Castro, André Tadeu Franco, Jocélia Fernandes Oliveira, Sidnei Couto de Jesus e William Laviola. Segundo a SSP, todos os integrantes se encontram presos.
O governador da Bahia Jaques Wagner foi informado de que havia indícios de corrupção nos aluguéis das 191 viaturas há algum tempo. Afastou o coronel Santana e determinou a rigorosa apuração, que culminou na prisão dos envolvidos.
Wagner já havia sido claro no início de seu governo. Quando disse : Se algum funcionário público tiver problema com a polícia, não me procure e, sim, a algum advogado, afirmou há mais de dois anos. Na entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública César Nunes admitiu que Wagner convocou as investigações, mas disse que os grampos telefônicos dos envolvidos teve procedência judicial e não do Executivo.
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