O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou nesta quinta-feira (19) um corte de R$ 21,6 bilhões no Orçamento para 2009. Oficialmente, a queda de arrecadação com impostos decorrente da crise econômica é o motivo oficial para os abatimentos na previsão de gastos do governo.
A queda no PIB de 3,6% constatada no último trimestre de 2008 também obrigou o Palácio do Planalto a rever os gastos para baixo. A economia também precisará de contingências de gastos em geral, pois uma vez que haverá menos dinheiro em caixa, será ainda necessário pagar os juros da dívida, o que é conhecido como superávit primário.
Esta redução virá do artifício do Plano Piloto de Investimentos (PPI), que permite descontar do superávit os gastos com obras de infraestrutura. Este mecanismo custará ao Brasil 0,5% do crescimento do seu PIB, que oficialmente está previsto em 3,8% para este ano. O PPI foi criado em 2005, mas nunca foi usado devido aos anos sucessivos de receitas positivas para o governo.
Já a previsão para crescimento da economia, de acordo com Paulo Bernardo, deverá ser de apenas 2%, mas ainda acima da previsão de 0,59% feita pelo mercado financeiro.
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